Fungos de solo impactado por resíduo de mandioca (Manihot esculenta Crantz) em Santarém, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.010.0020Palavras-chave:
Manipueira, Efluente de mandioca, MicrobiomaResumo
A manipueira, líquido extraído durante a prensagem da mandioca, apresenta um alto teor de matéria orgânica e é altamente tóxico – que, se descartado de maneira inadequada, causa danos ambientais. Esta pesquisa buscou identificar a diversidade de fungos presente em solo impactado pela manipueira no município de Santarém, Pará, Brasil. O solo foi depositado em dois recipientes de 20 L e as amostragens aconteceram periodicamente em escala de tempo, antes (solo controle – M1) e depois de depositada a manipueira (solo exposto - M2), nos tempos T0 (dia 1), T1 (15º dia), T2 (30° dia) e T3 (45º dia). Uma amostra foi retirada de cada recipiente nas escalas de tempo até completar 45° dia e as análises ocorreram no Laboratório de Bacteriologia da Universidade Federal do Oeste do Pará. Como resultados, foram isolados um total de 88 fungos, dentre os quais, 41 morfotipos foram obtidos da amostra do solo M1 e 47 morfotipos do solo ensaio. Dentre os fungos identificados os mais frequentes, no solo M2 foram Geotrichum sp. (30%) e Rhizopus sp. (17%). No solo da amostra M1 destacaram-se Penicillium sp. (27%) e Cunninghamella sp. (20%). Houve uma maior diversidade no tratamento M2 do que no tratamento M1. Os fungos vivem no solo e desempenham funções chaves para a manutenção da vida da terra, portanto, enfatiza-se a importância de estudos que venham identificar a microbiota presente e atuante em efluentes tóxicos, pois estas podem conter características que poderiam vir a mitigar os danos ocasionados pela contaminação de ambientes, revelando importantes relações ecológicas e aplicações biotecnológicas.
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