Crescimento de rizobactérias amazônicas em meio de cultura contendo farinha do mesocarpo do babaçu (Orbignya phalerata Mart.) como fonte de nutrientes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0010

Palavras-chave:

Metabolismo microbiano, Microbiota amazônica, Biotecnologia

Resumo

O babaçu (Orbignya phalerata Mart.) tem uma ocorrência elevada em algumas partes da Amazônia, mas raramente é usado pela população regional, podendo ser um fator de desenvolvimento econômico e social na região, como ocorre comumente no Estado do Maranhão. Para que isso ocorra, torna-se necessário aproveitar o mesocarpo, rico em amido, em produtos ou subprodutos que sirvam de base de suprimento de matéria prima para bioindústrias capazes de converter esses compostos em algo de maior valor econômico. Foram realizados experimentos de laboratório com 40 rizobactérias, avaliando-se seus crescimentos em meio de cultura contendo manitol (controle) e, em meio contendo farinha de babaçu em duas temperaturas, 27 °C e 55 °C.  Os principais resultados indicaram que das 40 rizobactérias testadas, as com maiores crescimentos no meio contendo farinha de babaçu foram as INPA R236, INPA R262, INPA R266, INPA R269, INPA R015, INPA R296 e INPA R689. Nenhuma das 40 rizobactérias apresentou crescimento visível nas placas de Petri contendo meio com farinha de babaçu à temperatura de 55 °C.

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Biografia do Autor

Thaíssa Cunha de Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Farmacêutica, graduada pela Universidade Paulista (UNIP - Manaus). Foi aluna de iniciação científica no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, no período de 2016 a 2018, atuando na área de microbiologia. Atualmente é aluna de mestrado do Programa Multi-Institucional de Pós-Graduação em Biotecnologia - UFAM.

Cassiane Minelli Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Engenheira Agrônoma, formada pela Universidade Federal do Amazonas em 2010/1. MBA em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pelo Instituto de Pós-Graduação (IPOG). Mestre em Agronomia Tropical do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, com área de concentração em Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. Doutora em Biotecnologia na área de concentração em Biotecnologias para a Área Agroflorestal do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Biotecnologia e Microbiologia. Já atuou como professora no Curso de Ciências Biológicas da Universidade Paulista - UNIP, Campus de Manaus/AM, e ministrou disciplinas nos cursos de Ciências Biológicas, Nutrição, Educação Física e Biomedicina.

Nadionara Costa Menezes, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia ? PPGBIONORTE (UEA). Possui Mestrado em Agricultura no Trópico Úmido, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2015). Graduada em Tecnologia em Petróleo e Gás pelo Centro Universitário do Norte (2011). Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia de Solos, atuando principalmente nos seguintes temas: biorremediação, degradação, rizóbios e petróleo, associações plantas-micro-organismos, enzimas microbianas, produção de hormônios.

Suziane Pinto Rodrigues, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduada em Biomedicina pela Escola de Ciências da Saúde Uninorte Laureate International Universities. Estagiou voluntariamente na Fundação de Medicina Tropical, no laboratório de Bacteriologia, no período de 2016-2017. Possui Iniciação Científica PAIC na Fundação Alfredo da Matta, atuando em pesquisa envolvendo temas como Genética, Polimorfismos e Biologia Molecular de microrganismos. Atualmente doutorado em andamento pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte (PPG-BIONORTE).

José Carlos Ipuchima da Silva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Bacharel em Biomedicina pelo Centro Universitário do Norte - UNINORTE (2018), Licenciado em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI (2020), possui curso técnico em Enfermagem pelo Centro de Educação Profissional Interdígitus - CEPI (2017) e Curso de Auxiliar de laboratório de Saúde pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Mestre em Biotecnologia pelo Programa de Pós Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (PPGMBT-UEA) e especialista em Análises Clínicas e Microbiologia pela Faculdade do Vale Elvira Dayrel (2020). Tem experiência com microbiologia ambiental, análise microbiológica de água, produção de enzimas e pigmentos bacterianos.

Luiz Antonio de Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduação em Ciências Agronômicas pela UNESP Júlio de Mesquita Filho (1976), Mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e Doutorado em Soil Science (microbiology) pela University of Minnesota (1988). Pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia desde janeiro de 1977, onde ocupou os cargos de Vice-diretor, Diretor de Área, Coordenador Geral da PG, Chefe de Departamento, Comissão Editorial. Participou das Comissões de Biossegurança, Bens Sensíveis, Suplente do INPA no CGEN. Representante do INPA no Conselho Científico e posteriormente, Conselho Diretor da Rede Bionorte junto ao MCTIC. Foi de outubro de 2014 a outubro de 2016, o Vice-Diretor do INPA e Coordenador de Ações Estratégicas do instituto, presidindo e participando nesse período, das Comissões do PAC institucional e, membro do Conselho Diretor do Instituto. É o suplente do MCTIC no AMOCI. Foi agraciado três vezes com o Prêmio Prof. Samuel Benchimol 2013, 2019 e 2020/21. Premiado como Pesquisador Destaque em Ciências Agrárias do Amazonas em 2021. Foi um dos criadores dos cursos de PG em Biotecnologia (Multi-institucional), sendo o vice-coordenador nos quatro primeiros anos e, Bionorte, onde foi o vice-coordenador nos seis primeiros anos com término em março de 2018. É docente de cursos de pós-graduação do INPA, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atua de forma multidisciplinar na pesquisa regional, como Agricultura Familiar, Desenvolvimento Sustentável, Biotecnologia; possui mais experiência em Agronomia, com ênfase em Microbiologia e Bioquímica do Solo (ecologia microbiana, metabolismo microbiano, enzimas), Manejo e Fertilidade do Solo, Nutrição de Plantas. Foi coordenador de diversos projetos científicos financiados pelo CNPq, FINEP, FAPEAM, PETROBRAS, incluindo grandes projetos em rede, como: Coordenador Geral da Rede CTPetro Amazônia (www.inpa.gov.br/ctpetro) desde o seu início, em 2001, até o seu final em 2014. Foi uma rede de pesquisas com estrutura de INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), criada em atendimento ao edital da FINEP Redes Norte/Nordeste, financiada pelo Fundo Setorial do Petróleo (CTPetro), com contrapartida da PETROBRAS, visando recuperar as áreas desmatadas para a exploração de petróleo e gás natural através de pesquisas multidisciplinares. Dessa rede fizeram parte oito instituições e mais de 600 participantes entre pesquisadores, estudantes e pessoal de apoio. Instituições participantes: INPA, UFAM, UEA, FUCAPI, EMBRAPA/CPAA, MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI, UFRA e UFPA. Nesses quase 12 anos de atividade, a rede contribuiu de forma significativa para o conhecimento da flora e fauna da região do rio Urucu, município de Coari, onde se encontra a única área de exploração de gás e petróleo pela Petrobras na Amazônia brasileira, bem como no desenvolvimento de tecnologias de restauração ambiental na região, com as pesquisas servindo de suporte também, para a formação e qualificação de mais de uma centena de estudantes de graduação e pós-graduação dos Estados do Amazonas e Pará. Coordenou também, um projeto de rede (Rede Bionorte) envolvendo equipes dos Estados do Amazonas, Maranhão, Tocantins e Roraima, envolvendo pesquisas e formação de recursos humanos. Teve um INCT aprovado pelo CNPq em 2015, com contrapartida da FAPEAM, sem recursos financeiros, com enfoque na microbiota amazônica, envolvendo instituições do Amazonas, Tocantins, Pará e Mato Grosso. Orientou e coorientou, mais de uma centena de bolsistas graduados e estudantes de graduação e pós-graduação, sendo mais de 75 mestres e doutores. Possui mais de uma centena de publicações científicas. Consultor ad hoc de diversas revistas científicas e agências financiadoras de pesquisas. Um dos detentores das patentes: https://www.google.com/patents/US20100284943 https://www.google.com/patents/US20100285054 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2008-7292

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Publicado

2021-12-18

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