Influência de diferentes inóculos na geração de biogás dos resíduos de tomate

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.012.0010

Palavras-chave:

Biodegradação, Taxa de Geração, Reatores de Bancada, Digestão Anaeróbia, Teste de BMP

Resumo

Mundialmente, a questão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem sido amplamente discutida a partir de vários aspectos, desde a coleta até a destinação final em práticas ou tecnologias de tratamento. Dentre os diferentes tipos de resíduos tem-se a fração orgânica, que possui um alto potencial de biogás com viabilidade energética. A quantidade de biogás produzido a partir da biodegradação anaeróbia de resíduos orgânicos varia em função do tipo de resíduo e da sinergia com o tipo de inóculo utilizado.  Neste sentido, a presente pesquisa avaliou o volume acumulado de biogás e a variação da taxa de produção de biogás na configuração em resíduos de tomate com o lodo, resíduos de tomate com o rúmen bovino e resíduos de tomate com uma mistura de rúmen bovino e lodo, ao longo de 120 dias de experimento. Para tanto, foram realizados ensaios de Biochemical Methane Potential (BMP). Os resultados obtidos demonstraram que a maior taxa de produção de biogás ocorre nas primeiras 24h e que as médias da taxa de produção de biogás, em 120 dias de monitoramento, não diferem significativamente, independentemente do tipo de inóculo utilizado juntamente com os resíduos de tomate como substrato. O maior volume de biogás produzido foi para a combinação de tomate com lodo (422,15 NmL), seguido por tomate com lodo e rúmen (327,60 NmL) e tomate com rúmen (255,01 NmL), sendo os primeiros 7 dias cruciais para determinar o volume acumulado ao final dos 120 dias de monitoramento.

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Biografia do Autor

Ericka Lima de Brito, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Pernambuco - Reitoria (2007) e em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2013) e Mestrado em Engenharia Civil - Área de concentração Geotecnia Ambiental - pela Universidade Federal de Pernambuco (2015).Tem experiência na área de Meio Ambiente, com ênfase em Gestão Ambiental, Tratamento de Água e Efluentes e Resíduos Sólidos Urbanos. 

Talita Vasconcelos de Lucena, Universidade Federal de Pernambuco

Mestre em Engenharia Civil, na área de Geotecnia, pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2016). Realizou mestrado sanduíche na Universidade Nacional de Cuyo, Argentina (2015) através da bolsa de fomento recebida pela Capes. Tecnóloga em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE (2013). Integrante do Grupo de Resíduos Sólidos da UFPE (GRS/UFPE). Participou como avaliadora de 9 (nove) artigos científicos submetidos ao XII Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação (CONNEPI), realizado em Recife/PE em 2018. Possui experiência na área de Meio Ambiente e Geotecnia Ambiental, com ênfase em resíduos sólidos urbanos, biodegradação anaeróbia, geração de biogás e de metano. Interesse e formação continuada em outras áreas do âmbito ambiental, no eixo empresarial e acadêmico.

Alessandra Lee Barbosa Firmo, Universidade Federal de Pernambuco

Professora e pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco desde julho de 2009, atuando na Especialização em Sustentabilidade Urbana, Especialização em Educação Ambiental e Cultural e no curso de Tecnologia em Gestão Ambiental. Professor-colaborador do Mestrado Profissional em Tecnologia Ambiental do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Professor-colaborador da Especialização em Gestão e Controle de Áreas Contaminadas por Resíduos Sólidos da Universidade Católica de Pernambuco. Líder do Grupo de Resíduos Sólidos do IFPE e membro do Grupo de Resíduos Sólidos da UFPE (GRS/ UFPE). Bolsista de Produtividade em Pesquisa em 2015/2016. Diretora de Extensão do IFPE-Campus Ipojuca em 2014-2015. Possui graduação em Engenharia Química pela UFPE (2006), em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo IFPE (2008), Mestrado em Engenharia Civil pela UFPE (2008) e Doutorado em Engenharia Civil pela UFPE (2013) na área de geotecnia ambiental. Participou como pesquisadora de projetos financiados pelo CNPq, FINEP, FACEPE, CHESF, BNDES e Foundation CMG nas áreas de geotecnia ambiental, resíduos sólidos, biodegradação e geração de biogás, geração de energia em aterros, plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, interação rocha-fluido, estudo de modelos numéricos de geração e fluxo de fluidos em meios porosos.

Maria Odete Holanda Mariano, Universidade Federal de Pernambuco

A pesquisadora Maria Odete Holanda Mariano (Professora Associada IVI) é professora do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco desde 2008. Atualmente é Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC-UFPE) e no período de 2010 até agosto de 2021 foi membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFPE (PPGECAM-UFPE), onde ocupou a função de coordenação (períodos: 2013-2014; 2016-2018) e vice coordenação (2012-2013), e ministrou a disciplina de Geotecnia Ambiental (2010 até 2020). A pesquisadora é membro do Grupo de Pesquisa do CNPq: Grupo de Resíduos Sólidos (GRS/UFPE) desde 1996 e participou de vários projetos de pesauisa, com ênfase em editais : PD CHESF/ANEEL, PROSAB, CNPq (Universal), PRONEX-CNPq e vários FINEP na área experimental com enfoque na determinação de emissões de gases em aterros de resíduos sólidos urbanos, monitoramento de aterros de resíduos sólidos, encerramento de lixões e no estudo do processo de decomposição dos resíduos sólidos urbanos e consequente geração de líquidos e gases em escalas experimentais (lisímetro e aterros experimentais). 

José Fernando Thomé Jucá, Universidade Federal de Pernambuco

Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestre em Engenharia Civil/Geotecnia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutor pela Universidad Politécnica de Madrid e Pós Doutor pela Universidade de São Paulo (2011). Professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pesquisador do CNPq, com bolsa de produtividade. Em 1994 criou o Grupo de Pesquisa em Geotecnia Ambiental (GRS/UFPE), onde coordena vários projetos de pesquisa financiados por agências de fomento, dentre eles Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX), PD CHESF/ANEEL, BNDES e FINEP, nas áreas de Geotecnia Ambiental, Bioenergia e Tecnologias para Tratamento de Resíduos Sólidos. Atualmente coordena a Rede de Pesquisa Biogás para estudos do Aproveitamento Energético do Biogás em Aterros de Resíduos Sólidos, financiada pela FINEP; desenvolve o projeto Geotecnia Ambiental Aplicada a Aterros de Resíduos Sólidos financiado pelo CNPq e participa do projeto Cidades Sustentáveis por Meio do Planejamento e Tecnologias Inovadoras, executado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE-DF). Nos últimos 10 anos publicou 62 artigos em periódicos especializados e 91 trabalhos completos em congressos nacionais e internacionais. Possui 5 livros publicados, 6 livros organizados e 13 capítulos de livros publicados. A partir da criação do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco, em 1995, orientou 59 dissertações de mestrado, e a partir da implantação do doutorado (em 2000) orientou 30 teses.É membro da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), das sociedades internacionais: International Society of Soil Mechanics and Geotechnical Engineering (ISSMGE) e International Solid Waste Association (ISWA). Pertence ao Comitê Editorial do Journal of Geological Resource and Engineering (USA), da Revista Portuguesa Geotecnia e da Revista Resíduos da Espanha, revisor da Waste Management (Elsevier), da Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), além de consultor de vários periódicos.No período de 1995 a 1998 foi Presidente do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITEP) e de 2005 a 2010 foi Diretor do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2009 recebeu o Título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico da Academia Brasileira de Ciências por suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento científico do Brasil. Em 2011 foi membro do Comitê do XXV Prêmio Jovem Cientista (CNPq/Fundação Roberto Marinho) cujo tema foi Cidades Sustentáveis. Entre 2012 e 2014 coordenou o projeto Alternativas tecnológicas para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, com base na experiência da Europa, Estados Unidos e Japão, financiado pelo BNDES. Em 2015 é o ganhador do Prêmio Fundação Bunge em Saneamento Básico (Resíduos Sólidos Urbanos) e em 2018 é o ganhador do Prêmio Terzaghi da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS). Em 2019 foi escolhido para ministrar a 15o Palestra Milton Vargas da ABMS. Em 2020 é agraciado com a Medalha Mérito Tamandaré pela Marinha do Brasil e em 2022 recebeu do Governo do Estado de Pernambuco o grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito Guararapes.

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Publicado

2023-01-08

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