Fibromas viscerais associados ao fibropapiloma cutâneo em Chelonia mydas em reabilitação

Autores

  • Aquario Municipal de Santos
  • Aquário Municipal de Santos
  • Universidade de Guarulhos

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2237-9290.2012.002.0005

Palavras-chave:

Chelonia, Fibroma, Fibropapiloma, Histopatologia

Resumo

Fibropapilomatose é uma enfermidade comum em tartarugas marinhas verdes (Chelonia mydas), mas pode ocorrer nas outras sete espécies. Caracteriza-se pela presença de massas papilares, arborizadas na superfície do corpo. Histologicamente, fibropapilomas consistem de hiperplasia epidérmica, acantose, e hiperplasia dérmica. Em algumas tartarugas com fibropapilomatose cutânea, massas identificadas histopatologicamente nos olhos, cavidade oral e em vários órgãos internos, são vistas como fibromas. O protocolo de tratamento para indivíduos acometidos é a exérese tumoral, mas o reaparecimento das formações fibropapilomatosas externas ou fibrosas internas após cirurgia pode ocorrer. Três tartarugas verdes foram admitidas para reabilitação no Aquário Municipal de Santos devido à presença de fibropapilomas cutâneos em várias apresentações clínicas, em diferentes datas. Os animais sofreram procedimentos cirúrgicos de exérese com eletrocautério, eletroquimioterapia e criocirurgia em vários procedimentos sucessivos após o reaparecimento dos tumores. Os animais vieram a óbito, a despeito das tentativas cirúrgicas, em datas distintas, todos apresentaram nodulações internas à necrópsia, os fragmentos de órgãos foram colhidos e acondicionados em solução aquosa de formol a 10%, processados histopatologicamente de maneira rotineira, corados com hematoxilina eosina e tricrômico de Massom. Pulmões, coração e rins foram os órgãos envolvidos com crescimento neoplásico e histopatologicamente caracterizados como fibromas. Ressalta-se a necessidade de estabelecimento de um período de observação clínica pós-cirúrgica grande, antes de se reabilitar e liberar um animal possivelmente enfermo em vida livre.

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Biografia do Autor

, Aquario Municipal de Santos

Médico-Veterinário do Aquário Municipal de Santos.

, Aquário Municipal de Santos

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1993). Atualmente é Chefe da Unidade Veterinária do Aquário Municipal de Santos, atuando na clínica e manejo de animais selvagens de ambiente aquático e marinho. Anteriormente atuou no Parque Zoobotânico Orquidário Municipal de Santos na área de Clínica e Cirurgia de Animais Selvagens.

, Universidade de Guarulhos

Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (1995), mestrado em Clínica Cirúrgica Veterinária pela Universidade de São Paulo (1998) e doutorado em Clínica Cirúrgica Veterinária pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade Paulista, professor adjunto da Universidade Guarulhos, Líder de Grupo de Pesquisa CNPq/UnG e diretor do Hospital Veterinário Bom ClimaTem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Anestesiologia Animal, atuando principalmente nos seguintes temas:Anestesia regional, bloqueios periféricos e do neuro-eixo, bloqueio do plexo braquial, raquianestesia, peridural, Tumescência, bloqueios odontológicos, analgesia e anestesia em animais selvagens e bloqueios, acessos vasculares e procedimentos de emergência guiados pelo ultrassom. Assessor ad-hoc FAPESP.

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Publicado

2013-04-22

Edição

Seção

Medicina Veterinária Megafauna