Disponibilidade de fósforo em sítios de terra preta arqueológica em Oriximiná, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0003

Palavras-chave:

Amazônia, Horizonte Au, Populações pré-colombianas, Terra preta de índio

Resumo

Grande parte dos solos amazônicos geralmente são ácidos, com capacidade de troca de cátions e fertilidade baixas, o que os torna limitante para o aumento da produtividade e sustentabilidade dos sistemas agrícolas nesta região. Devido a isso, agricultores familiares estão utilizando áreas de Terra Preta Arqueológica (TPA) para os seus cultivos, pois estas apresentam elevados teores de nutrientes, principalmente fósforo e cálcio (P e Ca). As TPA são decorrentes de atividades humanas pretéritas, portanto, são antigos assentamentos indígenas caracterizados como sítios arqueológicos.  Neste sentido, o objetivo no trabalho foi analisar a disponibilidade de P nos solos de cinco sítios arqueológicos no Município de Oriximiná, Brasil. Foram avaliadas amostras de TPA nas profundidades 0-0,20 e 0,20-0,40 m dos sítios arqueológicos (Maracajá, Faissal, Praia, Juquirizinhos I e II). Os teores de P disponível foram elevados, variando de 4 a 304 mg kg-1. O sítio arqueológico que apresentou o maior teor médio foi o Juquirizinho I, variando de 17 a 202 mg kg-1 de P e o que apresentou menor teor médio foi o Praia, variando de 5 a 20 mg kg-1 de P. Houve grande variação nos teores de P entre os sítios, com destaque para o Juquirizinho I, que apresentou valores entre 17 a 202 mg kg -1. Quatro dos cinco sítios avaliados apresentaram alta disponibilidade de P, mas algumas áreas amostradas apresentaram valores abaixo de 30 mg kg–1, neste sentido não apresentaram horizonte A antrópico. Houve grande variação dos teores de fósforo em profundidade, considerando o mesmo sítio arqueológico.

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Biografia do Autor

Lucas Santos da Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui ensino-medio-segundo-graupela Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emanuel Salgado Vieira(2014). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo. 

Iolanda Maria Soares Reis, Universidade Federal do Oeste do Pará

Atualmente é docente da Universidade Federal do Oeste do Pará, com graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2009), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) UNESP/FCAV (2012) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) UNESP/FCAV (2014). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Gênese e Morfologia do Solo, Classificação de Solos, Manejo e Conservação de Solos, Microbiologia e Bioquímica no Sistema Solo-Planta, atuando principalmente nos seguintes temas: gênese e morfologia, classificação do solo, matéria orgânica, substâncias húmicas, metais pesados, recuperação de áreas degradadas, atividade enzimática, levamento e aptidão de solos.

Mateus Alves de Sousa, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2019) e é acadêmico de Agronomia pela a mesma. Tem experiência na área Ciências Agrarias/Agronomia, com enfase em áreas de Piscicultura, Ciência do Solo, Geoprocessamento e Melhoramento Genético de Plantas e trabalha com Fertilidade de Solos, Nutrição Mineral de Plantas, Matéria Ogânica do Solo, Microbiologia do Solo, , Experimentação Agrícola, Manejo e Assistência técnica à Piscicultores. Já trabalhou com Melhoramento de Plantas Perenes, Semi-Perenes e Anuais da Amazônia. Participa dos grupos de extensão: Nutrigraos que trabalha nutrição mineral das culturas de soja e milho e do Solos na Escola com o objetivos de levar conhecimento de pedologia a escolas de nível fundamental e médio. Participa do grupo de pesquisa Solo-Planta-Atmosfera na Amazônia/SPAT, trabalhando com Química e Fertilidade do Solo, e Manejo e Conservação do Solo e da Água.

Marcelo Laranjeira Pimentel, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Bacharel Interdisciplinar em Ciências Agrárias com ênfase em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA (2014-2018) e concluiu o curso de Engenharia Agronômica (2014-2019), trabalhando com fertilidade do solo e seus efeitos nutricionais na mandioca, vinculada ao Projeto de pesquisa: Relação solo planta atmosfera em ecossistema amazônico, sob orientação da professora: Iolanda Maria Soares Reis, sendo bolsista monitoria, e PIBIC. Posteriormente, trabalhou como bolsista PIBIC estudando a fertilidade de solos de várzea e terra firme,além de ser membro ativo e colaborador no projeto de extensão NUTRIGRÃOS que tem pesquisas relacionadas ao efeito do manejo do solo nas culturas da soja e do milho.Atualmente é aluno de mestrado em ciência do solo na UNESP, trabalhando com matéria orgânica em solos cultivados com cana-de-açúcar.

Lilian Rebellato, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em ciencias sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1995), mestrado em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (2006) e doutorado em Geografia Física - University of Kansas (2011). Atualmente é adjunto 4 da Universidade Federal do Oeste do Pará, adjunto 2 da Universidade Federal do Oeste do Pará, adjunto 1 da Universidade Federal do Oeste do Pará e adjunto3 da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia, atuando principalmente nos seguintes temas: quilombolas, terra preta, amazonian black earths, educação e arqueologia e geoarqueologia.

Suelany Sousa da Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui mestrado em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida; Área: Interdisciplinar; Linha de pesquisa: Biodiversidade, Saúde e Sustentabilidade, pela Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA. Tem experiência na área de Turismo, com ênfase em Turismo. Assessora técnica - acompanhamento de execução de projetos ambientais, sociais e de formação. 

Ulisses Sidnei da Conceição Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduação em Engenharia Florestal e mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia. Atualmente é professor do Instituto de Biodiversidade e Florestas da Universidade Federal do Oeste do Pará nas disciplinas Mecanização e Colheita Florestal, Projeto de TCC e Metodologia da Pesquisa Científica.

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Publicado

2020-09-15

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