Mercúrio nos sedimentos aquáticos e sua distribuição espacial em solos superficiais no bioma Cerrado: estudo de caso no Distrito Federal, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.006.0038

Palavras-chave:

Ecossistemas aquáticos, Uso e cobertura do solo, Transporte de mercúrio

Resumo

A emissão de mercúrio (Hg) por atividades antrópicas tornou-se um processo capaz de modificar o seu ciclo biogeoquímico natural. Os sedimentos são o principal compartimento para a metilação do Hg nos ecossistemas aquáticos, enquanto os solos superficiais são os maiores reservatórios de Hg nos ambientes terrestres. O objetivo deste estudo foi caracterizar as concentrações médias de mercúrio total (HgT) nos sedimentos dos córregos da Estação Ecológica de Águas Emendadas (ESECAE), em conjunto com a distribuição espacial do Hg nos solos superficiais da reserva, analisada a partir de dados secundários. Dados de sensoriamento remoto foram empregados para avaliar a influência da paisagem local nas concentrações médias de HgT. A concentração de mercúrio total (HgT) no sedimento variou de 16,12 a 96,80 ng.g-1, com média de 41,46 ± 28,01 ng.g-1. A avaliação do uso e cobertura do solo demonstrou que as áreas antrópicas são predominantes no entorno da ESECAE. A combinação entre o modelo digital de elevação e os autovetores indicou a orientação do HgT nos solos superficiais em direção às menores altitudes, favorecendo o acúmulo nos córregos. A tendência da distribuição decrescente do HgT de fora para o centro da ESECAE e as maiores concentrações nos córregos marginais às rodovias indicam a influência das atividades humanas desenvolvidas no entorno da área de estudo. Portanto, a combinação das análises espaciais foi eficaz para a determinação da distribuição de mercúrio nos solos superficiais e definição de locais mais vulneráveis à poluição.

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Biografia do Autor

Lucas Cabrera Monteiro, Universidade de Brasília

Graduado em Gestão Ambiental e Mestrando em Ecologia pela Universidade de Brasília. Possui experiência nas áreas de Ciências Ambientais e Educação Ambiental.

Iara Oliveira Fernandes, Universidade de Brasília

Possui formação de Técnica em Agropecuária integrado ao ensino médio pelo Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia Baiano - Campus Guanambi (2010). Graduação em Engenharia Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - Campus Vitória da Conquista (2016). Mestre em Solos e Qualidade de Ecossistemas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Campus Cruz das Almas (2018). Atualmente Doutoranda em Ciências Ambientais na Universidade de Brasília - UnB. Trabalhou com tratamento alternativo de água para abastecimento humano. Atualmente atua nas áreas de manejo e conservação do solo e da água e sequestro de mercúrio (Hg) pelo solo. 

Emily Sabrine Figueiredo Maciel, Universidade de Brasília

Graduanda em Gestão Ambiental pela Universidade de Brasília - Campus Planaltina. 

Ygor Oliveira Sarmento Rodrigues, Universidade de Brasília

Graduado em Gestão Ambiental (2021) pela Universidade de Brasília, Campus de Planaltina - Fup/UnB. Possui ampla experiência em Geoprocessamento aplicado à gestão de áreas. Preocupação com degradação ambiental, contaminação e zoneamento ambiental. Linhas de pesquisa em temporariedade espacial de uso e cobertura da terra; processamento digital de imagens; geoestatística aplicada; susceptibilidade erosiva; análise espectral. 

João Pedro Rudrigues de Souza, Universidade de Brasília

Possui graduação em Química pela Universidade de Brasília (2016), mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Química na UnB (2019) e atualmente cursa doutorado no mesmo programa. Trabalha na área de química analítica, com ênfase em análise de mercúrio em amostras de interesse ambiental.

Sandy Flora Barbosa Oliveira, Universidade de Brasília

Mestra em Ciências Ambientais pela Universidade de Brasília (UnB), tecnóloga em Agroecologia pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) campus Planaltina, atuou com macrófitas aquáticas no tratamento de água residuária. Atualmente pesquisa a bioacumulação de mercúrio (Hg) no meio aquático, com ênfase nas macrófitas aquáticas. Envolvida em temas como bioacumulação de Hg, ambiente aquático e macrófitas aquáticas. 

José Vicente Elias Bernardi, Universidade de Brasília

Doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001). Pós-Doutoramento em Ecotoxicologia e Saúde Pública pela Faculdade de Saúde da UnB, sob a supervisão do Prof. Dr. José Garrofe Dórea (CNPq/CTHidro - 2007/2008). Professor Adjunto da Universidade de Brasília UnB/Planaltina, responsável pelas disciplinas de Estatística/Ecologia Numérica e Pedologia/Edafologia na Graduação. Docente permanente dos programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientaisl e Tecnologia Química e Biológica, responsável pelas disciplinas Estatística Univariante e Multivariada, na Universidade de Brasília - UnB. Professor Colaborador do curso de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da Universidade Federal de Rondônia. Experiência e áreas de pesquisa e atuação em Geologia; Ecologia; Gestão Ambiental; Análise e Monitoramento Ambiental; Geoquímica, Balaço de massas em Ecossistemas e Ciclos Biogeoquímicos; Ciclo do mercúrio e elementos traços e sua Ecotoxicologia e Saúde Pública; Geoprocessamento; Geoestatística e Análise Espacial e Estatística Multivariada.

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Publicado

2021-05-28

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente