Patê de peixe usando resíduos da indústria pesqueira amazônica: produção e aceitação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.006.0020

Palavras-chave:

Carcaça, Pescado, Pasta, Indústria, Consumo

Resumo

O aumento da demanda de pescado beneficiado para exportação acarreta aumento nos subprodutos (cabeças, vísceras e espinhas entre outros), potencialmente valiosos, caso sejam transformados em novos produtos. Essa pesquisa buscou apontar os aspectos produtivos e a aceitabilidade do patê de peixe preparado a partir de resíduos de dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) suplementado com o pirarucu (Arapaima gigas) defumado, utilizando os espessantes naturais batata e macaxeira. A partir das carcaças de dourada, foi efetuada a extração da massa muscular, que posteriormente foi triturada e lavada; os pedaços de lombo de pirarucu foram defumados e reservados. Todos os ingredientes foram homogeneizados em multiprocessador. Foram quantificadas: a) contaminação microbiológica da massa; b) os rendimentos de massa muscular e triturado lavados de dourada, mais o pirarucu defumado; c) a aceitabilidade das diferentes formulações do patê de dourada incrementada com pirarucu defumado. As formulações foram F43M, F43B, F39M e F39B, onde o número indica a quantidade de peixe e a última letra, o espessante utilizado. A massa apresentou baixo índice de contaminação microbiana. Os rendimentos foram satisfatórios, e permitem apontar que a transformação dessa massa em patê reduz em 16,98% o descarte de resíduos na natureza. A maior aceitabilidade do patê foi na formulação com menor quantidade de dourada associada com a batata como espessante. Apesar de serem necessárias mudanças nas formulações sugeridas, constatou-se a viabilidade do uso de resíduos da indústria pesqueira para produção de patê destinado ao consumo humano, potencialmente reduzindo 170kg de material descartado na natureza a cada 1ton de resíduos do beneficiamento industrial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Keila Daniellen Pantoja Paiva Caldas, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2017) e graduação em Administração pela Universidade Paulista (2014). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Engenharia de Pesca, Especialização em Vigilância Sanitária e Qualidade de Alimentos -Universidade Candido Mendes.

Paulo Roberto Brasil Santos, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2011), mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2013) e Doutor em Ciências Ambientais do Programa de Pós-Graduação Sociedade, Natureza e Desenvolvimento da Universidade Federal do Oeste do Pará (2019). Atualmente é professor auxiliar do Campus Monte Alegre da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em avaliação de recursos pesqueiros, ecologia pesqueira, análise de dados, geoprocessamento e geoestatística.

Hérlon Mota Atayde, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Engenharia de Pesca (2004), Mestrado em Ciência de Alimentos (2008) e Doutorado em Ciências Pesqueiras nos Trópicos (2014), todos pela Universidade Federal do Amazonas. Atualmente, é professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Avaliação e Controle de Qualidade de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: peixe congelado, microbiologia do pescado, fungos em alimentos destinados ao consumo humano ou animal, perfil de ácidos graxos em peixes amazônicos.

Downloads

Publicado

2018-07-03

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)