Diagnóstico temporal e espacial da qualidade da água superficial em uma microbacia urbana

Autores

  • Eduarda da Conceição Oliveira Universidade Federal do Mato Grosso http://orcid.org/0000-0001-9184-0627
  • Karytany Ulian Dalla Costa Universidade Federal do Mato Grosso
  • Wilhan Douglas dos Reis Universidade Federal do Mato Grosso
  • Aldecy de Almeida Santos Universidade Federal de Mato Grosso
  • Welitom Ttatom Pereira da Silva Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.008.0006

Palavras-chave:

Gestão de Recursos Hídricos, Uso e Ocupação do Solo, IQA, Correlação de Pearson

Resumo

O desenvolvimento urbano e a ocupação desordenada do solo provocam alterações tanto na quantidade, quanto na qualidade dos recursos hídricos em uma bacia hidrográfica. Neste contexto, o objetivo deste estudo consiste na caracterização da variação sazonal e espacial da qualidade da água superficial do Córrego Fortaleza, situado no município de Cuiabá (MT). O monitoramento foi realizado em três pontos de coleta: Nascente, Meio e Exutório. As coletas foram realizadas mensalmente, entre junho/2017 e março/2018, nos períodos de seca e chuva. São apresentados os resultados obtidos ao longo do tempo para os seguintes parâmetros físicos, químicos e microbiológicos: Temperatura, Sólidos Totais Dissolvidos (STD), Condutividade Elétrica (CE), pH, Oxigênio Dissolvido (OD), Cor Verdadeira, Turbidez, Sólidos Totais, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Alcalinidade, Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Total, Fósforo Total, Coliformes Totais (CT) e Escherichia coli. Os dados foram tratados estatisticamente, de forma descritiva com o auxílio do software de análise de dados ‘R’ e com a aplicação da correlação de Pearson. Para a classificação da qualidade da água nos pontos analisados, realizou-se o cálculo do Índice de Qualidade da Água (IQA-CETESB). Os resultados demonstraram a influência da sazonalidade principalmente sobre os parâmetros Cor Verdadeira, DBO5, Nitrogênio Total, Fósforo Total, e Escherichia coli. As fortes correlações entre STDxCE e CTxE. coli ratificam a as alterações na qualidade da água advindas de atividades antrópicas na microbacia. Por fim, o IQA-CETESB classificou a qualidade do ponto Nascente como ‘razoável’ e dos pontos Meio e Exutório como ‘ruim’, apontando que a água superficial do Córrego Fortaleza se encontra seriamente alterada devido, principalmente, ao processo de uso e ocupação inadequados do solo.

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Biografia do Autor

Eduarda da Conceição Oliveira, Universidade Federal do Mato Grosso

Analista Ambiental no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande-MT (DAE-VG). Mestre em Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Graduada em Engenharia Ambiental pela Universidade de Cuiabá - UNIC. Exerceu o cargo de Assessora Técnica na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso - FAPEMAT, na Coordenadoria de Pesquisa Científica e Tecnológica, acompanhando a implementação e execução de projetos de pesquisa dentro do Estado (2015 - 2017). Tem experiência na área de Engenharia Ambiental, com ênfase em Recursos Hídricos, Qualidade de Águas para Abastecimento, Operações e Processos Unitários em Estações de Tratamento de Água, e Uso e Ocupação do Solo.

Karytany Ulian Dalla Costa, Universidade Federal do Mato Grosso

Graduada em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (2015). Especialista em MBA Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pelo IPOG (2017). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Recursos Hídricos pela UFMT. Experiência na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental, Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos com aplicação de ferramentas computacionais e Tratamento de Efluentes Domésticos, atuando principalmente nos seguintes temas: licenciamentos ambientais, estudos e relatórios de avaliação ambiental, projetos de saneamento (hidráulico/sanitário/tratamento de efluentes), planos de saneamento básico e planos de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS).

Wilhan Douglas dos Reis, Universidade Federal do Mato Grosso

Graduado Engenheiro Ambiental pelo Centro Universitário de Várzea Grande - UNIVAG, Licenciado (CREA MT035903) ; Mestre em Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT; Funcionário Público no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande, como Agente de Saneamento, no setor de Projetos. Tendo experiencia no Tratamento de Água e Esgoto, bem como, em Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.

Aldecy de Almeida Santos, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Sanitária-Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005). Mestre em Física e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Mato Grosso (2008). Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco (2012). Professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) de 2009 a 2013. Professor da Universidade Federal de Mato grosso (UFMT) desde 2013. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em recursos hídricos (águas superficiais e subterrâneas), plano de gerenciamento de resíduos sólidos, reuso, tratamento de água para abastecimento, tratamento de efluente doméstico e industrial, Controle de qualidade de alimentos e gestão ambiental de industria de bebidas. 

Welitom Ttatom Pereira da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005), mestrado em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal de Mato Grosso (2008) e doutorado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de Brasília (2012). Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em modelagem matemática aplicada gestão de recursos hídricos, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento em recursos hídricos, modelagem matemática e sistema de abastecimento de água. 

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Publicado

2019-05-14

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