Avaliação de um método para estimar a absorção radicular do nitrato em arroz

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.006.0001

Palabras clave:

Nitrogênio, Oryza sativa, Solução nutritiva

Resumen

O nitrogênio é absorvido pelas raízes das plantas na forma de nitrato (NO3-) e de amônio (NH4+). Sob condições de alagamento, há maior disponibilização do nitrogênio na forma amoniacal, podendo ocorrer toxidez pelo excesso desse íon nas plantas. O arroz, entretanto, dada sua alta capacidade de transportar oxigênio da parte aérea para o sistema radicular através dos aerênquimas, é capaz de criar uma condição de nitrificação na rizosfera, possibilitando o equilíbrio entre essas duas formas e evitando, assim, a toxidez por excesso de amônio. Nos estudos de avaliação da cinética de absorção do nitrogênio em arroz e em outras espécies, o método mais empregado é o da avaliação da redução em sua concentração na solução nutritiva no tempo. Contudo, esse método apresenta um problema de natureza fisiológica, um de natureza estatística e outro que é um erro de natureza procedimental que normalmente se comete. Do ponto de vista fisiológico, o problema que se apresenta é que, na raiz, os transportadores do nitrogênio ficam sujeitos não só a um tratamento, mas a todas as diferentes concentrações desse elemento, o que pode vir a afetar sua afinidade e consequentemente o seu funcionamento. Em termos estatísticos, as avaliações sucessivas na mesma unidade experimental levam à autocorrelação dos resíduos, o que contraria a independência requerida deles para possibilitar o ajuste de modelos de regressão. O erro procedimental que se comete e, na maioria das vezes não se deixa explícito, é o de não se realizar a reposição do volume de amostra extraída da solução com água quimicamente pura. Considerando esses aspectos, e observando que não há relatos na literatura acerca de outros métodos alternativos nessa mesma linha de avaliação, propõe-se, com este trabalho, avaliar um método de cinética da absorção do nitrato em arroz baseado na exposição de plantas de arroz a apenas um único tratamento de concentração do íon, avaliando-se o seu teor no sistema radicular após um determinado período de tempo de exposição. Com isso, seriam evitados todos os problemas já mencionados. Para determinação dos teores de NO3-, foi realizado um estudo de caso empregando o método Kjeldahl. O método proposto neste trabalho não produziu resultados satisfatórios, porém especificamente devido à limitação do método de Kjeldahl, cuja resolução (limite de detecção) impossibilita identificar valores da magnitude daqueles econtrados na cinética de absorção do nitrato em arroz. Sugere-se que o método proposto seja revalidado empregando-se outro método de detecção do teor de N total ou especificamente NO3- nas raízes dessas plantas, porém com a resolução requerida.

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Biografía del autor/a

Bruna Regina Blanger, Universidade Federal de Mato Grosso

Graduada em Agronomia,mestre em Agricultura Tropical, com experiência na área de vendas internas, e pesquisa científica. Realizei cursos na área da minha formação, rotinas administrativas, informática e inglês (nível básico).Entre minhas características profissionais destacam-se a dedicação, liderança, facilidade de interação com o grupo, responsabilidade e organização.Busco uma efetivação no mercado, visando o desenvolvimento de um trabalho objetivo e gerador de resultados, de forma a possibilitar crescimento qualitativo e quantitativo para os envolvidos.

Francisco de Almeida Lobo, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia (1985) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mestrado (1992) e doutorado (2003) em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é professor titular da UFMT e dá aulas na graduação para o curso de Agronomia e na pós-graduação para o Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental e para o Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical. Coordena os Grupos de Pesquisa em Física e Meio Ambiente e de Ecofisiologia Vegetal da UFMT e é membro do Grupo de Pesquisa em Física Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). É consultor ad hoc de instituições de financiamento nacionais para avaliar projetos de pesquisa na área de Ecofisiologia Vegetal. É revisor ad hoc de periódicos nacionais e estrangeiros. Participa como membro externo em bancas de pós-graduação em instituições nacionais e estrangeiras. É membro da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal e foi representante da mesma para a região Centro-Oeste no período de 2013 a 2017 e o é atualmente, para o período de 2019 a 2021. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ2) de janeiro de 2013 a janeiro de 2015 e também o é atualmente, a partir de fevereiro de 2017. Tem experiência em Ecofisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: fotossíntese do nível foliar à produtividade primária dos ecossistemas tropicais, dinâmica de serrapilheira e ciclo do carbono nos ecossistemas tropicais,medições das densidades de fluxo de energia e matéria nos ecossistemas tropicais, identificação de fatores de resistência de plantas a estresses bióticos e abióticos.

Glaucio da Cruz Genuncio, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1998), mestrado e doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é professor Adjunto na Faculdade de Agronomia e Zootecnica (FAAZ) da UFMT nas disciplinas de Fruticultura e Culturas Perenes e Coordenador de Curso de Graduação em Agronomia/FAAZ/UFMT.

Ana Cássia Silva Possamai, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2009) e mestrado em Agronomia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2012). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado de Mato Grosso, atuando principalmente nos seguintes temas: Economia Solidária, Custo de Produção Agrícola no meio Norte Mato-Grossense, Agricultura Familiar. 

Publicado

2021-05-28

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