Potencial aproveitamento de lodo de ETE na construção civil em Recife/PE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.005.0017

Palavras-chave:

Águas Residuais, Esgoto, Aterros Sanitários

Resumo

A água é um dos elementos essenciais para sobrevivência e o desenvolvimento do ser humano, seu consumo está atrelado a geração de águas residuais não reaproveitáveis e tem exigido das autoridades públicas e privadas a criação de ações capazes de compatibilizar a relação existente entre desenvolvimento e as limitações da exploração da água enquanto recurso natural. Para minimizar os impactos causados pelo despejo de águas residuais na natureza foram criadas as estações de tratamento de esgoto (ETE) contudo, durante o processo de tratamento de esgotos são gerados subprodutos como o lodo, cuja disposição final é uma preocupação mundial. No estado de Pernambuco tais resíduos são dispostos em terrenos das próprias estações, e em alguns casos são dispostos nos terrenos das estações, levados por terceiros para serem utilizados como fertilizante na agricultura ou enviados à aterros sanitários para disposição final. Por conta disso, o presente trabalho busca apresentar as possibilidades de utilização de lodos de estação de tratamento de esgotos gerados na cidade do Recife e na região metropolitana para setor da construção civil. Este estudo foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico sobre a temática de incorporação de lodos de ETE na produção de materiais aplicados a construção civil, bem como a apresentação do potencial das ETEs de Recife e entorno para a execução destes materiais. A partir dos resultados obtidos foi possível constatar que o lodo de ETE pode apresentar diversas formas de reaproveitamento e em vários setores, mas no âmbito da construção civil é comumente utilizado como matéria prima para a fabricação de cimento, argamassa, concreto, telhas, tijolos e vários tipos de pavimentos. Destaca-se, entretanto, a utilização do lodo como substituto ao cimento, visto que é mais interessante do ponto de vista econômico para obras de pavimentação de concreto, já que este tipo de obra usa elevadas quantidades de concreto empregadas em grandes extensões, promovendo, desta forma, maiores benefícios econômicos e potencialmente melhores resultados no âmbito ambiental. Sendo assim, conclui-se que a reutilização do lodo de esgoto, após o processamento adequado, em produtos para construção civil pode apresentar diversos benefícios ecológicos que justificam os custos do seu tratamento.

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Biografia do Autor

Maria Angela Oliveira Mergulhão Diniz, Instituto de Tecnologia de Pernambuco

Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Instalações Prediais.

Daniele de Castro Pessoa de Melo, Instituto de Tecnologia de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Católica de Pernambuco (2005), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2008), doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2012) e Pós-doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2014). Coordenadora, Professora e pesquisadora do Mestrado em Tecnologia Ambiental do Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP. Coordenadora da Escola de Engenharia da Faculdade Ibratec. Professora da Pós-graduação em Gestão e Controle de Áreas Contaminadas por Resíduos Sólidos da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Pesquisadora do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Vice-presidente da APL Metalmecânica de Pernambuco. Faz parte dos Grupos de Pesquisa: Desenvolvimento de Processos e Novos Materiais (Universidade Católica de Pernambuco) e Grupo de Estudo do Gesso (UFPE). Especialista em Elaboração de Projetos, Gerenciamento de Indicadores e Gestão de Pessoas. Tem experiência nas áreas de Processos Químicos e Bioquímicos inseridos nas linhas de Desenvolvimento e Modelagem de Reatores Polifásicos e Processos Físicos e Químicos de Valorização do Rejeito. Atuando, principalmente nos seguintes temas: gesso beta reciclável, forno rotativo piloto, parâmetros cinéticos, otimização de processos, gás natural, petróleo e meio ambiente.

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Publicado

2019-10-12

Edição

Seção

Engenharia da Sustentabilidade e Meio Ambiente

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