Biogás: aproveitamento energético e gestão ambiental em aterro sanitário
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0044Palavras-chave:
Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, Energia Biogás, Energia renovável, Sustentabilidade, Administração públicaResumo
A poluição ambiental pelos resíduos sólidos urbanos está muito ligada à geração do biogás. Entretanto, de poluente, esse gás pode passar a representar uma importante fonte de eletricidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e diversificando a matriz elétrica brasileira. Aliado a melhorias de práticas de gestão, consegue-se alcançar a combinação entre aproveitamento energético e a redução da emissão de gases de efeito estufa. O presente trabalho propõe avaliar a viabilidade econômica do aproveitamento energético do biogás do aterro sanitário do Consórcio de Andradas-MG, além de analisar a redução de gases de efeito estufa em diferentes cenários hipotéticos de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. Considerou-se uma projeção de geração de resíduos sólidos urbanos para 20 anos de funcionamento do aterro, cuja produção de biogás foi estimada por meio do software LandGEM©. As emissões de gases de efeito estufa foram estimadas aplicando-se o modelo Waste Reduction Model (WARM©), considerando três cenários de gerenciamento de resíduos. A análise de viabilidade econômica foi realizada por meio dos indicadores de valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e custo nivelado de energia (LCOE). Para uma potência de 300 kW, o aproveitamento energético do biogás produzido pelo aterro foi de 1,57 GWh/ano, em um período de 20 anos. O projeto apresentou viabilidade econômica, com um VPL de mais de R$ 3.300.00,00 e TIR de 13,15%, tendo o retorno econômico pelo sistema após 9 anos. Para a administração do consórcio, gera-se uma oportunidade de reinvestimento de mais de R$ 865.000,00, com o abatimento do consumo atual de energia dos municípios integrantes do consórcio. A redução mais expressiva da emissão de gases de efeito estufa foi de 115.754,03 MTCO2E, obtida no segundo cenário, o qual priorizou melhorias quali-quantitativas para o gerenciamento dos resíduos.
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