Influência da sazonalidade e da oscilação ENOS na qualidade das águas de um rio tropical: métodos estatísticos multivariados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0016

Palavras-chave:

Multivariada, Componentes principais, Sazonalidade, Índice de qualidade de água

Resumo

O crescimento da demanda de água doce no abastecimento doméstico, industrial e na produção de alimentos, demonstra a atual necessidade de pensar não apenas na questão de quantidade, mas também, na qualidade da água para consumo. O índice de qualidade de água (IQA) é amplamente adotado por sintetizar as informações sobre os vários parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas doces, com o intuito de informar o público leigo e orientar as ações de gestão da qualidade da água. Dessa forma, torna-se indispensável analisar os parâmetros utilizados para calculá-lo, e se assim necessário, reavaliar se os parâmetros indicam de fato a qualidade das águas. O objetivo desse estudo é avaliar se os parâmetros utilizados no IQA sofrem a influência da sazonalidade climática na bacia do Rio Vermelho – MT. Os dados utilizados na pesquisa fornecem informações sobre os parâmetros de qualidade de água de quatro estações de amostragem ao longo da bacia entre os anos de 2006 e 2017. Foram levantados um total de 126 indivíduos e 30 variáveis. Devido à grande quantidade de variáveis consideradas inicialmente importantes, optou-se por realizar análises estatística multivariada, visto que solucionar tal questão não seria possível utilizando técnicas de análise univariada. As análises por técnicas multivariadas foram realizadas no ambiente R, entre as técnicas de multivariadas, foram utilizadas a análise de componentes principais (ACP) e a análise de função discriminante. Através da análise por componentes principais, verifica-se que o IQA sofre influência das variações dos fatores climáticos, o que torna questionável caracterizar a qualidade da água apenas analisando os 9 parâmetros determinados pelo IQA. Portanto, considera-se a necessidade de uma adaptação desses parâmetros para as regiões que possuem estações de chuva e estiagem bem definidas, como a estudada.

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Biografia do Autor

Josyanne Inês Teixeira Ramos Naves, Universidade Federal de Rondonópolis

Mestre no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Ambiental na Universidade Federal de Rondonópolis - Mato Grosso; Graduada em Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental na Universidade Federal de Mato Grosso - Campus Rondonópolis 

Jéssica Angélica Hergenräder, Universidade Federal de Rondonópolis

Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Mato Grosso (2015), especialista em Estruturas de Concreto e Fundações (480h) pela Universidade Cidade São Paulo (2018). Conhecimentos em software de CAD e de cálculos estruturais como o Eberick alem de nível intermediário em Inglês e avançado em Word, Excel e Power Point. Durante minha graduação tive a oportunidade de trabalhar no projeto de pesquisa: "Desenvolvimento e caracterização experimental de concretos ecológicos que capturam CO²da atmosfera" e auxiliar meus colegas durante as monitorias de Arquitetura e Urbanismo e Resistência dos Materiais.

Ricardo Alves de Olinda, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Estatística pela Universidade Estadual da Paraíba, mestrado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2008) e doutorado em Estatística e Experimentação Agronômica pela Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (2012). Atualmente é professor associado do Departamento de Estatística, professor do quadro permanente do Mestrado em Saúde Pública da Universidade Estadual da Paraíba, professor do quadro permanente do Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, e Colaborador no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde (PPG-BioS), Câmpus de Rondonópolis. Coordenador do Centro Multiusuário Big Data e Geoinformação da UEPB, foi membro do Grupo de Estudos em Seguros e Riscos ''GESER'' da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, atuou no núcleo de modelagem quantitativa. Revisor dos periódicos: Revista Ciência Agronômica (UFC. On-line), Revista de Economia e Sociologia Rural (Impresso), Revista Agroambiente (UFRR. On-line), Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária (RBPV), Revista Ciência e Natura, Revista Principia e Revista Brasileira de Biometria (RBB). Líder do grupo de pesquisa Estatística Aplicada e Computacional da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Estatística Aplicada, atuando principalmente nos temas de estatística espacial, extremos espaciais, teoria de valores extremos, planejamento e análise estatística de experimentos e estatística multivariada 

Domingos Sávio Barbosa, Universidade Federal de Rondonópolis

Possui graduação em Ciências Biológicas pela UFMS (2000), mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (2003). Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (2008) com estágio no exterior na Universidade de Coimbra (Portugal). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aquática, atuando principalmente em estudos de Avaliação de Risco Ecológico integrado (solos e águas) e recuperação ambiental. Pesquisador CNPq SET 3A na empresa Aplysia Tecnologia Ambiental - implantação do Laboratório de Ecotoxicologia Terrestre (2009-2010). Representante da UFMT no Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Lourenço (2014-2015). Membro do Conselho municipal do Meio Ambiente de Rondonópolis (2015-2016). Representante das I.E.S. no Fórum de Combate ao Uso de Agrotóxicos (2016 - atual). Supervisor do Laboratório de Tecnologia e Gestão Ambiental UFMT ? LTGA (2013 ? atual). Coordenador do Laboratório de Poluição Ambiental do NUPEC-FINEP (2016 - atual). Coordenador do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental (2018 a 2019). Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Ambiental da UFMT (2019 - 2020). Gerente de Transferência Tecnológica da Universidade Federal de Rondonópolis (2021 -presente). 

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Publicado

2021-10-20

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