Trocas gasosas entre metano e óxido nitroso entre solo e atmosfera em diferentes tipos de cobertura na região oeste do Pará, Brasil

Autores

  • Fabiane Campos dos Santos Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Quêzia Leandro de Moura Guerreiro Universidade Federal do Oeste do Pará http://orcid.org/0000-0002-4382-1250
  • Raimundo Cosme de Oliveira Júnior Embrapa Amazônia Oriental
  • Troy Patrick Beldini Universidade Federal do Oeste do Pará http://orcid.org/0000-0001-8024-8361
  • Daniel Rocha de Oliveira Universidade Federal do Oeste do Pará

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.006.0001

Palavras-chave:

Gases-traço, Metano, Óxido nitroso, Mudança no uso da terra

Resumo

A mudança de uso e manejo do solo vem ocorrendo de forma dinâmica e intensa, sobretudo na região Amazônica, o que pode resultar em fonte ou dreno de gases do efeito estufa para a atmosfera. Este trabalho quantificou as trocas gasosas de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) entre solo e atmosfera em diferentes tipos de cobertura, e analisou as variáveis ambientais reguladoras das trocas gasosas em diferentes microbacias da região Oeste do estado do Pará. As medidas foram realizadas através de câmaras instaladas no campo, posteriormente analisadas por cromatografia gasosa. Não houve diferença significativa no fluxo de metano mediante os efeitos da mudança no uso da terra em campos agrícolas de soja (0,23mg-C/m2/h), pastagens (0,31mg-C/m2/h) e capoeira (0,42mg-C/m2/h). Encontrou-se diferença estatística entre o fluxo de óxido nitroso relacionado ao tipo de cobertura do solo, onde o fluxo de capoeira (19,57 mg-N/m2/h) foi menor que o da pastagem (36,81mg-N/m2/h) e agricultura (40,08mg-N/m2/h). Houve diferença entre os fluxos de metano encontrados na soja em sistema de plantio direto (0,29mg-C/m2/h) em relação ao sistema de plantio convencional (0,11mg-C/ m2/h). Também se encontrou diferença no fluxo de óxido nitroso do plantio direto (40,7mg-N/m2/h) que foi maior que o plantio convencional (38,8mg-N/m2/h). Frente às mudanças no uso da terra cada vez mais frequentes, há a necessidade de novas formas de manejo que busquem reduzir as emissões desses gases ou aumentar seus sumidouros.

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Biografia do Autor

Fabiane Campos dos Santos, Universidade Federal do Oeste do Pará

Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Recursos Florestais e Engenharia Florestal.

Quêzia Leandro de Moura Guerreiro, Universidade Federal do Oeste do Pará

Doutora e Mestra em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Geociências/UFPA em parceria com a Embrapa e o Museu Paraense Emílio Goeldi-MPEG. Especialista em Ciências Forenses pelo Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA. Bacharel em Ciências Ambientais pelo CESUPA. Foi professora do Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA de fevereiro de 2011 a junho de 2014 e da Faculdade Maurício de Nassau, de agosto de 2013 a julho de 2014. Foi Bolsista de Iniciação Científica/CNPq, Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial nível II e Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial nível III, atuando na Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia (CCTE) do MPEG. Foi coordenadora do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA no biênio 2015-2016. Atualmente é professora do Instituto de Ciência e Tecnologias das Águas da UFOPA. Possui experiência nos temas: aspectos físicos, químicos e microbiológicos do solo, manejo e conservação do solo, característica química da água, gestão de recursos hídricos, perícia Ambiental, educação ambiental, logística de campo, poluição ambiental, gestão de resíduos, gestão de unidades de conservação, manejo de recursos naturais e planejamento urbano e ambiental. 

Raimundo Cosme de Oliveira Júnior, Embrapa Amazônia Oriental

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1980), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1988) e doutorado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (2006). Atualmente é professor permanente pos-graduacao - mestrado da Universidade Federal do Oeste do Pará, professor adjunto da Universidade Luterana do Brasil e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Biogeoquimica, atuando principalmente nos seguintes temas: amazônia, solos, estado do pará, biogeochemistry e caracterização e classificação. 

Troy Patrick Beldini, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui doutorado em Solos e Nutrição de Plantas - Auburn University, EUA, (Ph.D. obtido em janeiro de 2004). Ph.D. foi revalidado em outubro 2007 pela Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil, na grande área de Ciências Agrárias, no programa de Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas. Sou Professor Associado I na Universidade Federal do Oeste do Pará no Instituto de Biodiversidade e Florestas atuando nos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal, e sou colaborador no curso de Ciências Atmosféricas do Instituto de Engenharia e Geociências. Atuo principalmente nos seguintes temas: ciências do solo, biogeoquímica, ciclagem de nutrientes, gases traço, e dinâmica de agroecossistemas na Amazônia. Atualmente é Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia -PPGRNA, julho 2014 até presente, Portaria 1.917 Reitoria, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) Disciplinas ministradas: GRADUAÇÃO: Nutrição Mineral de Plantas, Recuperação de Áreas Degradadas PÓS-GRADUAÇÃO (MS e PhD): 1. Biogeofísica e Biogeoquimica: Interação Biosfera-Atmosfera 2. Inglês Instrumental Aplicado às Ciências Ambientais

Daniel Rocha de Oliveira, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2007), Mestrado em clinica e reprodução animal pela Universidade Federal Fluminense (2010), Doutorando em sociedade, natureza e desenvolvimento pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2014). Tem experiência em nutrição e reprodução de ruminantes e sistemas de produção animal.

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Publicado

2018-07-03