Produção de mudas de pimentão utilizando substrato alternativo constituído por lodo de esgoto e esterco caprino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.012.0008

Palavras-chave:

Resíduos do saneamento, Uso agrícola de resíduos, Saneamento ecológico

Resumo

A produção de mudas é uma das principais etapas do cultivo de hortaliças, uma vez que depende dela o desenvolvimento final das plantas nos canteiros de produção. A utilização e o aproveitamento de diferentes resíduos para a composição do substrato têm sido uma importante alternativa, capaz de tornar esta etapa da produção mais sustentável, sem que as mudas percam a sua qualidade. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar o crescimento de mudas de pimentão (Capsicum annuum L.) cultivado em substrato alternativo, constituído de lodo de esgoto doméstico, proveniente de fossa séptica, e esterco caprino. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (substratos) constituídos de solo com esterco caprino ou com lodo de esgoto doméstico em diferentes proporções: Esterco 2:1 (2:1 v/v, solo e esterco caprino); Esterco 1:1 (1:1 v/v, solo e esterco caprino); Lodo 2:1 (2:1 v/v, solo e lodo de fossa séptica) e Lodo 1:1 (1:1 v/v, solo e lodo de fossa séptica) e dez repetições. Foram avaliadas o número, a largura e o comprimento das folhas, a altura das plantas, o diâmetro caulinar, o comprimento, a massa seca das raízes e a massa seca total. A análise de variância indicou que houve diferença significativa para todas as variáveis analisadas. Com exceção do comprimento da raiz, as máximas médias de todas as variáveis estudadas foram obtidas através do cultivo do pimentão no substrato constituído de lodo de esgoto doméstico, proveniente de fossa séptica, preparado na proporção de 1:1 v/v. Assim, seja na proporção de uma parte de lodo para uma ou duas partes de solo, o lodo de fossa séptica tratado e isento de microrganismos patogênicos apresenta potencialidade para o uso na preparação de substratos para a utilização na produção de mudas de pimentão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Narcísio Cabral de Araújo, Universidade Federal do Sul da Bahia

Engenheiro Sanitarista e Ambiental, graduado pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB (2011). Mestre em Engenharia Civil e Ambiental, na Área de Engenharia de Recursos Hídricos e Sanitária, pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (2014). Doutor em Engenharia Agrícola, na Área de Irrigação e Drenagem pela UFCG (2017). Professor Adjunto do Centro de Formação em Tecnociências e Inovação - CFTCI da Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB. Editor Assistente da Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biossistemas do Centro de Formação em Ciências Agroflorestais - CFCAf da UFSB. Vice Coordenador do Programa de Pós-graduação em Eng. Civil e Ambiental do CFTCI da UFSB. Possui experiência em pesquisas nas áreas de tratamento e reúso agrícola de águas residuárias, tratamento biológico de esgoto sanitário e de resíduos sólidos biodegradáveis. Possui experiência técnica em gestão integrada de resíduos sólidos, plano Municipal de saneamento básico e estudos de impacto de vizinhança.

Fabio da Silva do Espírito Santo, Universidade Federal do Sul da Bahia

Sertanejo, Caatingueiro, Baiano, filho de escola pública, Professor, Doutor (2017), com período sanduíche no Royal Botanic Gardens, Kew, Inglaterra, e Mestre (2012) em Botânica pela Universidade Estadual de Feira de Santana - PPGBot/UEFS; especialista em Licenciamento Ambiental pela Faculdade Presbiteriana Augusto Galvão - FPAG (2011); Engenheiro Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF (2009). Entre 2010 e 2013 atuou como coordenador e professor do curso de Engenharia Ambiental da FPAG e entre 2014 a 2018 como professor do Departamento de Tecnologia da UEFS. Atualmente é Coordenador de Graduação da Diretoria de Ensino-Aprendizagem da Pró-reitoria de Gestão Acadêmica, Vice-coordenador da Pós-graduação Lato Sensu em Engenharia Ambiental Urbana e professor adjunto do Centro de Formação em Tecnociências e Inovação da Universidade Federal do Sul da Bahia, atuando principalmente na área de Conservação, Licenciamento ambiental, Restauração ecológica e taxonomia de fanerógamas [Aliança Tabebuia (Bignoniaceae) e Ruehssia/Marsdenia (Apocynaceae)].

Abílio José Procópio Queiroz, Universidade Federal do Sul da Bahia

Graduado em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) (2011), mestre e doutor em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) (2018), na área de concentração de estrutura, processamento e propriedades de materiais, com pesquisa na linha de durabilidade e reciclagem de materiais. Professor Adjunto do Centro de Formação em Tecnociências e Inovações (CFTCI) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Possui experiência com pesquisas em análises térmicas de materiais, tratamento térmico de resíduos sólidos e reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos e líquidos. Possui experiência profissional na elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), Planos Municipais e Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS e PIGIRS), Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), de projetos de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e de Esgotamento Sanitário (SES), de Usina de Triagem de Resíduos Sólidos, de Pátio de Compostagem e de Aterro Sanitário e em licenciamento ambiental.

Bruna Borges Soares , Universidade Federal do Sul da Bahia

Possui graduação em Engenheira Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2015), especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade de Guanambi (2016), Mineração e Meio Ambiental pela UFRB (2018) e mestrado em Ciências Ambientais pela UESB (2017). Atualmente é professora do Centro de Formação em Tecnociências e Inovação/Campo das Ciências da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), atuando principalmente na área de Gestão Ambiental.

Lucas Farias de Sousa, Universidade Estadual de Santa Cruz

Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2016), mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2019) e doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, também, pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2023). Possui experiência na área de Modelagem Ambiental em recursos hídricos, Sistemas de Informação Geográfica e planos técnicos para Licenciamento Ambiental. Foi Professor Substituto no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia ministrando as disciplinas de Geomática, Hidráulica, Tecnologias Mais Limpas e Reatores Bioquímicas. Atualmente é Engenheiro Ambiental no Exército Brasileiro.

Downloads

Publicado

2023-01-08

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)