Modelagem matemática como suporte à gestão dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Araçuaí (MG)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.011.0027

Palavras-chave:

Autodepuração, Modelagem, QUAL-UFMG, Qualidade da água

Resumo

O monitoramento e a adoção de ferramentas que auxiliem na tomada de decisões são fundamentais para a boa gestão da qualidade das águas de uma bacia hidrográfica. Diante disso, o presente trabalho utilizou o modelo matemático QUAL-UFMG com o objetivo de avaliar a capacidade de autodepuração do rio Araçuaí, em Minas Gerais, analisando as variáveis oxigênio dissolvido (OD) e demanda bioquímica de oxigênio (DBO) considerando os anos de 2016, 2017 e 2018 para calibração e o ano de 2019 para validação do modelo. Posteriormente foi simulado um cenário hipotético, considerando a implantação de estações de tratamento de esgoto com uma eficiência de 85% de remoção de DBO para todos os municípios da bacia que ainda não se encontram em operação, até o ano de 2033, tendo como base o Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB. Os resultados do modelo mostraram que tanto o processo de calibração quanto o de validação apresentaram bons resultados em relação ao índice RMEQ. Observou-se que a qualidade da água, após o lançamento de efluentes do município de Itamarandiba, não satisfaz as condições estabelecidas pela Resolução CONAMA 357/2005 no que diz respeito à variável DBO. Para a variável OD não foi constatada a desconformidade com a Resolução. A partir da simulação do cenário, observou-se que a implantação de ETE’s  para todos os municípios que ainda não possuem o tratamento de esgoto, faria com que a variável DBO atendesse os limites permitidos pela legislação para águas doce classe 2. Observou-se também que se a implantação da ETE fosse apenas no município de Itamarandiba, haveria melhora significativa na qualidade da água, fazendo com que 100% do rio Araçuaí entrasse em conformidade com a legislação. Logo, a análise possibilitou avaliar que as ações de melhoria do saneamento básico devem ser direcionadas para o município de Itamarandiba.

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Biografia do Autor

Geovana Magdália de Freitas Martins, Universidade Federal de Itajubá

Sou graduanda do 10º período de Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Itajubá, campus Itabira. Fui aluna bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) do período de outubo de 2018 a janeiro de 2021. Durante minha fase acadêmica participei de projetos extracurriculares como o "Bota pra Fazer", que é uma competição de empreendedorismo que envolvem ações sociais, participei da Expedição do Rio Piracicaba, atuando em análises laboratoriais de qualidade da água. Realizei uma Iniciação Científica com o tema "Produção de Biomassa Algal em Lixiviado de Aterro Sanitário em reatores de crescimento
aderido", desenvolvendo habilidades com análises laboratoriais e interpretação de resultados de tratamento de efluentes. Realizei um estágio de férias em julho de 2019 e participei da elaboração de um projeto, em setembro de 2020, sobre a construção de barragens de captação de água de chuva na Emater/MG. Em 2021 fui estagiária de meio ambiente na Aperam BioEnergia.

Eduardo de Aguiar do Couto, Universidade Federal de Itajubá

Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2010), mestrado (2012) e doutorado (2016) em Engenharia Civil, na área de concentração Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa. Realizou doutorado sanduíche no Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal (LNEG), como bolsista do CNPq. Já atuou em pesquisas na área de engenharia sanitária e ambiental, com ênfase no tratamento e utilização de efluentes e aproveitamento de águas cinza e água pluvial. Atualmente, participa de pesquisas relacionadas à exploração do potencial de microalgas na biorremediação de efluentes e seu aproveitamento como matéria prima para a produção de bioenergia e usos agrícolas. É professor na Universidade Federal de Itajubá, Campus de Itabira, ministrando disciplinas na área de saneamento.

Gláucio Marcelino Marques, Universidade Federal de Itajubá

Atualmente é Professor Doutor na Universidade Federal de Itajubá, Campus Itabira , Minas Gerais , onde ministra as disciplinas de Manejo de bacias Hidrográficas, Recuperação de Áreas Degradadas , Gestão Ambiental no Curso de Engenharia Ambiental. Possuí Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1997) ,Mestrado em Economia, Planejamento, Administração, Política e Otimização Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2003) , Doutorado em Economia, Planejamento, Administração, Política e Otimização Florestal, com ênfase em Economia e Administração Florestal pela Universidade Federal de Viçosa(2014) e Pós Doutorado no Programa Mineiro de Pós Doutorado (PMPD/FAPEMIG). Atuou como Professor Doutor e Pesquisador da Universidade Federal do Piauí , no Departamento de Engenharias ministrando as disciplinas de Avaliação de Impactos Ambientais , Arborização e Paisagismo Urbano e Proteção Contra Incêndios Florestais. Atuou como Professor do Curso Engenharia Ambiental na Faculdade de Viçosa- MG, ministrando as Disciplinas de Recuperação de Áreas Degradadas e Tratamento de Resíduos Possui experiências em Manejo de Bacias Hidrográficas, Recuperação de Áreas Degradadas, Gestão Ambiental, Manejo de Recursos Naturais, Desenvolvimento Urbano, Paisagismo, Educação Ambiental, Levantamentos de Necessidades Prioritárias como Saneamento Básico e Ambiental Urbano e Rural, Análise e Soluções de problemas advindos da ocupação humana, como Gestão de Resíduos Urbanos e Rurais, Controle de Pragas e Doenças Urbanas, Coleta Seletiva, Limpeza Pública Urbana, Administração de Aterro Sanitário, Tratamento de Efluentes, Uso e Reuso de Recursos Hídricos, Tratamento de Águas Residuárias, Fito e Bio Remediação de Recursos Naturais Contaminados, Prestação de Serviços Públicos voltados para o Saneamento Básico, Licenciamento Ambiental, Avaliação de Impactos Ambientais, Sistemas de Gestão (Conceitos - ISO 9001 e 14001), Certificação Florestal (CERFLOR, FSC) e Ambiental, Recomposição Ambiental, Legislação Trabalhista e Ambiental, Silvicultura, Colheita e Transporte Florestal, Normas de Segurança do Trabalho, Relacionamento político/social, Persuasão e Influência, Negociação e Relacionamento com instituições governamentais e não Governamentais, pessoas e comunidades, Capacidade de lidar com vários assuntos ao mesmo tempo, Comunicação, Relacionamento, Foco em resultados e comprometimento com Ensino, Pesquisa e Extensão. Atuou como Técnico/Engenheiro Florestal nas Empresas Suzano, Cenibra Florestal e Aracruz Celulose (Fibria),Prefeitura Municipal de João Monlevade, Dendrus Projetos Ambientais e Florestais. Revisor das revistas Floram (Floresta e Ambiente-UFRRJ), Árvore (UFV) e Nativa (UFMT).

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Publicado

2021-12-18

Edição

Seção

Tecnologia, Modelagem e Geoprocessamento