Análise morfoanatômica em plantas de Cenostigma macrophyllum Tul. (Fabaceae) localizadas na região de fronteira entre monocultura e o território indígena Akwẽ-xerente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0026

Palavras-chave:

Agrotóxicos, Biomonitoramento, Comunidades tradicionais

Resumo

Com o aumento do uso de agrotóxicos tem aumentado a preocupação dos efeitos deletérios destas substâncias ao meio ambiente e à saúde humana. Comunidades que vivem próximas a monoculturas são as que tendem a sentir mais diretamente tais efeitos. Neste contexto, é relevante o estudo de plantas nativas, localizadas em vegetação adjacente a monoculturas, como ferramenta auxiliar no biomonitoramento da presença de agrotóxicos nestas áreas. Objetivou-se identificar os efeitos dos agrotóxicos em plantas de Cenostigma macrophyllum Tul. (Fabaceae), presentes em região de fronteira entre terras indígenas e monoculturas no intuito de verificar se esta espécie seria aplicável para trabalhos de biomonitoramento da presença de agrotóxicos. Para tanto, a morfoanatomia de plantas presentes em campo foi comparada com plantas expostas a herbicida, em condições laboratoriais controladas. Verificou-se alterações morfoanatômicas nas folhas de plantas coletadas em campo, semelhantes às observadas em estudos sob condições controladas, o que pode indicar o uso de C. macrophyllum para o biomonitoramento da presença de agrotóxico, bem como indicar o uso de análises morfoanatômicas de plantas como ferramenta alternativa no biomonitoramento de agrotóxicos.

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Biografia do Autor

Victorina Bispo Aires , Universidade Federal de Viçosa

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Tocantins (2020) e mestranda em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Botânica e Histologia, atuando nos seguintes temas: Anatomia Vegetal, Ecofisiologia Vegetal, Estresse Abiótico em Plantas.

Ana Beatriz Nunes Ribeiro , Universidade Federal do Tocantins

Doutoranda em Ciências do Ambiente (Universidade Federal do Tocantins), Mestre em Biodiversidade Tropical (Universidade Federal do Amapá) com enfoque de manejo de quelônios e etnoecologia (2012). Graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do Maranhão (2007). Graduação em Direito pelo Centro de Ensino Superior do Amapá (2017). Atualmente docente do curso de Engenharia de Pesca da Universidade do Estado do Amapá, lecionando as disciplinas de Limnologia, Poluição Aquática, Ética aplicada a Engenharia de Pesca, Administração e Legislação Pesqueira, e Manejo de grandes coleções d'agua. Experiência na área de Ecologia e Histologia, atuando principalmente na conservação e manejo de peixes e quelônios, desenvolvimento de comunidades pesqueiras, gerenciamento costeiro e etnoecologia.

Flávia Barreira Gonçalves , Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual do Tocantins (2015) e mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Tocantins (2018). Foi bolsista do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal (PG-PV) e também foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPq/UNITINS. Atualmente é aluna do curso de Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Tocantins (2018-2022).

Héber Rogério Grácio , Universidade Federal do Tocantins

Doutor e mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS da Universidade de Brasília - UnB. Professor associado da Universidade Federal do Tocantins - UFT, com atuação nos cursos de Medicina e nos Programas de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - CIAMB e Gestão de Políticas Públicas - GESPOL.

Kellen Lagares Ferreira Silva, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa (1997) modalidade licenciatura e bacharelado, mestrado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2000) e doutorado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2008). Atualmente é professora associada da Fundação Universidade Federal do Tocantins nos cursos de licenciatura e bacharelado em ciências biológicas, onde desenvolve projetos de pesquisa e extensão. É professora efetiva do curso de pós-graduação em Ciências do ambiente, com orientações de mestrado e doutorado. Atualmente é coordenadora do curso de Pós-graduação em Ciências do Ambiente. Tem experiência na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia ecológica, respostas de plantas à agrotóxicos e análises sócio-ambientais na temática de agrotóxicos.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente