Utilização de jardins sépticos no tratamento de esgoto doméstico com vala de infiltração saturada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.006.0020

Palavras-chave:

Sistemas de Alagados Construídos, Água Residuária, Vala de Infiltração, Plantas Ornamentais, Evapotranspiração

Resumo

A utilização de plantas para tratamento de esgotos é uma alternativa de baixo custo, eficiente e pouca manutenção. Apesar de não ser uma técnica nova, a utilização de sistemas que imitam processos naturais, uma opção aos sistemas convencionais, tem se mostrado eficiente, promovendo um tratamento simultaneamente aeróbio e anaeróbio, retirando sólidos suspensos e microrganismos patogênicos e, consequentemente, diminuindo a carga orgânica. Outros benefícios incluem a redução de odor, a estética da vegetação e o apelo ecológico, fazendo com que as comunidades que recebem este tipo de sistema o aceitem com maior facilidade. Desta forma, o trabalho tem como objetivo propor o uso de plantas, como tratamento auxiliar de esgoto doméstico para um sistema fossa séptica com vala de infiltração. O sistema estudado, fossa séptica e vala de infiltração, encontra-se em funcionamento desde a década de 1980, dado o tempo de funcionamento e um número maior de usuários, para o qual foi projetado encontra-se saturado. Com a utilização de plantas ornamentais para o tratamento haverá a criação de um jardim de contemplação, suprindo assim uma carência nesta comunidade. Isto posto, foram sugeridos alguns tipos de plantas ornamentais, as mais utilizadas no Nordeste do Brasil, que foram avaliadas para tratamento do efluente e aspecto estético. A metodologia baseou-se em estudo exploratório sobre o tema, a fim de definir as diretrizes do projeto do SAC (sistema de alagados construídos), como dimensionamento, camadas e espécies adaptadas. Destaca-se que, segundo a literatura, as espécies Helicônia e Canna, são as mais adequadas ao uso em sistemas saturados como o estudado, devido à alta taxa de evapotranspiração que estas possuem em climas tropicais e um estudo piloto deverá ser realizado a fim de avaliar as outras espécies ornamentais comuns e adaptadas no Nordeste brasileiro.

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Biografia do Autor

Helena Paula de Barros Silva, Universidade de Pernambuco

Possui graduação em GEOGRAFIA LICENCIATURA pela Universidade Federal de Pernambuco (2003), graduação em GEOGRAFIA BACHARELADO pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). É MESTRE (2006) e DOUTORA (2011) em Tecnologias Energéticas e Nucleares na área de Concentração: Aplicação de Radioisótopos no Meio Ambiente e Agricultura pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi Bolsista de Fixação de Pesquisador (BFP-FACEPE-UFPE), desenvolvendo projeto de monitoramento de radiação ambiental. Faz parte do corpo de professores colaboradores do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPE (PPGEO/UFPE), ministrando a disciplina "Energia, Meio ambiente e Sociedade"; "Ambiente , Poluição e Saúde" e "Monitoramento ambiental da qualidade do ar". Atualmente é Professora Adjunta da Universidade de Pernambuco do Departamento de Geografia (Campus Mata Norte). É Colaboradora do Núcleo de Estudos do Meio Ambiente (NEMA) da Universidade Federal de Pernambuco. É membro desde 2010 da Equipe Editorial da Revista Caminhos de Geografia da UFU e da Revista Sociedade & Natureza da Universidade Federal de Uberlândia. É membro (desde 2007) do quadro de revisores de trabalhos científicos da Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Tem experiência na área de Geografia e Biotecnologia (área de concentração: aplicação de radioisótopos no meio ambiente), atuando principalmente nos seguintes temas: técnicas e métodos de ensino da Geografia, meio ambiente e monitoramento ambiental.

Ronaldo Faustino da Silva, Instituto Federal de Pernambuco

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1985), mestrado em Gestão e Políticas Ambientais pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Atualmente é chefe do derpºde ambiente, saúde e segurança do Instituto Federal de Pernambuco e professor do Instituto Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde, reúso de água, concha de marisco, ambiente e qualidade da água. 

Daniele de Castro Pessoa de Melo, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Católica de Pernambuco (2005), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2008), doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2012) e Pós-doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2014). Coordenadora, Professora e pesquisadora do Mestrado em Tecnologia Ambiental do Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP. Professora da Escola de Engenharia da Faculdade Ibratec. Professora da Pós-graduação em Gestão e Controle de Áreas Contaminadas por Resíduos Sólidos da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Pesquisadora do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Vice-presidente da APL Metalmecânica de Pernambuco. Faz parte dos Grupos de Pesquisa: Desenvolvimento de Processos e Novos Materiais (Universidade Católica de Pernambuco) e Grupo de Estudo do Gesso (UFPE). Especialista em Elaboração de Projetos, Gerenciamento de Indicadores e Gestão de Pessoas. Tem experiência nas áreas de Processos Químicos e Bioquímicos inseridos nas linhas de Desenvolvimento e Modelagem de Reatores Polifásicos e Processos Físicos e Químicos de Valorização do Rejeito. Atuando, principalmente nos seguintes temas: gesso beta reciclável, forno rotativo piloto, parâmetros cinéticos, otimização de processos, gás natural, petróleo e meio ambiente.

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Publicado

2019-11-09

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