Diversidade de moscas-das-frutas (diptera: tephritidae) em uma reserva particular do patrimônio natural do domínio mata atlântica próxima à fronteira Brasil-Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2023.001.0004Palavras-chave:
Biodiversidade, Moscas frugívoras, Unidade de conservaçãoResumo
A escassez de estudos sobre ecologia de Tephritidae em Unidades de Conservação (UCs) ressalta a importância de conhecer a diversidade e padrões populacionais das espécies de moscas-das-frutas. Assim, objetivou-se realizar um levantamento das espécies de moscas-das-frutas existentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) FAFI, Itamarati II, Ponta Porã – MS, com a finalidade de fornecer conhecimento de populações que possam ser utilizadas como fonte de dados no desenvolvimento de planos de manejo e monitoramento futuros. As coletas foram realizadas de dezembro de 2019 a dezembro de 2020. Um conjunto de 12 armadilhas, modelo McPhail, foram utilizadas e três tipos de iscas alimentares (BioAnastrepha®) à base de (proteína hidrolisada de milho) com 250 ml de atrativo alimentar, (Ceratrap®) a 5% vol. e (Suco de goiaba) a 100% com amostragens mensais. As armadilhas foram alocadas a aproximadamente 250m de distância umas das outras, em árvores, a 1,70 m do nível do solo, nas quatro principais trilhas, partindo da zona de amortecimento para o interior da UC. No total foram instaladas 12 armadilhas, sendo 3 armadilhas por 4 trilhas, as armadilhas permaneceram fixas nos pontos alocados nas 4 trilhas por um período de um ano. Após uma semana, em campo as armadilhas foram retiradas e as moscas-das-frutas foram triadas, quantificadas ♂ e ♀, identificadas as espécies e armazenadas em etanol 90%. Ocorreram 17 espécies de Anastrepha, sendo A. obliqua, A. fraterculus, A. sororcula e A. striata as espécies predominantes (mais abundantes e frequentes) durante o período experimental. A. obliqua teve seu pico no mês de dezembro. A. fraterculus e A. sororcula foram indicadoras da flora da UC e ocorreram durante todo o período amostral. Estas informações contribuem para a compreensão da entomofauna no interior do (RPPN) e auxiliam no plano de manejo e conservação desta importante Unidade de Conservação do Centro-Oeste brasileiro.
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