Resíduos orgânicos agropecuários e biodigestores: análise sobre a produção bibliográfica do período de 2000-2017

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.005.0025

Palavras-chave:

Resíduos Sólidos, Energia Renovável, Reciclagem, Digestão Anaeróbica

Resumo

O lodo de esgoto (LE) aplicado em solos de florestas plantadas, com base no critério do nitrogênio, pode aumentar a produção de madeira sem causar danos ao ambiente florestal. Entretanto, ainda é necessário analisar a viabilidade econômica dessa prática que pode ser um fator limitante para a reciclagem deste resíduo. Assim, o objetivo do trabalho foi realizar a avaliação econômica do uso de LE (0; 7,7; 15,4 e 23,1 Mg ha-1) sem e com complementação de fertilizante mineral nitrogenado e fosfatado em comparação a adubação convencional de um povoamento de Eucalyptus grandis aos 7,9 anos após o seu plantio através do método de VPLA (Valor Presente Líquido Anualizado), TIR (Taxa Interna de Retorno) e IBC (Índice Benefício/Custo). Foram consideradas taxas de desconto de 6 e 12% a.a. e três cenários nos quais o produtor florestal assume por 100, 50 e 0% dos custos de transporte do lodo. Verificou-se maior produção de madeira no tratamento com 15,4 Mg ha-1 de LE, o qual obteve 338 m3 ha-1. Porém, a adubação mineral convencional representou a opção com melhor viabilidade econômica em todas as situações analisadas, exceto para o cenário no qual o produtor florestal estaria isento do transporte do LE. Notou-se que a variação nas taxas de juros propostas proporcionou maiores acréscimos de VPLA que a alteração de cenários (redução do custo de transporte). Portanto, conclui-se que este produtor florestal apenas se motivaria em aplicar o lodo de esgoto em relação à prática já usual se o custo de transporte deste resíduo não fosse arcado por ele. É importante considerar também que o fator de risco associado ao mercado de LE para aplicação agrícola, o qual não é estruturado e coordenado, pode interferir na tomada de decisão deste produtor.

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Biografia do Autor

José Bonifácio Martins Filho, Universidade Federal do Maranhão

Graduando de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Maranhão.

Rafael Alves das Neves, Universidade Federal do Maranhão

Graduando de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Maranhão.

Jocelio dos Santos Araújo, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (1998), Especialização em Planejamento Empresarial e Gestão Ambiental pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (2017), Mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Pelotas (2000), Doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (2005) e Pós-doutorado em Producción Animal pela Universidad Politécnica de Madrid/España (2016). Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal do Maranhão. Foi Diretor do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, Campus de Chapadinha (eleito: 2007/2011, reeleito:2011/2015) e Cidadão Honorário do Município de Chapadinha. Foi professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2003-2007) onde orientou no programa de Pós-graduação em Zootecnia. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Produção Animal Sustentável, atuando principalmente nos seguintes temas: Sustentabilidade na Agropecuária, aproveitamento de resíduos na agropecuária

Gregori da Encarnação Ferrão, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (2003), mestrado em Fisiologia e Bioquímica de Plantas pela Escola Superior de Agricultura ´Luiz de Queiroz´/USP (2006) e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Ciências no Centro de Energia Nuclear na Agricultura/USP (2013). Atuou como Coordenador do Curso de Agronomia da UFMA no mandato de 2016 a 2018. Atualmente é Professor Adjunto III lotado na Coordenação do Curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Solos e Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Nutrição Mineral de Plantas, Fotossíntese, Gases do efeito estufa, Plantio Direto, Produção de mudas e Cultura de tecidos.

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Publicado

2018-09-24

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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