Efeitos do incêndio florestal sobre a vegetação na Floresta Nacional do Tapajós

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.007.0019

Palavras-chave:

Dinâmica florestal, Estrutura Florestal, Manejo Florestal

Resumo

As florestas públicas de uso sustentável permitem o manejo florestal, por meio de técnicas que visam causar o menor dano à vegetação remanescente e ao solo, porém, ainda assim ocorrem aberturas de clareiras de diferentes tamanhos que aumentam a incidência da radiação solar, secando mais rapidamente os resíduos da colheita, tornando a floresta mais suscetíveis aos incêndios. O objetivo deste trabalho foi analisar, por meio do monitoramento de 20 parcelas permanentes, a estrutura do estrato arbóreo e da regeneração natural, composta por arvoretas, varas e mudas, antes e após a ocorrência de incêndio florestal em área manejada na Floresta Nacional do Tapajós. Pode-se verificar que mais de 80% dos indivíduos tiveram contato com o fogo, e que destes 28% morreram em decorrência das chamas. O maior risco de incêndio encontra-se no município de Belterra. Na composição florística foi verificado o ingresso das famílias Caryocaraceae, Polygonaceae e Solanaceae somente após a ocorrência do incêndio. A floresta após o incêndio, manteve-se com a diversidade compatível com a de florestas tropicais, mesmo com o número de clareiras tendo aumentado significativamente. Pôde-se constatar que o diâmetro é um fator de grande relevância para sobrevivência dos indivíduos. Na dinâmica florestal, as árvores, arvoretas e varas tiveram a taxa de mortalidade superior a taxa de recrutamento, sendo que as espécies que mais morreram foram as consideradas de madeira leve e as espécies resinosas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2018-09-24

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente