Uso do lodo proveniente dos viveiros de cultivos de peixes na produção de mudas de Pitanga (Eugenia Uniflora l.)

Autores

  • Virgílio Otávio Teles Ferreira Alves Instituto Federal de Pernambuco
  • Alessandra Lee Barbosa Firmo Instituto Federal de Pernambuco https://orcid.org/0000-0003-1127-2805
  • Daniele de Castro Pessoa de Melo Instituto Federal de Pernambuco
  • Dijaci Araújo Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Ronaldo Faustino da Silva Instituto Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.001.0022

Palavras-chave:

Piscicultura, Ciclagem de Nutrientes, Matéria Orgânica, Gestão Ambiental

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do lodo proveniente de viveiros de cultivo de peixes na produção de mudas de pitanga, Eugenia uniflora L., através da Interação Agricultura - Aquicultura (IAA), como uma forma de mitigar o impacto ambiental causado pela piscicultura. Para a avaliação da composição do lodo, foram coletadas amostras de um viveiro de produção de peixes e analisadas as variáveis físico-químicas, matéria orgânica, umidade, relação carbono/nitrogênio e macronutrientes. O lodo foi aplicado no solo, em diferentes proporções, para verificação do crescimento das mudas em casa de vegetação. O desenho experimental foi inteiramente casualizado, com quatro blocos, cada bloco contendo cinco tratamentos e quatro repetições. A fase de experimentação foi encerrada após 80 dias de cultivo, quando as mudas atingiram uma altura em torno de 20 cm. Posteriormente foram medidas o comprimento total, o diâmetro do colmo e a quantidade de folhas de cada muda. O estudo mostrou que na medida em que se aumentou os níveis de lodo do viveiro de peixe, houve um incremento no desenvolvimento das mudas. O tratamento com 100% de inclusão de lodo obteve o melhor rendimento, com os seguintes resultados: 28,03 cm de média do comprimento total, 1,81 mm de média do diâmetro do colmo e 18,18 a média do número de folhas. A matéria orgânica e os macronutrientes encontrados no lodo dos viveiros podem ser disponibilizados para as plantas como condicionador de solo, economicamente viável, proporcionando ganhos de produtividade. A pesquisa forneceu subsídios para a utilização dos resíduos do lodo do fundo dos viveiros na produção de mudas. Para o desenvolvimento de uma piscicultura sustentável, é fundamental que haja um aproveitamento dos resíduos gerados pelos viveiros na agricultura, possibilitando a sua mitigação e o destino correto do resíduo.

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Biografia do Autor

Virgílio Otávio Teles Ferreira Alves, Instituto Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco(1987) e especialização em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco(1989). Atualmente é Assistente Administrativo - Nível D 416 do Instituto Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Engenharia de Pesca.

Alessandra Lee Barbosa Firmo, Instituto Federal de Pernambuco

Professora e pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco desde julho de 2009, atuando na Especialização em Sustentabilidade Urbana, Especialização em Educação Ambiental e Cultural e no curso de Tecnologia em Gestão Ambiental. Professor-colaborador do Mestrado Profissional em Tecnologia Ambiental do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Professor-colaborador da Especialização em Gestão e Controle de Áreas Contaminadas por Resíduos Sólidos da Universidade Católica de Pernambuco. Líder do Grupo de Resíduos Sólidos do IFPE e membro do Grupo de Resíduos Sólidos da UFPE (GRS/ UFPE). Bolsista de Produtividade em Pesquisa em 2015/2016. Diretora de Extensão do IFPE-Campus Ipojuca em 2014-2015. Possui graduação em Engenharia Química pela UFPE (2006), em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo IFPE (2008), Mestrado em Engenharia Civil pela UFPE (2008) e Doutorado em Engenharia Civil pela UFPE (2013) na área de geotecnia ambiental. Participou como pesquisadora de projetos financiados pelo CNPq, FINEP, FACEPE, CHESF, BNDES e Foundation CMG nas áreas de geotecnia ambiental, resíduos sólidos, biodegradação e geração de biogás, geração de energia em aterros, plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, interação rocha-fluido, estudo de modelos numéricos de geração e fluxo de fluidos em meios porosos.

Daniele de Castro Pessoa de Melo, Instituto Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Católica de Pernambuco (2005), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2008), doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2012) e Pós-doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2014). Gerente do Programa de pós-graduação- PPG do Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP. Coordenadora, Professora e Pesquisadora do Mestrado em Tecnologia Ambiental do ITEP. Pesquisadora Institucional da FAMA/ ESM. Professora da Pós-graduação em Gestão e Controle de Áreas Contaminadas por Resíduos Sólidos da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Conselheira Titular do Instituto Federal de Pernambuco - IFPE. Vice-presidente da APL Metalmecânica de Pernambuco. Possui experiência de mais de 10 anos em gestão educacional. Faz parte dos Grupos de Pesquisa: Desenvolvimento de Processos e Novos Materiais (Universidade Católica de Pernambuco) e Grupo de Estudo do Gesso (UFPE). Especialista em Elaboração de Projetos, Gerenciamento de Indicadores e Gestão de Pessoas. Tem experiência nas áreas de Processos Químicos e Bioquímicos inseridos nas linhas de Desenvolvimento e Modelagem de Reatores Polifásicos e Processos Físicos e Químicos de Valorização do Rejeito. Atuando, principalmente nos seguintes temas: gesso beta reciclável, forno rotativo piloto, parâmetros cinéticos, otimização de processos, gás natural, petróleo e meio ambiente.

Dijaci Araújo Ferreira, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2003), especialização em Planejamento e Gestão Ambiental pela Faculdade para o Desenvolvimento de Pernambuco (2009), mestrado (2009) e doutorado (2014) em Recursos Pesqueiros e Aquicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Atualmente compõe o quadro de docentes do Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas da UFRPE e coordena a Estação de Aquicultura Prof. Johei do Koike do Departamento de Pesca e Aquicultura (UFRPE). Experiência no cultivo de camarões marinhos em fazendas comerciais e com tecnologia de bioflocos, cultivo de peixes em sistema semi-intensivo e intensivo (tanques-rede), além da reprodução de tilápias e peixes reofílicos.

Ronaldo Faustino da Silva, Instituto Federal de Pernambuco

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1985), Licenciado em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1996) Especialização em Engenharia de Irrigação pela Universidade de Pernambuco, Escola Politécnica (1990). Engenheiro de Segurança do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (2017). Mestre em Gestão e Políticas Ambientais pela Universidade Federal de Pernambuco (2000). Doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Pós-graduação em Ecological Sanitation pelo Stockholm Environment Institute da Suécia (2009). Professor Titular do Instituto Federal de Pernambuco. Pesquisa e atua na área de engenharia sanitária, construções sustentáveis e saneamento ecológico.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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