Ações para mitigar resíduos sólidos em terrenos baldios de Campina Grande/PB

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0056

Palavras-chave:

Meio ambiente, Espaços urbanos, Resíduos sólidos, Educação ambiental

Resumo

A deposição dos resíduos em áreas impróprias, a exemplo de terrenos baldios, é um problema cada vez mais evidente. Acredita-se que esta prática pode ser reflexo de falhas na educação ambiental. Amparado nesta problemática, o objetivo deste estudo foi verificar ações para mitigar a deposição de resíduos sólidos em terrenos baldios de Campina Grande (PB). Para tanto, o estudo foi desenhado por meio do método indutivo, com apoio da pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa. Os dados foram colhidos entre julho e novembro de 2019, por meio de entrevistas gravadas e com preenchimento de formulários junto à coordenação da Vigilância Ambiental, Vigilância Epidemiológica e Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (SESUMA) de Campina Grande (PB). A partir dessas informações, foi realizado um reconhecimento espacial da cidade, através do programa Google Earth®, por meio do qual a localidade dos bairros e terrenos baldios foi delimitada, previamente observada, e, posteriormente, visitada e fotografada. Os resultados da pesquisa foram descritos e discutidos à luz da literatura e, posteriormente, interpretados de acordo com a análise de conteúdo proposta por Bardin. O presente estudo foi cadastrado na Plataforma Brasil, submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa e aprovado. A vigilância Ambiental forneceu todo o mapeamento de Campina Grande com a localização de 2.453 terrenos baldios dispersos no município e apresentou suas principais ações de combate a esta problemática. A Vigilância Epidemiológica informou que o registro de notificação compulsória de doenças correlacionadas ao acúmulo de resíduos sólidos tem aumentado entre os anos 2014 e 2018. A dengue, por exemplo, cresceu 456,9% em 2018 comparada a 2017. Os dados colhidos na SESUMA geraram três categorias: resíduos sólidos em terrenos baldios; educação ambiental e penalidades e, indicadores de sustentabilidade ambiental. A fim de mitigar a deposição inadequada de resíduos sólidos em terrenos baldios, a Vigilância Ambiental sugere notificações e multas, bem como fazer valer o Código de Postura do município. A Vigilância Epidemiológica recomenda fazer campanhas mais impetuosas que estimulem práticas de educação ambiental. A SESUMA propõe-se a execução de ações mais próximas e efetivas nas áreas de educação, saúde e meio ambiente.

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Biografia do Autor

Flávia Nunes Ferreira de Araújo, Universidade Federal de Campina Grande

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão de Recursos Naturais (UFCG), Mestra em Saúde Pública (UEPB); Especialista em Educação Profissional na Área de Saúde: enfermagem (ENSP - FIOCRUZ), Especialista em Saúde da Família (UEPB), Graduada em Enfermagem e Obstetrícia - Bacharelado e Licenciatura (UEPB). Tem experiência na área de Enfermagem, Saúde e Meio Ambiente, Saúde Pública, Saúde Coletiva, Saúde do Adulto, Gerência e Administração dos Serviços de Saúde, em Ensino Superior e Pós-graduação. 

Maria de Fátima Nóbrega Barbosa, Universidade Federal de Campina Grande

Doutora em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (2010) na Área: Sociedade e Recursos Naturais e Linha de Pesquisa: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Competitividade. Mestrado em Ciências da Sociedade pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB (1999). Graduação em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (1995). Especialização em Gestão Empresarial pela Universidade Estadual da Paraíba (1996). Professora Associada nível I da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Gestão Ambiental, Sustentabilidade e Competitividade. Pesquisadora em Projeto de Pesquisa financiado pelo CNPq. Organizadora do livro Gestão dos Recursos Naturais: uma visão multidisciplinar. Líder do Grupo de Pesquisa GEPASC (Grupo de Estudo em Pesquisa Ambiental, Sustentabilidade e Competitividade). Professora do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais. Professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Campina Grande. Professora do Mestrado em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP/UFCG/CCJS). Coordenadora Local do Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP/UFCG/CCJS). 

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Publicado

2020-07-06