Espécies arbóreas tóxicas presentes na arborização urbana do município de Santarém, Pará
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.003.0029Palavras-chave:
Mangueira, Silvicultura, ToxicidadeResumo
São muitos os benefícios proporcionados pela arborização em vias urbanas, contudo, deve-se conhecer as características das espécies que irão compor a floresta urbana, pois existem plantas que produzem substâncias tóxicas ao ser humano. Este estudo teve como objetivo identificar as espécies com princípios tóxicos arborização urbana de 11 praças e 4 ruas do município de Santarém. Foram inventariados todos os indivíduos arbóreos com altura igual ou superior a 1,5 m. Quanto à origem das espécies, consideraram-se nativas aquelas originárias de formações vegetais ocorrentes no Brasil. As espécies que ocorrem em outros ecossistemas diferentes dos que aparecem em território brasileiro, foram consideradas exóticas e a toxicidade das espécies foi determinada a partir da metodologia de revisão de literatura. Foram identificadas 1656 árvores pertencentes a 48 espécies, onde 21% exibem algum princípio tóxico, 35% não são consideradas tóxicas e 44% não foi possível encontrar na literatura. Foi observado que a maioria das espécies tóxicas são nativas (60%). Os indivíduos tóxicos mais frequentes foram Mangifera indica L. (Mangueira), com 62,32%; Azadirachta indica A. Juss (Nim), com 18,37% e Ficus benjamina L. (Ficus), com 13,85%. Apesar de 751 indivíduos apresentarem princípios tóxicos não recomenda-se necessariamente a remoção destes, apenas deve-se investir em programas que informem as pessoas do possível perigo que estas espécies representam.
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