Avaliação da toxicidade de microrganismos anaeróbios e aeróbios de lixiviado de aterro sanitário e do efluente produzido pelo processo fenton
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0019Palavras-chave:
Resíduos sólidos urbanos, Toxicidade, Processo oxidativo avançado, Potecial bioquímico de metanoResumo
Neste trabalho foi estudado a toxicidade de microrganismos anaeróbios e aeróbios do efluente de processo Fenton aplicado ao tratamento do lixiviado proveniente do aterro sanitário (LAS). O lixiviado utilizado foi coletado no aterro sanitário metropolitano da cidade de João Pessoa (PB). Após coletado, o substrato foi transportado a Estação Experimental de Tratamentos Biológicos de Esgotos Sanitários (EXTRABES) para caracterização química, levando-se em consideração a quantificação de material orgânico e nitrogenado e demais outros parâmetros, tomando-se como referência os métodos analíticos recomendados por APHA (2012). Os ensaios de toxicidade a microrganismos anaeróbios de lixiviado de aterro sanitário e efluente do processo fenton, foram realizados seguindo a metodologia proposta por Angelidaki et al. (2009), o Biochemical Methane Potential (BMP). A avaliação da toxicidade do lixiviado ‘in natura’ e do efluente do processo fenton a organismos aeróbios foi determinada pela redução da taxa consumo de oxigênio (TCO), utilizando-se respirômetro Beluga do tipo aberto e aeração semicontínua. Após a realização do processo fenton, foi constatado eficiências de remoções de 96,4% da cor, 85,3% da DQOtotal e 41,7% da Abs54. Nos resultados advindos dos ensaios de BMP, constatou-se que os percentuias de 4, 6, 8 e 10% do efluente do processo fenton adicionado ao substrato, propiciando níveis de inibição acima de 50% na produção de biogás em relação ao controle com período de tempo de 40 dias de monitoramento, confirmando o potencial tóxico do LAS mesmo após tratamento oxidativo. Apenas nos ensaios realizados com 2% de LAS adicionado ao substrato, não foi constatada inibição, haja vista ter sido produzido 122 mL.N. biogás.gDQO-1. Nos ensaios realizados com LAS ‘in natura’, a produção de biogás foi cerca de 5,3 vezes menor. Em relação aos microrganismos aeróbios, não foi observada diminuição da TCO, verificou-se um incremento da TCO de 2,15 e 6,94 mgO2.L-1.h-1 para os ensaios com aplicação de 2 e 10% de efluente fenton, respectivamente. Concluiu-se que, mesmo apresentando elevadas eficiências de remoção dos parâmetros químicos, o processo Fenton não produziu um efluente atóxico para todos os organismos testes.
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