Meteorologia aplicada ao manejo ambiental: processo para o uso controlado do fogo no campo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2022.001.0003

Palavras-chave:

Clima, Queimadas, Calendário de Manejo

Resumo

A inserção de medidas restritivas à utilização do fogo no campo em forma de multas, órgãos fiscalizadores e outras penalizações tem sido aplicada desde a criação do primeiro Código Florestal Brasileiro. Todavia, pesquisas recentes apontam que a gestão consciente na utilização do fogo é o primeiro passo para reduzir o alastramento de incêndios florestais e as consequências dos mesmos para a sociedade. À vista disso, esta pesquisa tem como objetivo elaborar, dentro do campo da Meteorologia, uma ferramenta que possa ser utilizada como auxílio a outros métodos de combate a queimadas pelos órgãos fiscalizadores. Para isso analisamos a variabilidade pluviométrica local levando em consideração os mecanismos oceano-atmosfera que foram atuantes no período de 2016 a 2019 na microrregião de Tomé Açu. Calculamos a média móvel para grupos de três dias para verificar a ocorrência de um volume médio pluviométrico seguro para criar um calendário de manejo indicando o momento mais seguro dentro de cada mês para a utilização do fogo no campo. Observamos que o número de queimadas varia de acordo com o tipo de uso e cobertura do solo e com o mecanismo oceano-atmosfera atuante, sendo o mês de setembro o mais relevante. Utilizamos o ano de 2020 para fazer a validação do calendário de manejo e constatamos que, de fato, a precipitação ocorreu dentro dos grupos esperados indicando a eficiência do mesmo para o auxílio no combate aos incêndios florestais.

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Biografia do Autor

Davi Miranda Costa, Universidade Federal do Pará

Discente do curso de Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Bolsista na modalidade PIBIC/CNPq no período de 1/08/2020 a 30/07/2021

Maria Regina da Silva Oliveira, Universidade Federal do Pará

Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2018 - 2022). Tem experiência na área de Geociências com ênfase em Meteorologia nas áreas: Climatologia aplicada, Uso e ocupação da terra, Geoprocessamento (QGIS) e Sensoriamento remoto. Bolsista na modalidade PIBIC/CNPq no período de 2021/2022. Atuou como estagiária voluntaria no Instituto Nacional de Meteorologia - INMET/2° DISME (2021).

Giordani Rafael Conceição Sodré, Universidade Federal do Pará

Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2010), mestre (2013) e Doutor (2019) em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará.Tenho experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: meteorologia, sensoriamento remoto, sistema de informação geográfica (SIG), análise ambiental, voltado pricipalmente para pesquisa sobre descargas atmosfericas na área da meteorologia. Nas Ciencias Ambientais realizo pesquisas interdisciplinares com foco no desenvolvimento de uma metodologia de baixo custo para o controle e redução das queimadas e incêndios florestais dentro do contexto amazônico. Atualmente sou servidor público, ocupando o cargo de meteorologista no Instituto de geociências da Universidade Federal do Pará. 

Bergson Cavalcante de Moraes, Universidade Federal do Pará

Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia, mestre Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa e graduado em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará. Foi diretor técnico da Fundação de Meio Ambiente do Estado de Roraima e coordenador operacional do Sistema de Proteção da Amazônia-SIPAM. Atuou como pesquisador adjunto da mineradora Vale S.A, professor do mestrado profissional no Instituto Tecnológico Vale, onde desenvolveu e coordenou o Sistema Integrado de Monitoramento e Previsões Meteorológicas e Hidrológicas para a Estrada de Ferro, Porto e Mina de Ferro da Vale. Atualmente é professor do Instituto de Geociências da UFPA, professor Programa de Pós-Graduação em Gestão de Risco e Desastre na Amazônia (PPGGRD) da UFPA.

Publicado

2023-01-09

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