Reserva extrativista para quê? O olhar de quatipuru-mirim sobre a Resex marinha de Tracuateua e as políticas públicas implementadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0042

Palavras-chave:

Área protegida, Percepção ambiental, Comunidade tradicional, Políticas Públicas

Resumo

A Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua (Resex-Mar de Tracuateua) é uma unidade de conservação (UC) federal que possui uma única comunidade tradicional dentro de sua área, a comunidade de Quatipuru-Mirim. Nesse sentido, este estudo objetivou analisar como comunitários de Quatipuru-Mirim percebem a existência da Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua e quais políticas públicas têm sido implementadas na comunidade. Esta UC está localizada no Nordeste Paraense, no município de Tracuateua, distante cerca de 40 minutos da sede municipal. A pesquisa teve cunho qualitativo com aplicação de entrevistas a 15 moradores, abordando questões referentes ao conhecimento da unidade, sua gestão, importância e impacto na vida da comunidade. Para além disso, foi realizado um panorama das políticas públicas sociais e as voltadas para áreas protegidas, que estão implementadas na Resex. Os moradores reconhecem que estão dentro de uma unidade de conservação, no entanto, tem pouca participação nos processos de gestão, relacionando muitas vezes a existência da área apenas a construção de casas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). No que tange às políticas públicas, o Programa de habitação do INCRA é o mais presente na comunidade, enquanto as políticas sociais voltadas a saúde e a infraestrutura são precárias, afetando a qualidade de vida dos moradores da comunidade de Quatipuru-Mirim. Diante dessa realidade, é preciso realizar ações que gerem melhorias aos moradores, bem como promovam o sentimento de governança para a incorporação do sentimento de pertencimento a uma área protegida, considerando que este sentimento possibilitará a efetiva proteção desse espaço e do modo de vida desta comunidade.

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Biografia do Autor

Josinara Silva Costa, Universidade Federal do Pará

Sou Engenharia Ambiental, formada na Universidade Federal Rural da Amazônia, campus Capanema. Mestranda no Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais, da Universidade Federal do Pará (2020). Participei do Grupo de Pesquisa e Extensão Laboratório de Geotecnologias, Educação Financeira e Ambiental onde desenvolvi pesquisas em Educação Ambiental e Geotecnologias. Fui bolsista de Iniciação Científica (PIBIC) no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio (2017-2018) realizando pesquisa na Floresta Nacional de Caxiuanã. Tenho experiência na área de Ciências Ambientais e Conservação da Natureza, atuando principalmente nos seguintes temas: sensibilização ambiental, unidades de conservação, comunidades tradicionais, modelagem ambiental, geotecnologias aplicada a gestão ambiental.

Tainá Teixeira Rocha, Universidade Estadual do Maranhão

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2010), mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Pará (2014) e doutorado em Ciências no programa de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares da Universidade Federal de Lavras (2019). Foi professora substituta na Universidade Estadual do Maranhão/Coroatá. Atualmente é bolsista CAPES/PROCAD-AM na Universidade Federal do Pará. Membro do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão do Laboratório de Geotecnologias, Educação Financeira e Ambiental (LabGEFA), e colaboradora no Laboratório de Investigação Sistemática em Biotecnologia e Biodiversidade Molecular (LabISisBio) na UFPA/Belém. Tem experiência em Produção, Cultivo in vitro e Biotecnologia de Plantas Medicinais, etnobotânica e educação ambiental.

Neuma Teixeira dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia

Licenciada em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2008). Doutora em Educação em Ciências e Matemáticas na área de Educação Matemática. Mestre em Engenharia Elétrica em Energias Renováveis. Especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade. É professora Adjunta II da Universidade Federal Rural da Amazônia no Campus de Capanema, coordena o Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão do Laboratório de Geotecnologias, Educação Financeira e Ambiental (LabGEFA), Membro do Grupo de Pesquisa de Modelagem Matemática (GEMM-UFPA). Atua nas áreas de Modelagem Matemática, Geotecnologias como recurso didático, Educação Financeira e Ambiental. Interesses em Unidades de Conservação. 

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Publicado

2021-08-22

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais