Constituição Federal, Estatuto da Cidade e o Programa Casa Verde e Amarela: peculiaridades para a melhoria habitacional e a regularização fundiária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.002.0030

Palavras-chave:

Déficit habitacional, Informalidade urbana, Moradias inadequadas

Resumo

A Política Urbana do Brasil avançou ao longo do tempo, especialmente a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, com a posterior positivação do Estatuto da Cidade. Mas, o déficit habitacional e a irregularidade fundiária continuam elevados na década de 2020, o que requer a implantação de Programas que visem superá-los. Assim, esta pesquisa objetiva analisar a Política Habitacional brasileira alternativamente ao déficit habitacional e à irregularidade fundiária no Brasil, com ênfase na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Cidade e no Programa Casa Verde e Amarela. Para tanto, examinaram-se estes institutos à luz dos preceitos da regularização fundiária e adequação de moradia. A Constituição Federal contemplou expressivamente o direito à moradia, a função social da propriedade e a regularização fundiária, o que mostra a sua preocupação com o déficit habitacional e a informalidade urbana; o Estatuto da Cidade regulamentou os artigos da Política Urbana da Constituição Federal, estabelecendo parâmetros para o ordenamento territorial e ratificou a necessidade da regularização fundiária ao inseri-la em uma de suas diretrizes; o Programa Casa Verde e Amarela contemplou um eixo específico para a regularização fundiária e a melhoria habitacional, inovando em relação a outros programas ao associar aspectos construtivos e fundiários para enfrentar as debilidades urbanas. Portanto, estes instrumentos recomendam e colaboram veementemente para a superação da irregularidade fundiária e déficit habitacional do Brasil, havendo a necessidade de sua implementação para que cumpram seu papel associado a estas questões.

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Biografia do Autor

Lucas Gabriel Duarte Neris, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Graduando em Direito pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), campus sede, na cidade de Mossoró, RN. Possui ensino médio técnico em Mecânica, na modalidade integrado, pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - campus Mossoró. Atualmente é estagiário do Santos, Vale e Figueredo Advogados. Monitor da disciplina Estágio Supervisionado I. Membro do Corpo Editorial da Revista de Estudos Empí­ricos em Direito (REED), vinculada à Rede de Estudos Empíricos em Direito. Bolsista de iniciação científica pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), atuando no Grupo de Pesquisa Observatório de práticas jurídicas: uma análise do campo profissional. Membro do Grupo de Estudos em Conflito e Acesso à Justiça (GECAJ). Dedica-se a realização de estudos sobre filosofia do direito, principalmente, a partir da interpretação de pesquisas de fundamento antropológico. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Administrativo, Previdenciário, Teoria do Direito, Filosofia do Direito e Regularização Fundiária Urbana. 

Igor Mateus Pessoa de Lima, Universidade Federal Rural do Semiárido

Atualmente é Diretor de Gestão de Pessoas - Pirâmides Topografia e Projetos. Técnico em Administração (2016), acadêmico em Interdisciplinar em Ciência e Tercnologia.

Daniela de Freitas Lima, Universidade Federal Rural do Semiárido

Doutora em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (2022). Mestra em Planejamento e Dinâmicas Territoriais no Semiárido pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN (2018). Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA (2017). Graduada em Bacharelado em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA (2016). Professora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Desenvolve pesquisas e extensão voltadas para o território do Semiárido nas áreas de planejamento urbano e regional e recursos hídricos, com ênfase em regularização fundiária urbana, governança da água, conflitos hídricos, resiliência e cidades pequenas. Tem experiência em regularização fundiária urbana de interesse social.

Thaís Frota Ferreira Cavalcante, Universidade Federal Rural do Semiárido

Graduanda em Direito pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Pesquisadora, vinculada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UFERSA (PIBIC), no projeto "Conjuntos Habitacionais COHAB/RN: levantamento da configuração socioespacial implantada". Integrante do Programa de Desenvolvimento de Conteúdo Técnico e Capacitação Ead sobre Regularização Fundiária (MAPA). Foi diretora de eventos, cultura e articulação política do Centro Acadêmico Marcos Dionísio (CAMAD-UFERSA), gestão 2019/2021. Pesquisa sobre as políticas habitacionais de Regularização Fundiária Urbana no Brasil; e sobre a Economia Política da Pena no sistema penal brasileiro. 

Almir Mariano de Sousa Junior, Universidade Federal Rural do Semiárido

Doutor em Ciência e Engenharia de Petróleo. Mestre em Engenharia de Petróleo e Gás. Graduado em Engenharia de Produção. Especialista em Gestão de Cidades e Planejamento Urbano. Especialista em Geoprocessamento. Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Possui experiência em Regularização Fundiária, Política de Habitação Popular e Desenvolvimento Urbano. Coordena projetos de pesquisa e extensão universitária integrantes do Núcleo de Pesquisa e Extensão Acesso à Terra Urbanizada, desde o ano de 2014, no âmbito de regularização fundiária urbana, cidades inteligentes, ordenamento territorial, elaboração e disseminação de conteúdo de planejamento e desenvolvimento urbano e regional. É professor efetivo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), professor permanente do Mestrado Acadêmico em Planejamento e Dinâmicas Territoriais (PLANDITES/UERN) e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições (PPGCTI/UFERSA). Contribuiu para a gestão universitária, exercendo o cargo de Pró-Reitor Adjunto de Extensão e Cultura da UFERSA. Colabora para a academia ao longo do tempo com publicações de livros, artigos em periódicos e eventos nacionais e internacionais. Exerceu o cargo de gestão do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN) e atualmente é diretor da Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-RN. Participou de Conselhos municipais e estaduais relacionados à cidade e ao meio ambiente. 

Publicado

2022-07-02

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