Os múltiplos usos da água na bacia do tapajós na Amazônia Brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.009.0044

Palavras-chave:

Municípios, Consumo de água, Agricultura, Indústria, Energia

Resumo

Este estudo apresenta uma análise geoespacial integrada dos múltiplos usos da água nos municípios localizados na bacia do rio Tapajós (na bacia amazônica), com ênfase em dados secundários do produto interno bruto (PIB), atividade agrícola, consumo de água na indústria, para fornecimento humano e geração de energia hidrelétrica que foram obtidos dos sistemas eletrônicos do IBGE, ANA, INIS, ANEEL, SIDRA, MDR e BIG. A metodologia foi adequada para obter um diagnóstico integrado na bacia hidrográfica. Os resultados demonstram o alto grau de fragmentação ao longo da bacia. A maior concentração de atividades com consequentes pressões mais altas nos recursos hídricos é evidente na região do curso médio-alto e menores pressões no curso médio-baixo da bacia, pelo efeito de manutenção das áreas protegidas. Os principais cenários de uso múltiplo da região não são favoráveis ao manejo sustentável dos recursos hídricos na bacia do rio Tapajós, pois tornam sua zona de recarga mais vulnerável às intensas ações de uso da terra e maior consumo de água para o setor produtivo (agricultura e energia hidrelétrica) e suprimento humano, sendo necessário um acompanhamento temporal e espacial na bacia por parte de estados e municípios reforçando-se a necessidade de se instituir ou fortalecer instrumentos de regulação das águas.

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Biografia do Autor

Vânia dos Santos Franco, Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Ciências Ambientais (Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais - PPGCA-UFPA). Possui mestrado em Ciências Ambientais na área de concentração: Clima e Dinâmica Sócio-Ambiental na Amazônia e linha de pesquisa: Física do Clima. É graduada em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2008). Foi Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq - Instituto Tecnológico Vale (2016-2019). Desenvolveu atividades como Bolsista do Projeto PRONEX FAPESPA/CNPq na Rede de mudanças climáticas e ambientais do Pará: uma perspectiva de estudos integrados, na Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal do Pará. Faz parte dos grupos de pesquisa Estudos e Modelagem Hidroambientais (LEMHA) e Clima e Modelagem Climática Aplicada em Estudos Ambientais, na linha de pesquisa: Avaliação da sustentabilidade hídrica segundo os modelos de uso e ocupação do território na Amazônia Oriental. Tem experiência na área de Geociências e Ciências ambientais, com ênfase em Agrometeorologia, hidrologia, Climatologia e Ciências Ambientais. 

Aline Maria Meiguins de Lima, Universidade Federal do Pará

Graduação em Geologia - Universidade Federal do Pará (1998); Especialização em Gestão Normativa de Recursos Hídricos - Universidade Federal da Paraíba (2007); Mestrado em Geotecnia - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (2000); e Doutorado em Desenvolvimento Socioambiental - Núcleo de Estudos Amazônicos - Universidade Federal do Pará (2007). Professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). Linhas de pesquisa em Geociências (Geologia Ambiental): recursos hídricos, geomorfologia ambiental, gestão ambiental, sistema de informações geográficas e geotecnia.

Everaldo Barreiros de Souza, Universidade Federal do Pará

Doutor em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP/IAG, 2003), Mestre em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/CPTEC, 1997) e Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 1993). É Servidor Público Federal concursado e atualmente exerce o cargo de Professor Associado IV da Universidade Federal do Pará (UFPA) no Instituto de Geociências (IG). Desde 2006 é Professor da Faculdade de Meteorologia (FAMET) e desde 2007 é Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Ciências Ambientais (PPGCA) da UFPA/MPEG/EMBRAPA (Curso Nota 5 - CAPES). Coordenador do PPGCA no triênio 2018/2019/2020. Bolsista PQ-2 Produtividade em Pesquisa do CNPQ desde 2006. Foi Membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e Autor principal do Cap. 9 (Mudanças ambientais de curto e longo prazo) que foi publicado no Primeiro Relatório da Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas (PBMC, 2014). Foi Coordenador geral do Projeto de Núcleo de Excelência na UFPA denominado de Rede de Mudanças Climáticas e Ambientais do Pará com financiamento pelo Edital PRONEX/CNPQ/FAPESPA de 2010 a 2019. Nos últimos 10 anos foi Coordenador de 10 Projetos de Pesquisa científica/tecnológica financiados pelas Agências FINEP, CNPQ, CAPES, SUDAM, FAPESPA. Como Orientador principal já concluiu a orientação de 08 Teses de Doutorado, 13 Dissertações de Mestrado e mais de 30 TCC/Bolsas PIBIC. Publicou mais de 100 artigos científicos em Periódicos Nacionais e International Journals. Tem experiência na área de Geociências e Ciências Ambientais, com ênfase em Climatologia e Hidrologia da Amazônia, Modelagem Climática Regional e Global, Variabilidade e Mudanças Climáticas, Ciências Ambientais e Pesquisas Interdisciplinares no contexto da Amazônia. Também sou Corredor Maratonista com o tempo de 4h20min nos 42km 195m da SP City Marathon em São Paulo nos anos de 2016, 2017, 2018, 2019.

Giordani Rafael Conceição Sodré, Universidade Federal do Pará

Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2010), mestre (2013) e Doutor (2019) em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará.Tenho experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: meteorologia, sensoriamento remoto, sistema de informação geográfica (SIG), análise ambiental, voltado pricipalmente para pesquisa sobre descargas atmosfericas na área da meteorologia. Nas Ciencias Ambientais realizo pesquisas interdisciplinares com foco no desenvolvimento de uma metodologia de baixo custo para o controle e redução das queimadas e incêndios florestais dentro do contexto amazônico. Atualmente sou servidor público, ocupando o cargo de meteorologista no Instituto de geociências da Universidade Federal do Pará.

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Publicado

2021-10-20