Ocorrência de fungos micorrízicos arbusculares em um plantio de cupuaçu na estrada de Balbina, Amazonas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0009

Palavras-chave:

Colonização micorrízica, Glomus sp, Scutellospora sp

Resumo

Cerca de 90% dos solos amazônicos são ácidos e de baixa fertilidade, pobres em nitrogênio e fósforo, além de apresentarem toxidez de alumínio, o que limita o seu uso na agricultura regional. Considerando-se o alto custo dos adubos e outros insumos, além das dificuldades de transporte pelos agricultores regionais, os sistemas agrícolas regionais precisam ser redirecionados com vistas a dar à população regional, maior independência em produtos básicos sem causar danos aos ecossistemas. Deste modo, associações micorrízicas do tipo arbuscular, constituem uma alternativa de grande importância para minimizar o uso de fertilizantes, por ajudarem as plantas a explorarem melhor o solo. Os benefícios da simbiose para o hospedeiro resultam de melhorias no estado nutricional da planta, melhor utilização e conservação de nutrientes no sistema, redução de perdas por estresses de natureza biótica ou abiótica. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do carvão vegetal, adubação química e orgânica do solo na colonização micorrízicas no cupuaçu. O trabalho foi desenvolvido no Km 42 da estrada de Balbina em Presidente Figueiredo no Amazonas. Foram feitas duas coletas de folhas, raízes e solos, uma na época da seca e outra na das chuvas, usando quatro tratamentos com três repetições. Os fungos micorrízicos arbusculares foram avaliados pelo método de clareamento e coloração das raízes. O solo, nos tratamentos com calagem, apresentou maiores teores de Ca e Mg, mas sem reduzir os teores elevados de Al e acidez. A adubação com K e P elevou os teores desses elementos no solo e os de Fe e Zn, que devem estar presentes como traços nos adubos de K e P adicionados.  As colonizações radiculares por fungos micorrízicos arbusculares foram baixas nas duas coletas realizadas, sendo menor na época chuvosa.  A contribuição da simbiose plantas-fungos micorrízicos para a nutrição das plantas foi afetada, devido à baixa ocorrência dos fungos nas raízes. Esporos do gênero Glomus sp foram os que mais ocorreram nos solos, seguidos pelos do gênero Scutellospora sp.

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Biografia do Autor

Luzia Pontt Melo Rocha, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui ensino-medio-segundo-graupela Escola Estadual Pedro Teixeira(2008). Tem experiência na área de Biologia Geral.

Francisco Wesen Moreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade de Tecnologia da Amazônia (2003), graduação em Tecnólogo da Madeira pela Universidade de Tecnologia da Amazônia (1986) e Mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pela UFAM/INPA (2006). Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Amazônia, Leguminosas, Micorrizas e Fertilidade de solo.

Cassiane Minelli de Oliveira, Universidade Paulista

Engenheira Agrônoma, formada pela Universidade Federal do Amazonas em 2010/1. MBA em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pelo Instituto de Pós-Graduação (IPOG). Mestre em Agronomia Tropical do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, com área de concentração em Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. Doutora em Biotecnologia na área de concentração em Biotecnologias para a Área Agroflorestal do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Biotecnologia e Microbiologia. Atualmente é professora no Curso de Ciências Biológicas da Universidade Paulista - UNIP, Campus de Manaus/AM, e ministra disciplinas em outros cursos da Instituição.

Luiz Antonio de Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduação em Ciências Agronômicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1976), Mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e Doutorado em Soil Microbiology pela University of Minnesota (1988). Pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia desde janeiro de 1977, onde ocupou os cargos de Vice-diretor, Diretor de Área, Coordenador Geral da PG, Chefe de Departamento, Comissão Editorial, fazendo parte das Comissões de Biossegurança, Bens Sensíveis, Suplente do INPA no CGEN. Representante do INPA no Conselho Científico e posteriormente, Conselho Diretor da Rede Bionorte junto ao MCTIC. Foi recentemente (outubro de 2014 a outubro de 2016), o Vice-Diretor do INPA e Coordenador de Ações Estratégicas do instituto, presidindo e participando nesse período, das Comissões do PAC institucional e, membro do Conselho Diretor do Instituto. É o suplente do MCTIC no AMOCI. Foi um dos agraciados com o Prêmio Prof. Samuel Benchimol 2013, categoria Econômica/Tecnológica. Foi um dos criadores dos cursos de PG em Biotecnologia (Multi-institucional), onde foi vice-coordenador nos quatro primeiros anos e, Bionorte, onde foi o vice-coordenador nos oito primeiros anos com término em março de 2018. É docente de cursos de pós-graduação do INPA, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atua de forma multidisciplinar na pesquisa regional, como Agricultura Familiar, Desenvolvimento Sustentável, Biotecnologia; possui mais experiência em Agronomia, com ênfase em Microbiologia e Bioquímica do Solo (ecologia microbiana, metabolismo microbiano, enzimas), Manejo e Fertilidade do Solo, Nutrição de Plantas. Foi coordenador de diversos projetos científicos financiados pelo CNPq, FINEP, FAPEAM, PETROBRAS, incluindo grandes projetos em rede, como: Coordenador Geral da Rede CTPetro Amazônia (www.inpa.gov.br/ctpetro) desde o seu início, em 2001, até o seu final em 2014. Foi uma rede de pesquisas com estrutura de INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), criada em atendimento ao edital da FINEP Redes Norte/Nordeste, financiada pelo Fundo Setorial do Petróleo (CTPetro), com contrapartida da PETROBRAS, visando recuperar as áreas desmatadas para a exploração de petróleo e gás natural através de pesquisas multidisciplinares. Dessa rede fizeram parte oito instituições e mais de 600 participantes entre pesquisadores, estudantes e pessoal de apoio. Instituições participantes: INPA, UFAM, UEA, FUCAPI, EMBRAPA/CPAA, MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI, UFRA e UFPA. Nesses quase 12 anos de atividade, a rede contribuiu de forma significativa para o conhecimento da flora e fauna da região do rio Urucu, município de Coari, onde se encontra a única área de exploração comercial de gás e petróleo pela Petrobras na Amazônia brasileira, bem como no desenvolvimento de tecnologias de restauração ambiental na região, com as pesquisas servindo de suporte também, para a formação e qualificação de mais de uma centena de estudantes de graduação e pós-graduação dos Estados do Amazonas e Pará. Coordenou também, um projeto de rede (Rede Bionorte) envolvendo equipes dos Estados do Amazonas, Maranhão, Tocantins e Roraima, envolvendo pesquisas e formação de recursos humanos. Teve um INCT aprovado pelo CNPq em 2015, com contrapartida da FAPEAM, sem recursos financeiros até o momento, com enfoque na microbiota amazônica, envolvendo instituições do Amazonas, Tocantins, Pará e Mato Grosso. Orientou e coorientou nesses mais de 40 anos de atividades, mais de uma centena de bolsistas graduados e estudantes de graduação e pós-graduação, sendo mais de 70 mestres e doutores. Possui mais de uma centena de publicações científicas. Consultor ad hoc de diversas revistas científicas e agências financiadoras de pesquisas. Um dos detentores das patentes: https://www.google.com/patents/US20100284943 https://www.google.com/patents/US20100285054 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-200

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Publicado

2020-02-27

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