Aproveitamento dos resíduos de priprioca (Cyperus articulatus L.) no controle alternativo de fungos fitopatogênicos
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.001.0009Palavras-chave:
Atividade antifúngica, Fitopatógenos, Óleo essencial, ExtratosResumo
Fungos fitopatogênicos são responsáveis por doenças que causam grandes perdas agrícolas. O tratamento convencional é realizado por agrotóxicos e embora esses produtos reduzam significativamente as perdas, ocasionam sérias contaminações ambientais, contribuem para o surgimento de patógenos resistentes e eliminam agentes de controle biológico natural. Produtos naturais obtidos de plantas, como óleos essenciais e extratos, possuem substâncias bioativas que têm demonstrado potencial atividade antifúngica. A priprioca (Cyperus articulatus L.) é uma planta encontrada na Amazônia, muito utilizada no preparo de colônias artesanais. A alguns anos, o óleo essencial da espécie se tornou matéria-prima da Perfumaria Nacional e seu cultivo passou a ser em escala comercial, tornando-se fonte de renda para comunidades do entorno de Belém/PA. No processo de obtenção de óleo essencial são gerados grandes quantidades de resíduo sólido (massa vegetal após a retirada do óleo essencial). Esse trabalho teve como objetivo a avaliação e comparação da atividade antifúngica do óleo essencial, extrato hexânico e etanólico de priprioca e extrato hexânico e etanólico do resíduo sólido de priprioca, visando o aproveitamento dos resíduos no controle de fitopatógenos responsáveis por grandes perdas na produção agrícola. Para tanto, óleo essencial foi extraído por hidrodestilação (6h) e os extratos obtidos via Soxhlet (8h). Foram avaliadas as Concentrações Mínimas Inibitórias (CMI) pelo método de microdiluição e a Concentração Fungicida Mínima (CFM) para os tratamentos ativos. Foram avaliadas as concentrações de 1000 a 15,625 µg/mL frente a Fusarium oxysporum, Sclerotinia sclerotiorum e Macrophomina phaseolina. Os extratos etanólicos e hexânico do resíduo sólido apresentaram maior atividade antifúngica, principalmente frente a S. sclerotiorum, sendo fungicidas a 125 e 250 µg/mL, respectivamente. O óleo essencial foi inativo frente aos fitopatógenos teste. Tais resultados indicaram a eficácia dos extratos do resíduo de priprioca frente a fungos fitopatogênicos. O resíduo sólido é gerado em grandes quantidades durante a extração do óleo essencial e não possui valor agregado, tornando-o candidato a matéria-prima de produtos sustentáveis e de baixo impacto ambiental, que atuem no controle alternativo de fungos fitopatogênicos.
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