Caracterização química e citotoxicidade de extratos de folhas de Virola sebifera do cerrado tocantinense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0012

Palavras-chave:

Cerrado, Compostos fenólicos, Mucuíba, Toxicidade

Resumo

A Virola sebifera (Aubl.), pertencente à família Myristicaceae, conhecida popularmente como mucuíba, e ucuúba, está entre as várias espécies com uso medicinal encontradas no Cerrado, possui diversos usos etnobotânicos e benefícios medicinais, sendo aplicada na medicina popular para o tratamento de várias doenças. Com base nisso, o presente estudo teve como objetivo investigar a composição química de Virola sebifera por meio de cromatografia líquida de alta eficiência e analisar a atividade citotóxica de seus extratos foliares. Os extratos foliares foram preparados utilizando diferentes metodologias: i) etanol 70% em banho ultrassônico, originando o extrato ultrassônico bruto (CEU); ii) etanol 70%, em aparelho de soxhlet, originando o extrato bruto de soxhlet (CES); e iii) extração sequencial em aparelho soxhlet, iniciando com o solvente hexano, seguido de metanol e etanol 70%, originando, respectivamente, o extrato hexânico (HE), o extrato metanólico (ME) e o extrato etanólico (EE). As análises de HPLC mostraram que os extratos das folhas de V. sebifera possuem uma matriz diversificada de compostos fenólicos, incluindo ácidos fenólicos (ácido siríngico, ácido p-cumárico, ácido rosmarínico e ácido clorogênico) e flavonóides (morina, quercetina, catequina, hesperidina, naringina e rutina). ). As atividades tóxicas in vitro foram analisadas em CEU, CES e EE e observou-se uma grande inibição da cepa Allium, o que sugere uma atividade anticarcinogênica. Os resultados obtidos indicam que V. sebifera possui potencial atividade antioxidante, devido à presença de uma diversidade de compostos fenólicos, evidenciando assim seu potencial medicinal, necessitando de mais estudos com a espécie a fim de confirmar os resultados obtidos e direcionar seu uso seguro.

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Biografia do Autor

Magale Karine Diel Rambo, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Química Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (2007), mestrado em Química pela Universidade Federal de Santa Maria (2009) e doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (2013). Realizou estágio no grupo Carbolea da Universidade de Limerick (UL), Irlanda, participando do projeto DIBANET (www.dibanet.org) entre a Comunidade Européia e a América Latina. Atualmente é pesquisadora de produtividade pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Professora do Curso de Engenharia Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFT . Tem experiência na área de Química Analítica, com ênfase em Química Analítica Ambiental, Biocombustíveis, Biorrefinarias e Quimiometria.

Elisandra Scapin, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Química Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria (2004), mestrado em Química pela Universidade Federal de Santa Maria (2006) e doutorado em Ciências pela Universidade Federal de Santa Maria (2015). Realizou doutorado Sanduíche na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. É professora da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Palmas, lotada no Curso de Engenharia Ambiental, ministrando as disciplinas de Química Geral, Química Analítica e Química Orgânica. Atua como Professora Permanente no Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientas na UFT - Ciamb e como Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte. Pesquisadora na área de Química de Produtos Naturais e Utilização de Biomassa Residual para produção de Compostos Furânicos. 

Claudiane Lima Ribeiro, Instituto Federal do Maranhão

Atualmente é professor ensino básico técnico tecnológico do Instituto Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Ciências Ambientais.

Maria Angélica Melo Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins

Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (2015), com estágio obrigatório realizado no Laboratório de Saneamento. Possui experiência como bibliotecária e como voluntária em congressos. Atualmente cursando Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Tocantins e bolsista de iniciação científica no Laboratório de Química na mesma instituição.

Ana Clara Alcantara Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins

Graduanda de Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Tocantins. Bolsista de iniciação científica no Laboratório de Química da Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

2021-07-15

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