Análise univariada e multivariada nos efeitos ecotoxicológicos do cromo na germinação de sementes de Parkia pendula (willd.) Walp.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.012.0013

Palavras-chave:

Metais pesados, Amazônia brasileira, Fitorremediação

Resumo

A presença de metais pesados na Amazônia vem crescendo desde o século passado, devido a exploração antrópica em áreas onde ficam localizadas recursos hídricos e florestais, no qual a atividade mais realizada é a mineração. O visgueiro (Parkia pendula), espécie florestal da Amazônia brasileira, pode ter utilidade para recuperação de áreas degradadas, e ser utilizada como planta fitorremediadora. Sendo assim, coube a este estudo realizar análises univariadas (quantitativas e qualitativas) e multivariada (PCA) para avaliar índices germinativos da espécie Parkia pendula submetidas à concentrações crescente de cromo, devido a esta planta ser pouco conhecida sobre seu potencial fitorremediador. O trabalho foi realizado em uma sala de crescimento, na temperatura constante de 30°C com fotoperíodo de 12h, conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos, sendo eles através da solução aquosa de cloreto de cromo III (CrCl3.6H2O), feitas nas concentrações correspondentes a 0 mM (controle), 2,5mM, 5 mM, 7,5 mM e 10 mM. A porcentagem de germinação das sementes foi de 96% nas sementes do tratamento controle, e quando ocorreu a aplicação do cromo esse percentual reduziu para 73,6%, uma possível explicação para este fato é que cromo agiu no metabolismo enzimático bloqueando o crescimento   do   eixo   embrionário. Quanto maior as dosagens de cromo, menor o CVG, IVG e quantidade de sementes viáveis, e maior o TMG e sementes inviáveis, tais fatores podem ser decorrentes do estímulo do CrCl3.6H2O sob o bloqueio da síntese de enzimas hidrolíticas, diminuindo açúcares importantes para que ocorra a germinação e viabilidade da semente. Na análise multivariada de componentes principais, a variabilidade dos dados é explicada em 89,2% na dimensão 1 e 8,3% na dimensão 2, totalizando 97,5% da variabilidade total dos dados, com baixa contribuição da porcentagem de germinação e alta contribuição dos índices TMG, CVG e IVG. A aplicação das concentrações de cromo nas sementes de Parkia pendula prejudicaram no processo germinativo da espécie, e o tratamento com 10 mM apresenta-se mais prejudicial para a porcentagem de germinação.

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Biografia do Autor

Thalisson Johann Michelon de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduado em Engenharia Agronômica (2023) pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), mestrando no curso de Fitotecnia pela ESALQ-USP (Universidade de São Paulo). Possui experiência na área de Biologia Vegetal, com ênfase em Botânica, Fisiologia e Bioquímica Vegetal. Trabalha com plantas sob estresses abióticos e bióticos, buscando a adaptação de vegetais e suas resistências aos vários tipos de estresses. Atualmente é membro do grupo de Estudos em Biodiversidade de Plantas Superiores (EBPS/PA) e Laboratório de Pós-Colheita (LPC/SP).

Beatriz Guerreiro Holanda Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia

Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agronomia, na sub-área de fisiologia vegetal, possui experiências em atividades laboratoriais e produção de mudas de espécies agrícolas e florestais. Exerceu atividades na área de microbiologia aplicada às ciências agrárias.

Pâmela Emanuelle Sousa e Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2018-2023). Possui experiência em fitopatologia, na área de virologia vegetal. Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (2023). 

Ana Carolina Maia de Souza, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia(2023) e ensino-medio-segundo-graupela ideal(2017).

Vitor Resende do Nascimento, Universidade Federal do Pará

Graduado em Engenharia Florestal e Mestre em Ciências Florestais (Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais - PPGCF) pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém. Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia pelo Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (PPG-Bionorte) da Rede BIONORTE - Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi bolsista de Extensão e de Iniciação Científica (PIBIC-CNPQ). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Produção Vegetal, com ênfase em Fisiologia e Bioquímica vegetal. É formado em língua inglesa, tendo feito uma disciplina internacional na Noruega, onde visitou instituições norueguesas (UiO, NMBU e Hydro), assistiu palestras, realizou análises em laboratório e apresentou projeto durante um workshop. Pesquisador no grupo EBPS-UFRA (Estudos da Biodiversidade em Plantas Superiores). 

Glauco André dos Santos Nogueira, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduado em Engenharia Agronômica (2012), Mestre em Ciências Florestais (2015), Doutor em Ciências Florestais (2019), pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Belém/PA, na área de Concentração Ciências Florestais, atualmente Pós-Doutorado - PNPD/ CAPES pela Universidade Federal Rural da Amazônia, Professor Colaborador da Pós-Graduação em Ciências Florestais nas Disciplina de Fisiologia de Espécies Arbóreas, Biologia e Fisiologia de sementes e Fisiologia do Estresse em Plantas Arbóreas. Orientador no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-UFRA). Coorientador no programa da Pós-Graduação em Ciências Florestais a nível de Mestrado, Instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR, Membro do Grupo de Pesquisa Estudos da Biodiversidade de Plantas Superiores (EBPS/UFRA), possui experiência na área de Produção Vegetal, com ênfase em Fisiologia e Bioquímica Vegetal, na área de Silvicultura com Ênfase em Produção de mudas de especies Arbóreas, Trabalha com plantas sob estresses abióticos e bióticos, buscando a adaptação de vegetais e suas resistências aos vários tipos de estresses. 

Eniel David Cruz, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1982), mestrado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1992) e doutorado em Agronomia Fitotecnia pela Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em produção e tecnologia de sementes de espécies arbóreas tropicais. 

Manoel Euclides do Nascimento, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1990), Especialização em Educação na área de Ciências Biológicas (1992); Mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1997) e doutorado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (2010) - área de Plantas Medicinais. Professor Titular da Universidade Federal Rural da Amazônia. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Morfologia Externa, Anatomia e Sistemática Vegetal; Plantas Medicinais e Aromáticas da Amazônia, atuando principalmente nos seguintes temas: herbário virtual de coleções temáticas da flora amazônica, anatomia de órgãos vegetativos e estruturas secretoras de espécies da flora Amazônica. Identificação e cultivo de espécies medicinais e aromáticas da Amazônia.

Cândido Ferreira de Oliveira Neto, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2005), Mestrado em Agronomia (2008), na área de concentração em Produção Vegetal e Doutorado em Ciências Agrárias, com área de concentração em Agrossistema da Amazônia (2010). Em 2008-2010 atuou como Pesquisador Colaborador da REDE-03-CT-PETRO na área da Tecnologia de Regeneração Artificial em Clareiras Abertas pela extração e Transporte de Petróleo e Gás Natural. Professor Adjunto III da Universidade Federal Rural da Amazônia ocupou os Cargosde Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Cordenador de Iniciação Científica. Professor do Programa de Pós graduação de Ciências Florestais, Biotecnologia e Rede Bionorte. Coordenador do Grupo de Pesquisa Estudos da Biodiversidade de Plantas Superiores (EBPS/UFRA), Bolsista de Produtividade CNPq- 2 e representante da Região Norte da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal. Possui experiência na área de Produção Vegetal, com ênfase em Fisiologia e Bioquímica Vegetal. Trabalha com plantas sob estresses abióticos e bióticos, buscando plantas adaptadas e resistentes aos vários tipos de estresses.

Dênmora Gomes de Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1997), mestrado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (2000) e doutorado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (2004). Atualmente é professor Adjunto I pela Universidade Federal Rural da Amazônia, ministrando a disciplina Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas.Tem experiência na área de agronomia com ênfase em Melhoramento Genético Vegetal, Cultura de tecidos (micropropagação, Hibridação somática, embriogênese), Manejo Florestal e Tecnologia de sementes e mudas. Atuou com Coordenadora da área de Pesquisa da Empresa Jari Celulose.

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Publicado

2023-01-08

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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