Análise espaço-temporal da dengue no município de Belém do Pará, Norte do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.005.0024

Palavras-chave:

Dengue, Geoprocessamento, Análise espaço-temporal

Resumo

O objetivo deste trabalho foi identificar as áreas de maior risco para a dengue em Belém do Pará, através da distribuição espaço-temporal dos casos no período de 2010 a 2019, delineando o direcionamento de intervenções mais urgentes. Trata-se de um estudo ecológico que buscou análises mais finas em uma região carente de estudos epidemiológicos para a dengue atualizados.  Para isso, utilizaram-se os casos da doença e dados socioambientais que serviram para o cálculo de taxas de incidência, a construção de um Índice de Condição de Vida e a realização de análises espaço-temporais através das técnicas do Estimador Bayesiano Local, Índice de Moran Global e Local, Estimador de Densidade de Kernel e Metodologia de Varredura (Scan). Os resultados observados foram: altas taxas de incidência de dengue e aglomerados significativos em Belém, mesmo nas áreas de melhores condições socioambientais, como é o caso da região sul do município, e no distrito de Mosqueiro (área turística). O Scan apontou cluster espaço-temporal no período de 2010 a 2012 sugerindo entrada de novos sorotipos. Esses resultados mostraram que as ações devem ser direcionadas para maximizar a relação custo-eficácia dos controles em comparação com intervenções aleatórias, além da importância de um monitoramento contínuo para a doença, tendo em vista que Belém possui condições facilitadoras ao vetor.

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Biografia do Autor

Brenda Caroline Sampaio da Silva, Universidade Federal do Pará

Engenheira Ambiental; Especialista em Geoprocessamento, Georreferenciamento e Sensoriamento Remoto; Mestre em Ciências Ambientais e Doutoranda em Ciências Ambientais. 

Ricardo José de Paula Souza e Guimarães, Instituto Evandro Chagas

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Taubaté (1994), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2000) e doutorado em Biomedicina pelo Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte (2010). Atualmente é Tecnologista Pleno 3 (Pesquisa e Investigação Biomédica em Saúde Pública) e Responsável pelo Laboratório de Geoprocessamento do Instituto Evandro Chagas / SVS / MS; Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde (PPGEVS) do Instituto Evandro Chagas (IEC). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geotecnologias, Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informação Geográfica, Epidemiologia Espacial, Saúde Pública; atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento na saúde e no meio ambiente, geotecnologia móvel, análise espacial e geoestatística.

Bruno Spacek Godoy, Universidade Federal do Pará

Professor Doutor da Universidade Federal do Pará a partir do ano de 2012, na cadeira de Bioestatística, do Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural. Atuo desde o ano de 2003, após a formatura no curso de Ciências Biológicas, com monitoramento e avaliação ambiental, participando de consultorias e Projetos de Zoneamento Ambiental (por exemplo o ZEE Manaus). Leciono disciplinas de Avaliação de Impactos Ambientais para cursos de Engenharia Ambiental, disciplinas de Estatística para diversos cursos, como Ciências Biológicas, Agronomia, Pedagogia e Pós-graduação strictu sensu em Ecologia e Zoologia. Participou em bancas de qualificação e/ou finais de especialização, mestrado ou doutorado, bem como elaborou pareceres técnicos sobre cursos e projetos. Publica ativamente em periódicos nacionais e internacionais, principalmente na vertente de qualidade de água, uso de estatística nas ciências ambientais e biológicas, bem como trabalhos com insetos aquáticos. 

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Tecnologia, Modelagem e Geoprocessamento

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