Automação das estações de tratamento de água: um estudo técnico-econômico

Resumo

As previsões alarmantes do crescimento populacional fazem com que se desenvolvam novas tecnologias e/ou métodos para suprir a crescente demanda por água em áreas urbanas. Desta maneira, diferentes formas e níveis tecnológicos estão disponíveis para realizar o processo de tratamento de água visando o abastecimento público, com a finalidade de melhorar a eficiência, porém com um menor custo de operação e manutenção. Para isso, uma opção seria a otimização dos processos de tratamento de água por meio da instrumentação, controle e a automação das estações de tratamento de água (ETAs). Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de tratamento e a viabilidade técnica e econômica de automação de uma estação de tratamento de água, comparada com estações de tratamento convencionais. Para isso, foram selecionadas quatro estações com características similares (vazão, característica da água bruta e projeto da estação) e avaliadas quanto aos custos de implantação, operação, valor presente líquido e payback em diferentes cenários (Companhia Estatal e Privada). Como resultado, a ETA 2 (com sistema de automação), apresentou resultado similar a ETA 1 (sem sistema de automação) e foi consideravelmente superior a outras ETAs (sem sistema de automação) de vazões similares.  O uso de sistema de automação da estação de tratamento é capaz de gerar uma economia 80,00%. Os dois cenários demonstraram um valor presente líquido positivo. Os indicadores de payback demonstram que o valor do investimento com a aquisição e instalação do equipamento pode ser recuperado em aproximadamente 4 anos na estatal e 7 anos na companhia privada. No geral, este estudo fornece insights que contribuem intrinsecamente para a aplicação de sistemas de automação em sistemas de tratamento de água, demonstrando eficiência e viabilidade técnico-econômica.