Obtenção de vazão de diluição de efluentes utilizando o modelo de qualidade de água QUAL-UFMG

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.004.0056

Palavras-chave:

Modelagem de Qualidade da Água, QUAL-UFMG, Diluição

Resumo

O modelo vigente de desenvolvimento socioeconômico, associado ao crescimento populacional acelerado e a necessidade de atendimento às diversas atividades humanas têm evidenciado um panorama complexo de poluição nos corpos hídricos, causando consequências diretas na capacidade de diluição e de autodepuração dos rios. A implantação de sistemas de suporte a decisão e modelagens de qualidade da água tornam-se essenciais para se alcançar uma eficiente gestão das águas e articulação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi a obtenção das vazões de diluição de efluentes do rio Piracicaba utilizando o modelo de qualidade da água QUAL-UFMG. Para isso, foi realizado o ajuste e a calibração do modelo através de dados hidrológicos e de qualidade da água provenientes das estações fluviométricas. A partir dos resultados da modelagem constatou-se que o modelo conseguiu mostrar a realidade do rio estudado. A simulação hipotética efetuada de instalação de sistemas de tratamento de efluentes domésticos para alguns lançamentos diretamente no rio Piracicaba demonstrou um decréscimo de 36,96% na concentração de DBO. A mudança nas classes de enquadramento resultou em variações de até 79,83% nas vazões de diluição. A classe de enquadramento exerce significativa influência nas vazões de diluição, com aumento dos valores consoantes ao nível e restrição, ou seja, cada vez que diminui a DBO permitida no corpo d’água, a vazão de diluição eleva-se. É interessante ressaltar que de acordo com as condições calculadas de vazão de diluição, a consideração dos lançamentos em todo o corpo hídricos é de extrema importância para a determinação das vazões disponíveis e indisponíveis e consequente disponibilidade hídrica.

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Biografia do Autor

Viviane Ramos de Carvalho, Universidade Federal de Itajubá

Graduada em Engenharia Ambiental pelo Centro Universitário Newton Paiva, com Qualificação em Operação de Processos em Mineração pelo Sistema FIEMG, e atualmente cursa Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) pela Universidade Federal de Itajubá. Na Arcadis atuou na equipe de Soluções e Inovações Digitais, possuindo experiência em processos de aquisição, análise, processamento e visualização de dados, produtos de business intelligence, elaboração de aplicativos para coleta de dados, gestão de bancos de dados, EQuIS e produtos Microsoft. Atualmente na Arcadis integra a equipe técnica analisando dados ambientais e elaborando de relatórios técnicos. Também possui experiência em licenciamento ambiental em âmbito municipal, estadual e federal. Apresenta um perfil de iniciativa, fácil aprendizagem, senso de organização e planejamento, flexibilidade e boa comunicação. Atua constantemente em causas sociais e projetos voluntários, além de workshops e palestras na respectiva área de formação.

José Augusto Costa Gonçalves, Universidade Federal de Itajubá

Professor Associado da UNIFEI, Campus de Itabira, lecionando disciplinas no curso de Graduação em Engenharia Ambiental. Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, mestrado e doutorado em Geologia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto. Foi professor efetivo do curso de Geologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Também é membro da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, e da Associação Brasileira de Recursos Hídricos. Orienta alunos de IC e Mestrado. Coordenou projetos de pesquisa e de cooperação financiados por agências nacionais. Tem experiência na área de Geociências e Engenharia Ambiental, com ênfase em Recursos Hídricos e Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: hidrogeologia, geotecnia ambiental e investigação de áreas contaminadas. Coordenador pela UNIFEI do Mestrado Profissional em Gestão de Recursos Hídricos (ProfÁgua).

Eduardo de Aguiar do Couto, Universidade Federal de Itajubá

Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2010), mestrado (2012) e doutorado (2016) em Engenharia Civil, na área de concentração Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa. Realizou doutorado sanduíche no Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal (LNEG), como bolsista do CNPq. Já atuou em pesquisas na área de engenharia sanitária e ambiental, com ênfase no tratamento e utilização de efluentes e aproveitamento de águas cinza e água pluvial. Atualmente, participa de pesquisas relacionadas à exploração do potencial de microalgas na biorremediação de efluentes e seu aproveitamento como matéria prima para a produção de bioenergia e usos agrícolas. É professor na Universidade Federal de Itajubá, Campus de Itabira, ministrando disciplinas na área de saneamento.

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Publicado

2021-02-08

Edição

Seção

Tecnologia, Modelagem e Geoprocessamento