Metabólitos de fungos endofíticos da mata seca com potencial de biocontrole de sclerotinia sclerotiorum

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2023.001.0006

Palavras-chave:

Phomopsis, Fusarium, Mofo branco, Controle biológico

Resumo

A Mata Seca é uma fitofisionomia do bioma Caatinga pouco conhecida quanto aos microrganismos endofíticos associados às suas espécies vegetais. Os endofíticos são fontes abundantes de compostos bioativos com aplicabilidade na agricultura, em especial no controle biológico de fitopatógenos. Foi avaliado o antagonismo de 7 fungos endofíticos dos gêneros Phomopsis, Pestalotiopsis, Colletotrichum e Fusarium, isolados de plantas da Mata Seca, a Sclerotinia sclerotiorum por meio do pareamento direto e metabólitos não voláteis. O patossistema S. sclerotiorum-feijoeiro foi escolhido para avaliação dos metabólitos fúngicos na germinação de sementes, desenvolvimento de plântulas e damping-off causado pelo patógeno. Os endofíticos Phomopsis sp. (IM 46 - obtido de Cedrela fissilis) e Fusarium sp. (IF 357 - obtido de Anadenanthera colubrina) apresentaram 24 a 63% e 19 a 63% de inibição de crescimento micelial do patógeno, respectivamente. Os metabólitos não voláteis de Phomopsis sp. e Fusarium sp. causaram redução no tamanho do hipocótilo, epicótilo e raiz das sementes germinadas quando doses crescentes foram usadas. No ensaio in vivo, o metabólito de Fusarium sp. permitiu melhor desenvolvimento das plântulas e menor incidência do damping-off por S. sclerotiorum. Phomopsis sp. e Fusarium sp. são potenciais antagonistas a S. sclerotiorum. O conhecimento da composição dos metabólitos e modo de ação na planta e patógeno necessitam ser investigados.

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Biografia do Autor

Larissa Moreira Chaga, Universidade Estadual Paulista

Mestre pelo programa de Agronomia - Proteção de Plantas pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Campus Botucatu - São Paulo. Engenheira Agrônoma formada pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais; IFNMG-Campus Januária. Foi Bolsista de Iniciação Científica no ano de 2017 pela Fapemig.

Tatiana Tozzi Martins Souza Rodrigues, Instituto Federal Farroupilha

Possuo graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Montes Claros (2002) e mestrado e doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa com período sanduíche na University of British Columbia, Vancouver, Canadá (2009). Sou docente no Instituto Federal Farroupilha Campus Jaguari desde 2022. Anteriormente trabalhei no IFNMG desde 2010, onde atuei como Coordenadora dos Cursos das Ciências Agrárias, Coordenadora do Curso de Agronomia, Diretora de Ensino Superior e Diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação e representante da Coordenação das Relações Internacionais no Campus Januária. Na academia tenho experiência no ensino de fitopatologia, fitossanidade, microbiologia, metodologia científica, biologia molecular. Desenvolvo pesquisa com microrganismos endofíticos para uso em controle biológico de fitopatógenos, potencial enzimático, solubilização de nutrientes e promoção de crescimento em plantas. Trabalho com medidas de manejo integrado de doenças com destaque para controle biológico e cultural de patógenos de solo. Desenvolvo pesquisa com o uso de remineralizadores de solo, plantas de cobertura e matéria orgânica no aumento da resistência da planta a doenças e pragas, aspectos produtivos da culturas e fertilidade de solo. As atividades de extensão em que tenho atuado envolvem capacitações para práticas agroecológicas e extrativismo vegetal, realização de palestras e cursos. Fui coordenadora do Núcleo de Estudos Integrados em Fitopatologia e Agricultura Biológica - NEIFIT Agri Bio (CNPq).

Geovana Gonçalves Silva, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

Possui ensino médio segundo grau pela Escola Estadual Monsenhor Florisval Montalvão(2013). Tem experiência na área de Agronomia.

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Publicado

2023-03-21

Edição

Seção

Microbiologia Agrícola e Ambiental