Avaliação de impacto ambiental causado por efluentes da estação de piscicultura Santa Rosa, Santarém/Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.001.0024

Palavras-chave:

Qualidade, Piscicultura, Água, IQA, DBO

Resumo

No Brasil, a atividade da piscicultura vem aumentando nos últimos anos, proporcionada pelas condições ambientais, principalmente por conta do clima favorável, e a grande abundância de água, que é essencial para a criação de pescados. A qualidade da água é de grande importância para o sucesso da produção, já que é o meio onde se desenvolve a matéria prima dessa atividade, com isso suas características podem afetar a sobrevivência, reprodução, crescimento, ou seja, as ferramentas de manejo da atividade. Apesar do grande desenvolvimento e estímulo de órgãos especializados, observa-se ainda a carência em relação a informações e atos sobre possíveis impactos ao meio ambiente gerados pela atividade, visto que a água que alimenta os tanques de criação são provenientes de cursos d’água que retornam para o mesmo local, porém nos tanques de criação são acrescentadas várias substâncias, necessárias para o sucesso da produção, e que alteram as características da água, podendo assim causar impactos ambientais. O presente estudo objetivou analisar a qualidade dos efluentes gerados nos tanques de piscicultura e avaliar os possíveis impactos decorrentes desses efluentes sobre o corpo receptor. Todos os procedimentos analíticos foram realizados através de procedimentos padrões, descritos em Standard Methods for the Exammination of the Water and Wastewater (2012), foram coletados água de quatro pontos da Estação de piscicultura Santa Rosa visando obter informações sobre as alterações geradas na entrada de efluentes nos tanques e na saída no corpo receptor. Os resultados que a qualidade dos efluentes gerados nos tanques incidem alterações que possivelmente comprometem o ambiente aquático em relação à quantidade de concentrações de DBO e fósforo total que permaneceram com seus níveis superior do permitido. Na comparação dos pontos de montante (P1) e jusante (P4), os resultados revelaram que ocorre diferenças significativas. Os principais impactos observados foi a eutrofização e o comprometimento da qualidade da água do efluente no corpo receptor. Observa-se que mesmo não ocorrendo diferenças significativas nos pontos de montante e jusante, deve-se ter o cuidado no manejo, pois elas estão relacionadas com o meio aquático e na alteração de uma podendo ocasionar na morte dos peixes nos viveiros devido a sua sensibilidade e nas variações precipitadas principalmente do oxigênio dissolvido na água.

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Biografia do Autor

Edinelson Saldanha Correa, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Pará e Licenciatura em Matemática na Faculdade Lapa, mestre em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará (2006), Doutor em Ciências Ambientais. Atualmente extensionista rural na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará, onde tem desenvolvido metodologia para construção do Plano de Desenvolvimento de Assentamento (PDA), licenciamento ambiental dos assentamentos e diagnósticos ambientais, com foco em analises de água, solo e uso e cobertura do solo. Professor titular na universidade da Amazonia(UNAMA), trabalhando com disciplinas na área de ciências ambientais, , tais como licenciamento ambiental e recursos hídricos, e ainda ministra disciplinas na área de química tais como, química inorgânica e química orgânica. Diretor Técnico na Tapajos Soluções Ambientais, onde são desenvolvidos trabalhos na área ambiental com ênfase em Análise de Traços de substancias potencialmente poluidoras em água, solo, sedimento e ar, onde é o responsável técnico pelas analises quantitativas realizadas pela empresa. Possui ainda experiencias nas seguintes áreas: difração de raios X, microscopia eletrônica de varredura(MEV), sensoriamento remoto, Assistência Técnica Social e Ambiental (ATES), analises de água, solo, sedimentos de fundo e simulação ambiental com modelo de SWAT.

Christiane Monte, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em pela Universidade Federal Fluminense (2011) e mestrado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (2014) e Doutorado em Geociências pela Universidade Federal Fluminense (2018). Atualmente é docente da Universidade Federal do Oeste do Pará no curso de Geologia, no qual ministra disciplinas, como geologia ambiental e urbana .Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica e Geologia Urbana, atuando, principalmente, nos seguintes temas: ressupensão, dragagem, biodisponibilidade, ecotoxicologia terrestre e hidrogeoquímica, risco ambientais e planejamento urbano com artigos e trabalhos de conclusão de curso na área.

Thiago Shinaigger Rocha do Nascimento, Universidade Federal do Oeste do Pará

Acadêmico na Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA, no curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia das Águas com progressão para o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas - ICTA. Bolsista em projeto de iniciação científica, denominado Avaliação Físico ? Química da influência da ETE Mapirí sobre o Corpo Receptor do Irurá. Tendo o plano da Atividade vinculado ao Uso de Bioensaios como Ferramentas na Recuperação de Áreas Degradadas em Santarém-Pa. Estagiário na empresa Tapajós Soluções Ambientais, atuando nas áreas de analises de solo, ar e água. 

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Publicado

2020-02-12

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente