Plantio e estabelecimento de propágulos e mudas de Rhizophora mangle em uma área desflorestada de manguezal na costa amazônica brasileira

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-3055.2023.002.0006

Palabras clave:

Mangue Vermelho, Sobrevivência, Crescimento de Mudas

Resumen

O manguezal é um  forte elemento paisagístico das linhas costeiras, porém  aos poucos perde seu espaço para as políticas de aterros atribuídos à expansão urbana e industrial, construção de estradas, extração de madeira, tais ações comprometem  a atividade de coleta de crustáceos e moluscos realizada por parte das comunidades tradicionais. Mas apesar de toda importância ecológica e social, este habitat sofre perturbações antropogênicas ao redor do mundo e no Brasil há vários casos relatados de impactos negativos, os quais comprometem este ecossistema, assim pesquisadores passaram a implantar projetos para investigar a recuperação deste ecossistema. A presente pesquisa teve o objetivo avaliar o estágio desenvolvimento do propágulo, e das mudas em uma  área desflorestada de manguezal e verificar a eficiência do emprego de fixadores artificiais para evitar uma eventual remoção dos propágulos e mudas de Rhizophora mangle (mangue-vermelho) pela maré. O experimento foi instalado na comunidade de Taperaçu-Campo, no município de Bragança/PA. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com 4 métodos e 4 repetições. Cada parcela experimental foi constituída com 25 propágulos/muda espaçadas de 1,0 m entre plantas e 1,0 m entre linhas. Os dados experimentais coletados foram submetidos a testes de normalidade e não indicaram a necessidade de transformação, foram testados no pacote estatístico Primer v 0.6, os dados obtidos de sobrevivência e crescimento em altura nos períodos chuvoso e seco foram apresentados com os valores médios e desvios-padrão correspondente. Concluiu-se a partir dos resultados  que o percentual e a média de sobrevivência das mudas de Rhizophora mangle nos diferentes métodos foram superiores no período chuvoso, contrastando, todavia, com a alta taxa de mortalidade das mudas no final do período seco; a utilização de fixadores artificiais não favoreceu  a fixação e o estabelecimento dos propágulos da espécie  Rhizophora. mangle, comprometendo assim a sobrevivência da espécie na área desflorestada.

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Biografía del autor/a

Jessica Louise Dias, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Ciências Naturais pela Universidade Federal do Pará(2014).

Erneida Coelho de Araújo, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (1993), Mestre em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Ceará (2000), Doutora em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF (2005) com ênfase em manejo, propagação de plantas, controle de qualidade de grãos e sementes. Pós - Doutorado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Portugal (2019). Atualmente é Professora Associada III da Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campus Ananindeua. Tem experiência em Ecologia, com ênfase em Ecologia Vegetal e Conservação da Natureza, atuando nos seguintes temas: Meio Ambiente, Manejo, Propagação de Plantas e Restauração Ecológica.

Publicado

2023-12-29

Número

Sección

Engenharia da Sustentabilidade e Meio Ambiente