Setor sucroenergético e estratégias microbiológicas para mitigação dos impactos ambientais da aplicação da vinhaça
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.001.0020Palavras-chave:
bioetanol, cana-de-açúcar, sustentabilidade, resíduosResumo
No Brasil, a cana-de-açúcar tem sido usada como matéria-prima para a produção de etanol desde inicio do século XX, hoje a maioria das usinas de cana de açúcar produz além do etanol, açúcar e energia. A cadeia da cana-de-açúcar contribui de forma expressiva para o Produto interno Brasileiro (PIB) sendo o País o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar e sua produção deverá aumentar substancialmente nos próximos anos. No entanto, atrelado a expansão do setor surgem questões relacionadas com o aumento da geração de resíduos, como a vinhaça, gerada na etapa de destilação do caldo fermentado da cana-de-açúcar para a obtenção do etanol. Este resíduo é comumente usado na fertirrigação, porém quando usado sem critérios técnicos pode acarretar impactos ambientais, como a salinização do solo e contaminação do lençol freático. Neste estudo, além das tecnologias usualmente empregadas em usinas de cana-de-açúcar para a aplicação da vinhaça no Brasil, foram levantadas informações sobre o potencial da vinhaça como meio do cultivo de microrganismos e as possíveis alterações químicas desse resíduo após inoculação. As pesquisas apontaram a capacidade do desenvolvimento e crescimento de microrganismos e microalgas na vinhaça, observando as variações na caracterização química, bem como a possível diminuição da carga poluidora. A divulgação dessas informações tecnológicas ampliam as alternativas para descarte dos grandes volumes de vinhaça gerados pelas agroindústrias.
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