A influência de eventos hidrológicos extremos sobre a diversidade florística em quintais agroflorestais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.009.0009

Palavras-chave:

Amazonas, Similaridade Florística, Mortalidade, Frutíferas

Resumo

As Comunidades ribeirinhas das várzeas amazônicas estão cada vez mais vulneráveis, devido às altas variações dos níveis dos rios, frequência e intensidade de eventos hidrológicos considerados extremos. Entre os sistemas tradicionais de uso da terra, os quintais agroflorestais são tidos como ambientes que garantem, além da conservação da agrobiodiversidade, alimentação produzida para consumo próprio e geração de renda. Este trabalho teve como objetivo compreender a relação dos eventos hidrológicos extremos com a diminuição da diversidade florística no Distrito da Terra Nova, no município de Careiro da Várzea, no Amazonas, a partir de um estudo de caso, evidenciando uma análise dos ambientes de várzea em duas comunidades ribeirinhas. As estratégias metodológicas envolveram instrumentos de cunho quantitativo e qualitativo com a análise de entrevistas, formulários e inventários de cada quintal pesquisado. Os resultados apontam que as grandes cheias, influenciam os modos de vida da população ribeirinha no que tange o meio de produção e renda vinda dos quintais, na forma de mortalidade de indivíduos arbóreos estabelecidos. A natureza tem-se manifestado de tal forma em decorrência desses eventos que os moradores deste distrito passaram a perceber as alterações que estão acontecendo em termos de mortandade de árvores frutíferas. Com a colaboração dos moradores e a realização de inventários florísticos nas comunidades foi possível identificar a manga (Mangifera indica) e o coco (Cocos nucifera) as espécies mais frequentes nos plantios agroflorestais e de maior importância socioeconômica para as populações, se encontram entre aquelas que têm sofrido maior mortalidade ao longo das cheias que ocorreram desde 2009. Torna-se evidente que os eventos hidrológicos extremos contribuem para a redução da diversidade florística por meio da morte de árvores frutíferas dos quintais agroflorestais das comunidades ribeirinhas estudadas.

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Biografia do Autor

Liane Wailla Leite Jardim, Universidade do Estado do Amazonas

Mestrado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, do Centro de Ciências e Sustentabilidade da Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas, possui graduação em engenharia florestal pela UFAM (2014). Tem experiência acadêmica na área de Recursos Florestais e Conservação da Biodiversidade, com ênfase em Conservação da Natureza, atuando principalmente nos seguintes temas: Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade.

Suzy Cristina Pedroza da Silva, Universidade do Estado do Amazonas

Professora do Ensino Superior e Mãe. Possui Pós-Doutorado na Área Ambiental. É Doutora em Geociências Aplicadas pela Universidade de Brasília - UnB em 2014. Mestre em Agricultura e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas em 2006. Possui Bacharelado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Amazonas em 2003 e Licenciatura em Geografia pela UNIP em 2020. Tem experiência na área Ambiental e de Geoprocessamento Aplicado. Atualmente é professora do CED (Centro de Educação a Distância) da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Henrique dos Santos Pereira, Universidade Federal do Amazonas

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas (1984), mestrado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1992) e doutorado em Ecologia - Pennsilvania State University (1999). Atualmente é consultor ad hoc da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, consultor ad hoc - Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, docente da Universidade de Cabo Verde, secretário executivo da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade, coordenador temático área ecologia do Instituto Acariquara, docente convidado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, colaborador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, professor titular da Universidade Federal do Amazonas e professor associado iv da Universidade Federal do Amazonas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agricultura Familiar, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão ambiental, amazônia, unidades de conservação, agricultura familiar e comunidades ribeirinhas.

Jozane Lima Santiago, Universidade Federal do Amazonas

Graduada em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas (1999), mestra em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Amazonas (2004) e doutora em Ciências do Ambiente e sustentabilidade na Amazônia pelo Centro de Ciências do Ambiente/UFAM (2017). É professora da Universidade Federal do Amazonas e atualmente é coordenadora do Núcleo de Socioeconomia da Faculdade de Ciências Agrárias. Tem experiência na área de ciências agrárias e ambientais, com ênfase em Organização Social de Comunidades Rurais, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura familiar, agroecologia, comunidades amazônicas, segurança alimentar, feiras, cooperativismo e extensão rural

Jomber Chota Inuma, Instituto de Pesquisa da Amazônia

Possui graduação em Ciências Florestais - Universidad Nacional de La Amazonia Peruana (1985) e mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1998) e doutorado em Botânica pelo Instituto de Pesquisa da Amazônia - INPA (2006). Maior parte da carreira como Professor na Universidade Nacional da Amazônia Peruana-Iquitos e pesquisador associado ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá - IDSM e ao INPA na região de Tefé, AM, sobretudo na área de agricultura familiar. Atualmente é Pesquisador da Associação Brasil SGI com sede em Manaus ligado ao Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas-CEPEAM. Tem experiência em pesquisa e ensino de ecologia, biodiversidade (com ênfase em flora de plantas superiores em terra firme e áreas alagáveis), manejo e conservação dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável (com ênfase em agricultura familiar) na Amazônia brasileira e peruana desde o início da década de 1990.

Cloves Farias Pereira, Universidade Federal do Amazonas

Doutor em Antropologia Social, pela Universidade Federal do Amazonas (2017). Realizou Pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro/PPCIS/UERJ e Pós-doutorado na Universidade Federal do Amazonas/PPGCASA/CCA/UFAM. Atualmente, exerce as funções de Professor Adjunto da Universidade Federal do Amazonas, junto ao Departamento de Ciências Fundamentais e Desenvolvimento Agrícola, dando aulas na disciplina de Sociologia Rural. Membro do Núcleo de Socioeconomia/NUSEC/UFAM e do Laboratório Socioambiental do Centro de Ciências do Ambiente/CCA/UFAM. Docente colaborador do Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia do Centro de Ciências do Ambiente (PPGCASA/CCA/UFAM). Foi consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/PNUD/ONU, Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura/IICA/OEA e Ministério do Desenvolvimento Agrário/MDA. Tem experiência nos seguintes temas: segurança alimentar, sistema agrícola tradicional, negócios sustentáveis, regularização fundiária, povos e comunidades tradicionais.

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Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas

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