Alternativas sustentáveis ao uso da vinhaça: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.002.0017

Palavras-chave:

Resíduos agroindustriais, Problemas ambientais, Sustentabilidade

Resumo

A vinhaça é um subproduto da produção do etanol que se descartada incorretamente pode causar sérios danos ambientais relacionados com o baixo pH, temperatura, alta DBO e várias substâncias, que se em grandes quantidades, podem ser tóxicas para vários organismos presentes na água e no solo. Fato esse que se torna preocupante, uma vez que a média de produção de vinhaça no território brasileiro no ano de 2019, foi em torno de 303,1 bilhões de toneladas do subproduto. Afim de propor uma alternativa para o descarte desse resíduo, o presente estudo objetivou analisar o uso da Vinhaça como um possível resíduo agroindustrial sustentável, que atende aos três requisitos do tripé da sustentabilidade. O trabalho foi realizado através de uma revisão bibliográfica nas bases do Web of Science e no Google acadêmico. Como resultados, foi verificado que a vinhaça possui um alto potencial poluidor e que o mesmo pode ser evitado se for reaproveitado nas práticas de fertirrigação e produção de biogás. Por tanto, essa prática pode agregar valor econômico através da venda dos produtos que podem ser gerados, valor ambiental pela não poluição dos solos e recursos hídricos e valor social através da melhora da qualidade de vida do cidadão.

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Biografia do Autor

Rafaela Caldas de Paula, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Bacharel em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (ano de conclusão 2019), mestranda do programa de ciência e tecnologia ambiental da Universidade tecnológica do Paraná (UTFPR), especialista em Biotecnologia e Microbiologia pela faculdade futura e especialista em inventário e monitoramento de biodiversidade pela PUCPR. Atuou no programa de iniciação científica (PIBIC) por um ano e meio como bolsista na área de biotecnologia e microbiologia. Já realizou estágios nas áreas de microbiologia clinica, microbiologia ambiental, biotecnologia, fisiologia, ecologia e educação ambiental. Já deu aulas particulares de microbiologia e ecologia. Atualmente está vinculada a Unidade de Pesquisa em Xenobióticos, onde realiza estágio voluntário e auxílio aos bolsistas do laboratório na área de produção de meios alternativos para cultivo de biofilme fúngico com potencial de biotransformação, cultivo de células de marca de mordida para detecção de agressores, melhoramento de reatores e testes de produtos com potencial antimicrobiano. Atuou como responsável técnica na análise do conteúdo estomacal de tartarugas de uma barragem. E atualmente está desenvolvendo um biopolímero de origem fúngica, otimizando os parâmetros de obtenção de biomassa, cultivo em meios de resíduos agroindustriais para a produção de um bioplástico com ação antioxidante, antimicrobiana e conservante de alimentos.

Fatima de Jesus Bassetti, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá, mestrado em Ciências de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (1995) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Tem experiência em preparação e caracterização de membranas poliméricas planas; no tratamento de água com foco na remoção de cianobactérias, cianotoxinas, 2-MIB e Geosmina e corantes, utilizando processos como: Flotação por ar dissolvido, separação por membranas poliméricas e, adsorção por nanotubos de titatanato de hidrogênio e carvão ativado. Em resíduos sólidos, tem experiência na reciclagem e valorização de resíduos secos, e, reaproveitamento de biomassa.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente