Critérios para a seleção de áreas prioritárias para a conservação em bacias hidrográficas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0028

Palavras-chave:

Áreas Prioritárias, Restauração Florestal, Recursos Hídricos

Resumo

As delimitações metodológicas para seleção de áreas prioritárias devem ser bem estabelecidas, pois constituem importantes ações estratégicas de gestão. A seleção e mapeamento dessas áreas, ocorrem sobretudo a partir de um conjunto de critérios previamente determinado, segundo o alvo da conservação, subsidiando assim a tomada de decisão. Com o presente trabalho, objetivou-se analisar os principais critérios adotados para seleção de áreas prioritárias para conservação em bacias hidrográficas. Em termos metodológicos, foi realizada uma revisão de literatura, utilizando o banco de dados do Portal de Periódicos CAPES/MEC, Google Scholar e JTSOR. Os resultados demonstram um baixo número de artigos científicos publicados nos últimos dez anos abrangendo áreas prioritárias em bacias hidrográficas, evidenciando uma lacuna no conhecimento acerca de critérios objetivos para seleção dessas áreas; foram identificados e discutidos sete critérios macros: áreas de captação para abastecimento público, proximidade à rede de drenagem,  possibilidade de conexão de fragmentos florestais, áreas com suscetibilidade a erosão, distância da malha viária, índice de urbanização e proteção de áreas ecologicamente relevantes. Nas conclusões, são destacadas recomendações para a elegibilidade dos critérios que compõem o processo de seleção de áreas prioritárias para conservação e restauração em bacias hidrográficas. Embora o processo de seleção dessas áreas possa apresentar limitações nas análises, o emprego de critérios consolidados pode representar um avanço em pesquisas vindouras que buscam a identificação de áreas prioritárias em bacias hidrográficas, visando sobretudo manter a quantidade, qualidade e a permanência do suprimento de água doce, atuando de maneira conjunta com os propósitos de conservação da biodiversidade.

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Biografia do Autor

Julliana Oliveira de Araujo Pereira, Instituto Federal Fluminense

Graduada no curso de Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual do norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Atuação na área de Georreferenciamento de imóveis rurais, sólida experiência no Programa de Cadastro Ambiental Rural (CAR) , análises de Recursos Naturais, diagnósticos ambientais e regularização ambiental. Mestre em Engenharia Ambiental pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), atua na linha de pesquisa: Avaliação Ambiental e Geotecnologias. 

David de Andrade Costa, Instituto Federal Fluminense

Engenheiro de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente formado pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em Sensoriamento Remoto (CAPES 7) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Doutor em Planejamento Ambiental pelo Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ (CAPES 6). Academicamente possui experiência no estudo de rios, lagos e reservatórios tropicais utilizando modelos computacionais, sensoriamento remoto e dados limnológicos/meteorológicos. Profissionalmente possui experiência na Gestão de Recursos Hídricos, onde exerceu o cargo técnico de Especialista em Recursos Hídricos na AGEVAP (2016 a 2018). Também possui experiência profissional na indústria (2010 a 2014). Atualmente é Professor Efetivo com Dedicação Exclusiva ao Instituto Federal Fluminense. É membro do Grupo de Trabalho sobre Enquadramento e Plano de Bacia do Comitê Piabanha/RJ.

Luis Felipe Umbelino dos Santos, Instituto Federal Fluminense

Possui Doutorado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008), Mestrado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2004) e Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2001). Realizou Pós-Doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2015). Atualmente é professor e coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e da Licenciatura em Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IF-Fluminense), Campus Campos-Centro. Atua como Conselheiro Titular do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba desde 2014, tendo atual participação na câmara temática de Uso Publico. Também atua como membro do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Macaé e das Ostras desde 2013, com atual participação na câmara técnica de Lagoas e Zonas costeiras. E coordenador do Laboratório de Geomatica Sala Verde e participa dos grupos de pesquisa do CNPq: Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental - LEMAM e Laboratório de Computação Física. Possui interesse nas áreas de pesquisa e extensão tecnológica nas temáticas de Recursos Hídricos, Ecologia aplicada, Agroecologia, Geografia Agraria, Biogeografia e Geografia da conservação, espaços protegidos e comunidades tradicionais. 

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Publicado

2021-01-13

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