Crescimento e sobrevivência de espécies nativas plantadas em florestas em diferentes estágios de sucessão após pastagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2021.003.0004

Palavras-chave:

Floresta perturbada, Floresta secundária, Amazônia, Plantio florestal, Área degradada

Resumo

O plantio de espécies nativas para enriquecimento de florestas secundárias tem sido adotado para fortalecer a regeneração natural e promover a recomposição de áreas antropizadas. O objetivo desse estudo foi avaliar crescimento e sobrevivência de espécies nativas plantadas em diferentes estágios sucessionais de florestas após pastagem na Fazenda Agroecológica São Roque, Moju, Pará, Brasil. O plantio foi realizado em março 2009 em áreas denominadas Floresta Rala; Floresta Baixa; Floresta Média e Pleno Sol, como testemunha. Foram plantadas 27 espécies nativas lenhosas e frutíferas, a cada 4 m e intercaladas conforme sorteio. Na área de plantio foi instalado delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial (ambiente x espécie x idade) com quatro parcelas de 250 m2 (25 m x 10 m) cada, agrupadas em faixas perpendiculares às linhas dos plantios, com 8 m entre si. Foram medidas todas as plantas das parcelas, porem somente foram analisadas aquelas presentes em todos os ambientes, sendo elas Schizolobium parhyba var. amazonicum (Fabaceae); Tabebuia roseoalba (Bignoniaceae); Swietenia macrophylla (Meliaceae); Parkia pendula (Fabaceae) e Parkia nitida (Fabaceae). As espécies foram avaliadas em 2, 4 e 6 anos após o plantio quanto ao crescimento e sobrevivência. Aos seis anos as espécies apresentaram bom crescimento e sobrevivência. Os valores médios de incremento em altura e diâmetro diferiram estatisticamente entre os ambientes de plantio (p < 0,05). As cinco espécies conseguiram se estabelecer na área degradada pelo uso extensivo da pecuária, com destaque para T. roseoalba e S. macrophylla, que apresentaram taxas de sobrevivência superiores a 70%. O plantio misto de espécies nos quatro ambientes mostrou-se promissor na facilitação para a recuperação de área de pastagem perturbada, seis anos após o plantio.

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Biografia do Autor

Iracema Maria Castro Coimbra Cordeiro, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduada em Engenharia Florestal pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, com especialização em recuperação de áreas degradadas pelo NAEA-Universidade Federal do Pará. Mestre em Ciências Florestais, Doutora em Ciências Agrárias e PhD pela Universidade Federal Rural da Amazônia. Atua nas atividades de pesquisa, consultoria florestal e áreas ambientais afins.

Gustavo Schwartz, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 1999, mestrado em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 2001 e doutorado em Ecologia e Manejo Florestal pela Universidade de Wageningen (WUR) na Holanda em 2013. Atualmente é Pesquisador A na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Unidade Amazônia Oriental em Belém (PA) e Docente Permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Belém. Desenvolve pesquisas em Ecologia (Populações e Comunidades), Manejo, Silvicultura, Recuperação e Conservação de Florestas Tropicais.

Jonas Elias Castro da Rocha, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheiro Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia ? UFRA. Mestrado em Ciência Florestais, na área de concentração em Silvicultura, UFRA. MBA em Gestão Florestal pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Doutorado em Ciência Florestais, na área de concentração em Manejo de Ecossistemas de Florestas Nativas e Plantadas. Entre os aos de 2011 e 2014 trabalhou na Vale Florestar SA como Especialista em Solos e Nutrição de Eucalipto e na Gestão de P&D. Com as seguintes responsabilidades: Indicação do pacote tecnológico da empresa (programa de fertilização florestal, materiais genéticos, defensivos agrícolas); Gestão da Pesquisa contínua de novos produtos, manejo de solos, nutrição florestal, programa de melhoramento genético e desenvolvimento clonal, e regeneração natural de florestas nativas; Participou de atividades técnicas na certificação FSC e CERFLOR; Fiscalização de contratos de prestação de serviços que auxiliam no P&D da Empresa. Realizou trabalhos de pesquisa e consultoria nas empresas listadas a seguir: AMATA SA; Companhia Vale do Rio Doce ? CVRD; Concrem Wood; Concrem Florestal; Floraplac MDF; Transportadora Floresta do Araguaia ? TFA; Sennor LTDA; Maxma Brasil Forest S.A; Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará ? FAEPA; Sistemas Florestais Sustentáveis do Brasil; Viveiro Dacko. Em Agosto de 2014 ingressou no serviço público como Professor Efetivo do Magistério Superior da Universidade Federal Rural da Amazônia, respondendo pelas disciplinas correlatas a Manejo de Solos Florestais e produção de mudas. Em 2014 assumiu a coordenação do curso de Engenharia Florestal do Campus da UFRA em Parauapebas. Em 2015 assumiu a sub coordenação do Curso de Engenharia Florestal do Campus da UFRA em Paragominas. Em 2017 assumiu o cargo de Pró-Reitor Adjunto de Extensão da Universidade, até 2021.

Raphael Lobato Prado Neves, Universidade Federal Rural da Amazônia

Sou Engenheiro Florestal (2013), Mestre (2015) e Doutor em Ciências Florestais (2020) pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Tenho experiência nas áreas de Manejo e Silvicultura de Florestas Tropicais, com ênfase aos tratamentos silviculturais em clareiras provenientes da exploração florestal. Atuei como Técnico em Gestão de Meio Ambiente no Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (CIMAM), onde monitorava planos de manejo e alterações da cobertura vegetal, sem licença, com auxílio da base de dados online do DETER/INPE, geralmente indicando, em séries históricas, as mais diversas classes de alteração da cobertura vegetal da Amazônia. Obtive portaria de Agente de Fiscalização enquanto lotado na Assessoria Especial de Inteligência e Segurança Coorporativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS/PA), na qual atuava planejando e executando as atividades de inteligência e contra-inteligência de ilícitos ambientais no estado do Pará. Fui consultor da start up Rainforest Connection, prestando consultoria técnica e científica acerca dos desmatamentos na Amazônia. Atualmente sou professor no curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado do Pará. 

Lorena de Almeida Coimbra, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal com ênfase em gênese e morfologia do solo e recuperação ambiental. Trabalhou como estagiária categoria II do projeto "Biodiversidade, propagação de espécies vegetais e recuperação de áreas degradadas pela mineração de bauxita na região Sudeste do Pará, Paragominas, Pará", com ênfase em ciência do solo. Trabalhou como estagiária de iniciação científica na Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com o projeto SAF-Dendê, da empresa Natura.

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Publicado

2021-10-29

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