Desenvolvimento, qualidade e aceitação de licores finos de frutos da sociobiodiversidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2023.003.0002%20

Palavras-chave:

Análise sensorial, Bebida alcoólica, Frutas nativas

Resumo

A região amazônica é reconhecida pela rica biodiversidade, com destaque para a diversidade de frutas nativas com potencial agroindustrial. O objetivo desse artigo foi desenvolver licores finos de frutos da (uxi, umari e maracujá do mato) e avaliar sua qualidade e aceitação sensorial. Os licores foram desenvolvidos pelo método de infusão por 40 dias, seguido pela adição de xarope e envelhecimento por 30 dias., quando foram submetidos às análises físico-químicas (solídos solúveis, acidez titulável, pH e açúcares totais) microbiológicas (E. coli a 45ºC) e teste sensorial de aceitação usando escala hedônica de nove pontos, seguida por intenção de compra com escala de cinco pontos. Os licores mostraram características físico-químicas dentro do esperado para o produto, com conteúdo de açúcar em conformidade com a legislação. A análise microbiológica mostrou baixos níveis de E. coli, demonstrando segurança sanitária do produto. A análise sensorial mostrou que os licores de maracujá do mato, umari e uxi tiveram grande aceitação entre os provadores, apresentando um índice de aceitação satisfatório para todos os atributos avaliados e intenção de compra, situando-se entre “Talvez comprasse” e “Certamente compraria”, confirmando o potencial de inserção no mercado dos licores desenvolvidos.

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Biografia do Autor

Maria dos Anjos Corrêa Dias, Universidade Federal do Pará

Graduada em Agronomia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Especialista em Biodiversidade Amazônica, pela UFPA, ambos Campus Cametá . Tem experiência com projetos socioambientais e atividades de extensão. Atuou como técnica de Ater do projeto Horta Escolar: A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis, realizado pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Jonnatas Athias, e também atuou como voluntária nas práticas sobre "formação em produção de mudas e sementes",vinculadas aos projetos de extensão " Fortalecimento de práticas produtivas por agricultores familiares no Baixo Tocantins" e de pesquisa-ação "Organizações Rurais, Agricultura Familiar Camponesa e a consolidação de Novidades Sociotécnicas no Baixo Tocantins. Atuou como pesquisadora no Grupo de Pesquisa Desenvolvimento Rural e Inovação Sociotécnica (DRIS) da UFPA-Cametá. Trabalhou no cargo de Diretor administrativo (secretária) da Cooperativa Agroecológica Agroindustrial da Amazônia-Cooperativa NATURAGRO de Cametá. Trabalha prestando assessoria técnica na organização APACC e UCODEP trabalhando em ações voltadas para o Empreendedorismo Sustentável de negócios comunitários, assessorias a agricultores familiares e povos tradicionais no âmbito da gestão, produção, comerccialização e acesso a mercados . Atuação no âmbito de projetos para ativação, fortalecimento e criação de novos negócios na Amazônia e o empreendedorismo sustentável, com o objetivo de estimular negócios que conservem a biodiversidade e melhorem a qualidade de vida das pessoas na região, trabalhos estes realizados contemplando o território do Baixo Tocantins e também do Salgado Paraense.

Odenira Corrêa Dias, Universidade Federal do Pará

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA), no Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares Ineaf/UFPA. Bacharel em Agronomia pelo Campus Universitário do Baixo Tocantins/ Cametá (CUNTINS) (2022), da Universidade Federal do Pará (UFPA). Integrei a empresa Júnior do Curso de Agronomia da UFPA/ Campus- Cametá nos anos de 2018-2021 e da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB). Atualmente faço parte do grupo de pesquisa em Desenvolvimento Rural e Inovação Sociotécnica (DRIS), e Grupo de Pesquisa Dispositivos, Instituições, Desenvolvimento e Agroecologia (DIDRA). Principais temas de pesquisa são: agriculturas familiares, comunidades quilombolas, quintais agroflorestais, práticas culturais.

Simone Aparecida Almeida Araújo, Instituto Federal do Pará

Possui graduação em medicina veterinária pela Universidade Federal do Pará (2012), Especialização em Residência em Medicina Veterinária, pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia - HOVET/UFRA (2013), com concentração na área de Cirurgia de Animais de Companhia. Mestrado em Saúde Animal e Meio Ambiente pelo Programa de Pós Graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia - PPGSPAA/UFRA (2015). Experiência na área de inspeção sanitária e tecnologia de produtos de origem animal no Abatedouro da Cooperativa dos Marchantes de Cametá - PA. Atualmente Professora do quadro permanente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Estado do Pará.

Fagner Freires de Sousa, Instituto Federal do Pará

Tecnólogo Agroindustrial com habilitação em Tecnologia de Alimentos pela Universidade do Estado do Pará (2013); Especialista em Extensão Rural, Sistemas Agrários e Ações de Desenvolvimento e Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Pará (2014 e 2016); Especialista em Docência para a Educação Profissional, Científica e Tecnológica pelo Instituto Federal do Pará (2018); Doutor em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2020). É Professor Efetivo do IFPA - Campus Cametá, onde atua em disciplinas de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Extensão Rural. Tem se dedicado a atividades de pesquisa e extensão voltadas, principalmente, à agricultura familiar e agroecologia, etnoecologia, segurança e soberania alimentar, tecnologia de alimentos e pós-colheita de frutas e hortaliças. 

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Publicado

2023-09-30

Edição

Seção

Tecnologia de Alimentos