Banco de sementes do solo em área de recuperação com histórico agropecuário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0006

Palavras-chave:

Serapilheira, Potencial de auto recuperação, Persistente e transitório, Picos altitudinais

Resumo

Este estudo teve por objetivo avaliar o banco de sementes do solo com e sem a presença da serapilheira superficial em dois picos altitudinais, em área em processo de recuperação, com histórico de uso e manejo agrícola, após dois anos do processo de recuperação do local. Entre o fim de 2014 e início de 2015 foram realizadas as primeiras atividades para a recuperação do local, como o cercamento da área e o efetivo plantio de mudas nativas. Em 2016, foram coletadas aleatoriamente 20 amostras de solo, distribuídas em quatro tratamentos (T1: ponto mais alto da área com a serapilheira superficial; T2: ponto mais alto da área sem a serapilheira superficial; T3: ponto mais baixo da área com a serapilheira superficial; T4: ponto mais baixo da área sem a serapilheira superficial), para avaliação do banco de sementes do solo, com avaliação mensal durante 6 meses. No banco de sementes do solo foram contabilizadas 40 espécies distribuídas em 33 gêneros e 13 famílias. A quantidade de sementes germinadas apresentou normalidade (Kolmogoro-Smirnov) e homogeneidade (Bartlett), sendo que esta apresentou diferença estatística entre os tratamentos pelo teste de Duncan (p<0,05). O T1 apresentou a maior quantidade de sementes germinadas (567 indivíduos), porém não diferindo estatisticamente dos tratamentos T2 e T3. Já T4 apresentou a menor quantidade de indivíduo germinado (293 indivíduos) e a menor riqueza (23 espécies), onde também não diferiu estatisticamente dos tratamentos T2 e T3. A diversidade de Shannon diferiu pelo teste t de Hutcheson (p<0,05), com destaque para os tratamentos com serapilheira. Os valores de riqueza, quantidade de indivíduos germinados e diversidade sofreram influência do histórico da área. Este estudo evidencia a importância da avaliação do banco de sementes do solo, como um fator decisivo para a auto recuperação de áreas degradadas ou em processo de recuperação.

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Biografia do Autor

Eliana Turmina, Universidade do Estado de Santa Catarina

Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2015), campus de Lages, SC. Mestre em engenharia florestal na área de ecologia de espécies florestais e ecossistemas associados (Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase principalmente nos seguintes temas: Recuperação e Monitoramento de Áreas Degradas, Silvicultura, Manejo Florestal e Ecologia. 

Charline Zangalli, Universidade do Estado de Santa Catarina

Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2018). Atualmente mestranda no Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina.

Klerysson Julio Farias, Universidade do Estado de Santa Catarina

Atualmente é monitor de dendrometria e inventário da Universidade do Estado de Santa Catarina. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: métodos de amostragem, relação hipsométrica, volumetria, estimativa e estatística descritiva.

Maria Raquel Kanieski, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2008), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2010) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2013). Atualmente é Professora Associada nível III do Departamento de Engenharia Florestal e membro do Programa de pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade do Estado de Santa Catarina. Atua principalmente nos seguintes temas: Restauração Florestal, Silvicultura Urbana, Sistemas Agroflorestais e Avaliação de Impactos Ambientais. 

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Publicado

2021-08-22

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