Domínio de cianobactérias potencialmente tóxicas na beira do Rio de Santarém, Rio Tapajós, Amazônia Brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0025

Palavras-chave:

Parâmetros físico-químicos, Bloom, Cianotoxinas, América do Sul

Resumo

O presente estudo realizou uma avaliação dos parâmetros físico-químicos das águas do baixo rio Tapajós e a identificação de cianobactérias dominantes nas flores que ocorreram em um transecto na orla da orla da cidade de Santarém, no estado do Pará, Amazônia brasileira. Cinco (5) estações de amostragem foram selecionadas ao longo da orla (RT-E1, RT-E2, RT-E3, RT-E4, RTE5), onde foram coletados dados de água, fitoplâncton e dados ambientais gerais durante 10 campanhas de campo, em intervalos de 48 horas. entre 13 e 31 de janeiro de 2015, bem no início da estação chuvosa. As coletas de amostras foram realizadas a uma profundidade média de 2,3 metros, sempre de manhã e seguindo os procedimentos do Guia de Coleta e Preservação e Amostras de Água da Agência Nacional de Águas. Foram realizadas análises quantitativas dos parâmetros físico-químicos, a saber: potencial hidrogeniônico (pH); temperatura da água (ºC); turbidez (NTU); condutividade elétrica (CE); Oxigênio Dissolvido (DO); nitrato (NO-3); nitrito (NO-2); íon amônio (NH4); amônia (NH3); ortofosfato (PO43-); fosfato (P2O5); fósforo (P); ferro (Fe) e clorofila a (Chlo a). Estatísticas descritivas gerais foram calculadas. Para a contagem de indivíduos, a eficiência foi superior a 80%, atingindo um total de 3.910 indivíduos, dos quais 38% são espécies da divisão Cyanophyta. As seguintes espécies foram dominantes: Synechocystis aquatilis, Microcystis aeruginosa, Dolichospermum spiroides, Nostoc sp. Com exceção de S. aquatilis, todos os outros são produtores de cianotoxinas que podem ser liberadas na água após a ruptura das células. A presença de cianobactérias potencialmente produtoras de cianotoxinas é preocupante e deve ser considerada no diagnóstico de doenças transmitidas pela água, como infecções hepáticas que afetam a população ribeirinha do rio Tapajós.

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Biografia do Autor

Keely Meireles Araújo Torres, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui Licenciatura Plena em Ciências Biológicas-UFPA, Especialização em Coordenação Pedagógica, da Escola de Gestores SEMED/UFOPA e Mestrado em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos -PPG RACAM, do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA, cuja linha de pesquisa é Limnologia Amazônica, resultando em artigo submetido à revista Acta Limnologica Barsiliensis, sob o título: DOMINANCE OF POTENTIALLY TOXIC CYANOBACTERIA ON THE WATERFRONT OF SANTARÉM, TAPAJÓS RIVER, BRAZILIAN AMAZON. Atuou como tutora no Curso Tecnológico de Gestão Ambiental -UNOPAR (2011/2012). Foi membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente e do Conselho Municipal de Cultura de Oriximiná-PA. Participou de expedições na Amazônia: UqAmazon( UFOPA/ Universidade de Quebéc à Montreal - UQAM-Canadá)- 2014/2016, Tapajós/Bionorte(UFOPA/UNEMAT)-2015 e Bloom Alert-ODYSSEA. Em processo seletivo na incubadora de empresas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -INPA, desenvolveu o protótipo de um biodigestor para embarcações, submetido à pedido de registro de patente junto ao INPI, sob a tutela da Agencia de Inovação Tecnológica -AIT / UFOPA. Em 2017 participou do Fórum Internacional sobre a Amazônia -FIA/UnB, com divulgação dos dados da pesquisa de mestrado. Trabalhou como unidocente no Projeto Mundiar, da parceria SEMED/SEDUC/Fundação Roberto Marinho entre 2017 a 2019. Atualmente, realiza projetos de cunho educacional por sua empresa KIM- Educação Criativa.

Ruy Bessa Lopes, Universidade Federal do Oeste do Pará

Biólogo, possui mestrado em Produção Animal pela UNESP (2000), Ciências pela USP (2005) e Pós-Doutorado em Ecotoxicologia pelo CENA/USP (2010). Têm experiência em ecologia aplicada com ênfase na ecotoxicologia de moléculas orgânicas e poluição aquática. Atualmente é professor da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Carlos José Sousa Passos, Universidade de Brasília

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestrado e doutorado em Ciências Ambientais com ênfase em saúde ambiental pela Universidade de Quebec em Montreal (UQÀM, Canadá), e pós-doutorado em toxicologia ambiental pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de avaliação de riscos assim como análise de efeitos tóxicos precoces ligados à exposição humana a poluentes ambientais. É Professor Associado II da Universidade de Brasília (UnB), atuando em nível de graduação (Gestão Ambiental) e Pós-Graduação, tanto na Faculdade UnB Planaltina (PPGMADER - Mestrado Acadêmico em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural e PROFÁGUA - Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos), quanto no PPG do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS/UnB, Nota 7 na área de Ciências Ambientais da CAPES). É autor/coautor de 50 artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais (sendo 22 deles nos últimos 10 anos), com um total de 1.782 citações na plataforma Scopus (índice h 21), além de 2.927 citações na plataforma Google Acadêmico (índice h 25). É co-organizador de 1 livro, autor/coautor de 8 capítulos de livro, além de mais de 50 resumos em anais de congressos científicos. É Editor Científico Associado da Revista Acta Amazonica (INPA, MCTI), revisor ad hoc de mais de 40 periódicos científicos de grande leitorado e impacto nacional e internacional, e atuou como membro da Câmara de Assessoramento Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM 2017/2018). Já concluiu 8 orientações de dissertações de mestrado, 3 orientações de teses de doutorado, 9 TCCs, 3 ICs, e 4 orientações de outra natureza, e supervisionou pesquisadora pós-doutoral com bolsa da CAPES. Já atuou em 15 projetos de pesquisa com financiamento de agências públicas (5 deles como coordenador), além de 3 outros projetos de outras naturezas, e no momento atua em 3 outros projetos de pesquisa e inovação com financiamento, 2 deles como coordenador. Suas pesquisas se desenvolvem no âmbito de diversos projetos que examinam processos de contaminação ambiental por poluentes diversos e seus riscos de exposições tóxicas assim como possíveis interações destas com fatores nutricionais e/ou doenças infecciosas em populações tradicionais da Amazônia brasileira e do Cerrado, além de outros países (e.g., Colômbia), com vistas à adoção de modelos de desenvolvimento sustentável que levem em conta a importância da integridade dos ecossistemas para uma melhor saúde humana. Atuou como Secretário Executivo da Associação Internacional para Ecologia e Saúde (atualmente Ecohealth International) - https://www.ecohealthinternational.org - de 2009 a 2014, é membro da Comunidade de Prática em Abordagens Ecossistêmicas à Saúde Humana na América Latina e Caribe (CoPEH-LAC), e atua no segmento acadêmico-científico do Comitê Permanente de Implementação da Convenção de Minamata no Brasil, no âmbito da Comissão Nacional de Segurança Química (Conasq), em Brasília (DF).

Andreia Cavalcante Pereira, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Ciências Biológicas Bacharel em Ciências Ambientais pelo Centro Universitário Nilton Lins (2006), mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e doutorado em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é Professora Adjunto I da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, lotada no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas. Participa do Comitê Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (2015/2017). Tem experiência na área de Limnologia e Botânica, com ênfase em taxonomia e ecologia de Criptógamos. Atua principalmente nos seguintes temas: aquicultura e piscicultura, macrófitas, fitoplâncton, perifíton, taxonomia de diatomáceas e clorofíceas, lagos de inundação, pulso de inundação, limnologia de ambientes amazônicos.

Lucinewton Silva de Moura, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará (1996), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará (2000), doutorado em Engenharia de Alimentos com ênfase em desenvolvimentos de processos pela Universidade Estadual de Campinas (2004) e pós-doutorado na Faculdade de Engenharia Química UFPA (2005). È Professor Associado IV da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) lotado no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) no Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental. Atualmente é Diretor do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas - ICTA da Universidade Federal do Oeste do Pará. Foi coordenador do Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental no biênio 2016-2018. Possui larga experiencia na coordenação de cursos de graduação e em projetos de pesquisa e de extensão. È membro de um grupo de pesquisa que tem desenvolvido vários projetos de pesquisa ao longo dos últimos anos, relacionado com o grau de comprometimento dos recursos hídricos da Amazônia, objetivando identificar danos ao meio ambiente através de ações integradoras (aspectos bioecológicos, de hidrologia e geomorfológicos, combinados aos aspectos sócio-ambientais). Foi coordenador do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental/ICTA no biênio 2012 a 2014. Presidiu o núcleo Docente Estruturante do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental/ICTA-UFOPA de 2012 a 2014. Foi diretor da Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente da Universidade Federal do Pará onde fez parte da equipe de implantação do curso e pela reformulação no projeto pedagógico. Foi representante do campus de Marabá no conselho superior de Ensino pesquisa e extensão (CONSEPE) da UFPA. Foi Supervisor geral da divisão de estágio e intercambio acadêmico da Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente/UFPA. Atua nas áreas: Química de Águas Continentais, Química Aplicada a Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, Modelagem Matemática de Recursos Hídricos .

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Publicado

2020-07-06

Edição

v. 11 n. 6 (2020): Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais - Out, Nov 2020

Seção

Engenharia de Recursos Hídricos

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