Identificação e caracterização computacional de esnaquinas em diferentes genótipos de cana-de-açúcar (Saccharum spp.)
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2022.003.0003Palavras-chave:
Cana-de-açúcar, AMP, Defesa de plantas, Análise in silicoResumo
A cana-de-açúcar é um cultivar de grande importância econômica, empregada principalmente na produção de açúcar e etanol. Através de melhoramento clássico, diferentes cultivares são produzidos a partir do cruzamento de espécies selvagens (Saccharum officinarum e Saccharum spontaneum). Além do aumento da concentração de sacarose, a produção de híbridos procura cultivares com maior resistência a doenças. Entender a origem da resistência dos cultivares é importante para o melhoramento. Uma das moléculas associadas a defesa de plantas são as esnaquinas. A despeito da caracterização em diferentes espécies, esnaquinas não foram caracterizadas em cana-de-açúcar. Este trabalho tem como objetivo identificar e caracterizar, por meio de ferramentas de bioinformática, genes e transcritos em diferentes genótipos de cana-de-açúcar. Foram identificados 13 genes em S. spontaneum; 6 genes no híbrido SP70-1143; 5 genes no híbrido R570, e 26 genes no híbrido SP80-3280, além de 16 transcritos. Foi identificado um total de 60 esnaquinas. Todas as proteínas preditas demonstraram possuir o motif rico em cisteínas, típico das esnaquinas, além de novos motifs. A despeito da divergência das estruturas primárias, a modelagem das esnaquinas revelou alta conservação das estruturas terciárias. A análise filogenética com esnaquinas de outras plantas (monocotiledôneas e dicotiledôenas) mostrou que as esnaquinas de cana-de-açúcar se dispersam. A análise da região promotora dos genes de esnaquinas revelou a presença de regiões de ligação de fatores de transcrição responsivos a hormônios (ácido abscísico, metil jasmonato e ácido salicílico). Esperamos que a caracterização destas importantes moléculas contribua para um melhor entendimento das diferentes respostas de defesa de cana-de-açúcar.
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