Frações da matéria orgânica em agregados em áreas de terra preta arqueológica, Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.007.0002

Palavras-chave:

Qualidade da matéria orgânica, Solos antrópicos, Terra preta de índio

Resumo

A maior parte dos solos amazônicos apresentam baixa fertilidade, porém são observadas manchas descontínuas onde ser verificam maiores quantidades de nutrientes e teores de carbono orgânico total (COT) elevados, sendo essas áreas denominadas de terra preta arqueológicas (TPA’s). A matéria orgânica do solo (MOS) é um dos índices mais utilizados para avaliar a qualidade do solo, a qual pode ser quantificada pelo COT presente nas substâncias húmicas (SH) e no carbono determinado através do fracionamento granulométrico, sendo uma maior proteção do COT bem como das frações da MOS observada nos agregados. Neste sentido, o objetivo desse estudo foi avaliar o conteúdo de COT das SHs e determinado através do fracionamento granulométrico da MOS em áreas de de TPA’s com diferentes usos do solo. As amostras de foram coletadas no município de Santarém, Pará, em áreas com diferentes formas de manejo e condições edáficas, a saber: (P1) cultivo de milho e mandioca com intensa utilização agrícola e sem aplicação de fertilizantes; (P2) cultivo de mandioca, apresentando histórico de cultivos agrícolas em sucessão por mais de dez anos; (P3) área de floresta secundaria, localizada próxima ao rio tapajós; (P4 e P5) áreas em pousio por mais de seis anos com presenças de forrageiras e (P6) com cultivo de feijão-caupi. As amostras foram coletadas nas profundidades de 0,00-0,05; 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m. Nos agregados foram determinados os teores de (COT), carbono orgânico das SHs (ácidos fúlvicos - C-FAF, ácidos húmicos - C-FH e humina – C-FHUM) e realizado o fracionamento físico granulométrico da MOS (fração particulada - COp e fração associada aos minerais - COam). Os diferentes usos do solo não comprometeram os teores de carbono orgânico associado as frações da matéria orgânica dos agregados de TPA, sendo observado nas áreas alto grau de similaridade, e a área P1 apresentando valores de MOS superiores às demais áreas.

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Biografia do Autor

Mateus Alves de Sousa, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2019) e é acadêmico de Agronomia pela a mesma. Tem experiência na área Ciências Agrarias/Agronomia, com enfase em áreas de Piscicultura, Ciência do Solo, Geoprocessamento e Melhoramento Genético de Plantas e trabalha com Fertilidade de Solos, Nutrição Mineral de Plantas, Matéria Ogânica do Solo, Microbiologia do Solo, Geoprocessamento, Experimentação Agrícola, Manejo e Assistência técnica à Piscicultores. Já trabalhou com Melhoramento de Plantas Perenes, Semi-Perenes e Anuais da Amazônia.

Iolanda Maria Soares Reis, Universidade Federal do Oeste do Pará

Atualmente é docente da Universidade Federal do Oeste do Pará, com graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2009), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) UNESP/FCAV (2012) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) UNESP/FCAV (2014). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Gênese e Morfologia do Solo, Classificação de Solos, Manejo e Conservação de Solos, Microbiologia e Bioquímica no Sistema Solo-Planta, atuando principalmente nos seguintes temas: gênese e morfologia, classificação do solo, matéria orgânica, substâncias húmicas, metais pesados, recuperação de áreas degradadas, atividade enzimática, levamento e aptidão de solos. 

Adão Pires de Almada, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui ensino-medio-segundo-graupelo São felipe(2014). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo.

Celeste Queiroz Rossi, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2009) e doutorado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2013). Participou do programa de Doutorado Sanduíche na Universidade de La Coruña-ES no ano de 2012. Foi bolsista de Pós Doutorado nota 10 FAPERJ. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e conservação do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: matéria orgânica, qualidade do solo, solos do cerrado, cana-de-açúcar queimada. Atualmente é Professora Adjunta da UFOPA- Campus Juruti. 

Marcos Gervasio Pereira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Marcos Gervasio Pereira é Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), concluiu o doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) nesta Instituição em 1996. Atualmente é professor Titular do Departamento de Solos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foi chefe do Departamento de Solos, no período de 2000 a 2001. De abril de 2009 até outubro de 2013 foi Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo (CPGA-CS) da UFRRJ. A partir de outubro de 2013 passa a ser Coordenador Substituto do CPGA-CS. É orientador do Curso de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental, na UFRRJ. Bolsista de Produtividade 1B do CNPq e Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ. Membro da Comissão da CAPES de Avaliação de Programas de Pós-graduação na área de Ciências Agrárias a partir de 2013. Foi Coordenador da 3rd International Soil Judging Contest (RJ, Brasil, 2018). Publicou 470 artigos em periódicos especializados, 59 capítulos de livros e livros e 655 resumos em anais de eventos. Participou em 66 eventos no Brasil. Recebeu 50 prêmios, títulos ou homenagens. Atua na orientação de monografias, trabalhos de conclusão de curso, bolsistas de iniciação científica, dissertações de mestrado, teses de doutorado e supervisão de pós-doutorados nas áreas de Agronomia, Recursos florestais e Engenharia Florestal, Botânica e Ecologia. Recebeu 36 prêmios e/ou homenagens. No período de agosto de 2013 a agostou de 2015 foi 2 Vice-Diretor da Regional Leste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Vice Diretor da Divisão 3 - Uso e Manejo do Solo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, participando ainda da Comissão de Planejamento do Uso da Terra desta Divisão, da qual foi Vice-coordenador. Foi membro titular da Comissão de História, Epistemologia e Sociologia da Ciência da Divisão 4 - Solo, Ambiente e Sociedade (SBCS). No período de 2015 a 2017 passou a ser Diretor da Regional Leste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e Vice-Coordenador da Comissão 3.3 - Manejo e Conservação do Solo e da Água. A partir de 2019 passou a ser Vice-Diretor do Núcleo Regional Leste, Vice- Diretor da Comissão 1.1. Gênese e Morfologia do Solo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Líder do Grupo de Trabalho ?Publicação das Reuniões de Correlação e Classificação de Solos (RCC)" e Vice- Líder do Grupo de Trabalho ?Soil Judging Contest no Brasil" ambos da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Coordena e participa de projetos de pesquisa relacionados a pedologia, ciclagem de nutrientes e uso e manejo do solo nos Biomas, Caatinga, Floresta Atlântica, Cerrado, Pantanal, Amazônico e Pampa. 

Luiz Alberto Rodrigues da Silva Pinto, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Pesquisador a nível de doutorado pelo PPGA-CS/UFRRJ. Possui graduação e mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2017 e 2020, respectivamente). Atua principalmente nos seguintes estudos: indicadores de qualidade do solo; dinâmica da matéria orgânica e da agregação do solo; sistemas de manejo do solo; técnicas de fracionamento físico da matéria orgânica e do fósforo orgânico e inorgânico do solo; biomassa microbiana do solo; e solos de textura arenosa.

Cristiane Figueira da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2003), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ (Fevereiro/2005), Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF(Fevereiro/2009) e Pós-Doutorado pela UFRRJ (2009-2011 e 2011-2016). Atualmente é Pós-Doutoranda (CAPES/PNPD) junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais-PPGCAF da UFRRJ. Publicou 42 artigos em periódicos especializados, 8 capítulos de livros e 50 trabalhos em anais de eventos. Em suas atividades interagiu com mais de 100 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos, do Brasil e do exterior, além de ter participado de 29 eventos (incluindo nacionais e internacionais). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando nos seguintes temas: restauração dos processos ecológicos no bioma Mata Atlântica, biomonitoramento em áreas em processo de recuperação, sistemas agroflorestais, atributos edáficos em voçorocas, bioindicadores em agroecossistemas, biologia do solo, fungos micorrízicos arbusculares, glomalina, atividade enzimática do solo e biomassa microbiana do solo. 

Otavio Augusto Queiroz dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestrando em Agronomia - Ciência do Solo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Graduado em Agronomia pela UFRRJ. Participou de ensaios com bactérias fixadoras de nitrogênio em cana-de-açúcar na EMBRAPA Agrobiologia - Seropédica, RJ. Possui experiência na condução de ensaios de campo, vasos e sistema hidropônico em casa de vegetação. Foi monitor de Física do Solo e Aptidão Agrícola e Manejo dos Solos na UFRRJ. Participou de projeto para caracterização química de carbono orgânico de áreas cultivadas com cana-de-açúcar em Campos dos Goytacazes, RJ.

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Publicado

2020-08-10

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