Gerenciamento de riscos operacionais aplicado aos recursos hídricos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0041

Palavras-chave:

ORM, Bow-Tie, WRAC, Camada, Emissário

Resumo

As operações do setor de mineração devem ser devidamente gerenciadas de modo a não causar impactos ambientais adversos. Neste sentido, este trabalho evidencia os resultados da aplicação de uma metodologia de gerenciamento de riscos operacionais baseado em 4 camadas, o Operational Risk Management (ORM), na unidade de uma mineradora, tendo uma abordagem focada nos recursos hídricos. Na 1ª camada foi possível, por meio da ferramenta WRAC, identificar 2 Eventos Indesejados Prioritários (PUEs) mediante a hierarquização dos riscos baseada nas matrizes de probabilidade e consequência. Na 2ª camada, por meio do Bow-Tie, foi possível estabelecer 50 controles para estes 2 PUEs, sendo que 86% são preventivos e 14% mitigatórios. Por meio da JRA e da APRD, abrangidas, respectivamente, pelas análises de 3ª e 4ª camada, foi possível implementar uma análise contínua de riscos das tarefas. Os resultados demonstram que, comparando 2017 com 2020, houve uma redução de 78% no número de desvios relacionados aos controles do PUE “Perda de contenção de produtos químicos” e uma redução de 50% quanto ao PUE “Lançamento de efluente industrial fora do parâmetro pelo Emissário Submarino”. Portanto, o ORM se mostra viável para sustentar um sistema de gerenciamento de riscos, podendo ser, replicável a outras disciplinas e organizações.

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Biografia do Autor

Ricardo Parreira Bittencourt, Instituto Federal Fluminense

Engenheiro Ambiental e Sanitarista, especialista em Gestão e Sustentabilidade de Recursos Hídricos e Engenheiro de Segurança do Trabalho. Durante a graduação atuou como monitor da disciplina Qualidade Ambiental, participou das empresas juniores Biológica Jr. e Preserva Jr., foi aluno de iniciação científica junto à FAPEMIG e bolsista pelo programa de intercâmbio Ciência Sem Fronteiras, tendo cursado disciplinas da área de meio ambiente na Universidad de Córdoba (Espanha). Trabalha atualmente em uma mineradora multinacional de grande porte, possuindo experiência em gestão de recursos hídricos, legislação ambiental, gestão de produtos químicos, gestão de riscos ambientais, indicadores de sustentabilidade, elaboração de inventário de gases de efeito estufa e gestão de resíduos sólidos.

David de Andrade Costa, Instituto Federal Fluminense

Engenheiro de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente formado pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em Sensoriamento Remoto (CAPES 7) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Doutor em Planejamento Energético - área de concentração em Planejamento Ambiental (Recursos Hídricos) - pela COPPE/UFRJ (CAPES 6). Academicamente possui experiência no estudo de rios, lagos e reservatórios tropicais utilizando modelos computacionais, sensoriamento remoto e dados limnológicos/meteorológicos. Profissionalmente possui experiência na Gestão de Recursos Hídricos, onde exerceu o cargo técnico de Especialista em Recursos Hídricos na AGEVAP (2016 a 2018). Também possui experiência profissional na indústria (2010 a 2014). Atualmente é Professor Efetivo com Dedicação Exclusiva ao Instituto Federal Fluminense. É membro do Grupo de Trabalho sobre Enquadramento e Plano de Bacia do Comitê Piabanha/RJ. Coordena o curso de pós-graduação lato sensu em Gestão e Sustentabilidade de Recursos Hídricos (IFFSJB), onde ministra as disciplinas: "Hidrologia", "Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos" e "Sistemas de Informação em Recursos Hídricos e Geoprocessamento". É professor permanente do programa de Doutorado em Modelagem e Tecnologia para Meio Ambiente Aplicadas em Recursos Hídricos (AMBHIDRO/IFF), responsável pela disciplina "Modelagem Matemática em Meio Ambiente e Recursos Hídricos".

Ariadna Gonçalves Moreira, University of Miami

Possui graduação em Música - Canto pela Universidade de Brasília(1988), mestrado em Master of Music pela New England Conservatory of Music(1992), mestrado em Master of Music pela University of Texas at Austin(1994), doutorado em Doctor Of Musical Arts pela University of Miami(1998) e curso-tecnico-profissionalizante em Curso tecnico em Canto Erudito pela Escola de Musica de Brasilia(1987). Atualmente é Professor da Escola de Musica de Brasilia. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Música. 

Cláudio Luiz Carraro Eduardo, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal Fluminense (1988). Possui experiência em gestão empresarial, planejamento estratégico, gestão da produção, manufatura enxuta (Lean), manutenção, engenharia, meio ambiente, segurança, validação de processos, LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), gestão de projetos, projetos greenfield e brownfield, gestão de energia, metrologia e esterilização por calor úmido, calor seco e por óxido de etileno. 

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Publicado

2021-08-22

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais