Qualidade da água do Riacho Bonitinho na aldeia Formoso, uma reserva natural do estado de Mato Grosso-Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.012.0014

Palavras-chave:

Meio Ambiente, Comunidades Tradicionais, Água doce, Nascente, Preservação

Resumo

Este artigo tem como finalidade discutir a qualidade da água encontrada na reserva natural do riacho Bonitinho, localizada no rio Formoso em Tangará da Serra, Mato Grosso. Objetivou-se avaliar a qualidade da água do riacho Bonitinho a partir de algumas variáveis relevantes para o enquadramento de águas superficiais conforme a Resolução 357/2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), para rios de Água classe 1. O riacho Bonitinho aflora para a superfície a partir de uma gruta, na qual está instalado o sistema de coleta de água para abastecimento das aldeias da Terra Indígena Rio Formoso. Localizado na região do Cerrado brasileiro, o riacho em questão está inserido em uma área de preservação natural, qual seja, a reserva indígena nos ditames da Lei nacional. Utilizou-se de informações de um banco de dados do Laboratório de Qualidade de Água da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Barra do Bugres, onde consta que as amostragens de água para análise foram coletadas mensalmente, sempre próximo do dia 15, durante um ciclo hidrológico completo, em amostragem por 12 meses consecutivos. Os resultados de cada variável foram agrupados conforme o período de seca (maio – outubro) e chuva (novembro – abril). Cada amostra de água foi analisada em triplicata, sendo o resultado expresso através da média das triplicatas, gerando um conjunto de 12 resultados para cada variável. Após a organização dos dados, os mesmos foram submetidos à análise de normalidade, seguida dos testes estatísticos adequados para cada variável. A qualidade da água foi considerada boa, entretanto os resultados para a variável Coliformes Termotolerantes extrapolaram os limites máximos para água doce de Classe 1, estando os demais elementos analisados dentro do padrão de potabilidade para o consumo humano. Conclui-se que, mesmo mananciais de áreas preservadas estão sujeitas às variações temporais revelando a possibilidade de águas em desconformidade com os padrões normativos.

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Biografia do Autor

Débora Luiza Fontana Gotardo, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2005) Graduada em Administração com enfase no Agronegócio pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2019) Especialista em Gestão Escolar (2019) pela Faculdade de Educação São Luís, FESL, Brasil. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ambientes e Sistemas de Produção Agrícola PPGASP, pela UNEMAT.

Tadeu Miranda de Queiroz, Universidade do Estado de Mato Grosso

Bacharel em Engenharia Agrícola (UFLA - 2002), Mestre em Engenharia Agrícola (UFLA - 2004) e Doutor em Agronomia (ESALQ/USP - 2007) ? Concentração Irrigação e Drenagem. Professor Adjunto do Curso de Agronomia da Faculdade de Ciências Sociais, Aplicadas e Agrárias, no Campus da UNEMAT de Nova Mutum. Atua como docente Permanente do Programa de Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (PPGASP) e do Mestrado Profissional em Rede Nacional na área de Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua - Polo UNEMAT/Cuiabá). É membro Titular do Comitê de Assessoramento Técnico do Laboratório de Ensaios em Equipamentos de Irrigação (LEEI) em Sobral-CE; membro Associado do Instituto de Inovação Tecnológica na Agricultura Irrigada (INOVAGRI) em Fortaleza-CE; pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCT-EI) em Piracicaba-SP; revisor da Revista Brasileira de Agricultura Irrigada (RBAI). É Assessor de Pesquisa e Pós Graduação do Campus da UNEMAT de Nova Mutum e Membro do Comitê Institucional do Programa de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, na área de Engenharias. Atua nas áreas de Gestão de Recursos Hídricos; Qualidade e Reúso das Águas; Manejo de Irrigação; Automação, Instrumentação e Controle Agrícola e Industrial.

Martins Toledo de Melo, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestre em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2018), é Técnico em Agropecuária pelo Colégio Agrícola "Diaulas Abreu" em 1978. Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2004). Técnico de indigenismo da Fundação Nacional do Índio de novembro de 1981 até 01 de agosto de 2019 quando aposentou, Na FUNAI,trabalhou nas aldeias dos Atroari - Amazonas; Xavante de Pimentel Barbosa - Canarana - MT, Kaigang e Guarani Mbiá em SC, Kiriri - Ribeira do Pombal - BA, Paresi/Haliti em Tangara da Serra - MT. Tem experiência na área de administração publica. A pesquisa do mestrado foi relacionado a qualidade da água superficial para os diversos usos.

 

 

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Publicado

2021-11-23

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